FILME "I HATE
SÃO PAULO"
por
Ademir Pascale - Crítico de Cinema e Editor do
Portal Cranik -
ademir@cranik.com
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I HATE SÃO PAULO (Foto Divulgação)
LIVROS SOBRE CINEMA
- CAMISETAS DE FILMES -
MINIATURAS COLECIONÁVEIS
Data de Estréia: 06 de
Abril
Roteiro, Produção e Direção Dardo Toledo Barros,
Brasil, 2007, 89 min., Português
Local: Popcine – Rua Maria Antonia, 283 (Travessa da
Av. Consolação ao lado do Mackenzie) SP
De terça a domingo - 16h, 18h 20h e 22h
Preço da Entrada: R$ 4,00 (inteira) R$ 2,00 (meia)
Maiores Informações: (11) 3211 - 0069
Gentilmente solicitamos sua
colaboração na divulgação entre seus familiares e
amigos. Não hesite em reenviar/"forward" este
convite para sua lista de e-mail.
Para maiores informações, clique aqui.
Abaixo segue artigo de Gilberto Dimenstein na
Folha de São Paulo.
*Gilberto Dimerstein – Folha de São Paulo
São Paulo era o cenário das dores e conflitos,
gerando uma relação de ódio e amor - relação que ele
cultivou
Dardo Toledo Barros tinha dez anos de idade quando
recebeu a notícia de que seu pai, Luís Álvaro,
sofrera um infarto fulminante. Nunca entendeu por
que não esteve no enterro. A descoberta veio muito
tempo depois. "Senti como se fosse a segunda morte
dele." A razão do choque: a causa da morte não foi
infarto, mas suicídio.
Desde esse momento, ele começou a investigar as
razões que levaram seu pai a se matar, deparando-se
com uma sucessão de surpresas - o suicídio fora
motivado por razões políticas. Essas descobertas
serviram de inspiração para um filme, previsto para
ser lançado em abril, intitulado "I Hate São Paulo"
(Eu Odeio São Paulo). "Foi o jeito que eu encontrei
de ordenar minha confusão emocional." Ex-estudante
do Colégio Santa Cruz, Dardo, 48 anos, estudou
filosofia e administração de empresas.
Desde os 14 anos ele já investia no mercado
financeiro. No final da década de 90, mudou-se para
Nova York, onde vive até hoje, e montou um pequeno
banco de investimentos, no qual um dos produtos é
uma linha de crédito para o cinema. "Sempre adorei
cinema", conta Dardo, que integra a geração de
paulistanos que freqüentavam o cine Bijou ("não
barravam menores de 18 anos") e o Belas Artes, além
de esperar ansiosamente a chegada da mostra
internacional de cinema.
Nas entrevistas com familiares e amigos do pai, um
simpatizante comunista, Dardo percebeu como a
pressão dos tempos do regime militar, as prisões e
as torturas compuseram um drama psicológico que
resultou no suicídio. São Paulo era o cenário das
dores e conflitos, gerando uma relação de ódio e
amor pela cidade - uma relação que Dardo também
cultivou e que o levou até Nova York, onde se
inventou a palavra amor trocada por um coração,
inspiração para o título de seu filme. Ele vem quase
todos os meses a São Paulo e encontra seus amigos -
os ex-colegas do Santa Cruz encontram-se com
periodicidade. "Gostar dos meus amigos é gostar de
São Paulo." Dardo aprecia a diversidade
nova-iorquina, o prazer de andar em ruas seguras, a
efervescência cultural, mas não sente o acolhimento
das amizades paulistanas. Mas, para ele, São Paulo,
além dos encantos da juventude com suas salas de
cinema, também foi o cenário da perda precoce do
pai, da degradação urbana e da violência.
Esses elementos - inclusive o investidor do mercado
financeiro que faz um filme - entraram no roteiro,
no qual a cidade é um dos principais personagens. Ao
imaginar onde iria lançar o filme, que vai entrar em
circuito comercial, veio-lhe na cabeça a cidade que
ama - o lançamento será no Colégio Santa Cruz,
cercado por seus amigos.
*
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Crítico:
Ademir Pascale é crítico de cinema,
ativista cultural, editor e criador do portal Cranik
www.cranik.com e do projeto de inclusão social
e cultural "Vá ao cinema!". Contatos para matérias
em Jornais, Sites ou Revistas, e-mail: ademir@cranik.com
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