CRÍTICA:
AMOR ALÉM DA VIDA
- Na mitologia grega, Orfeu era um poeta e músico
que a todos encantava com sua música. Apaixonado por
Eurídice, sofreu a dor de sua morte após ela ser
picada por uma cobra. Transtornado, Orfeu viajou até
o Mundo dos Mortos para reaver sua amada.
A história foi levada diversas vezes para o cinema
como no memorável Orfeu Negro (1959) de Marcel
Camus, filmado no Rio de Janeiro durante o Carnaval.
Em Amor Além da Vida Chris (Robin Williams) e Annie
(Annabella Sciorra) formam um casal de almas gêmeas.
Intimamente ligados desde o primeiro encontro
casual, o destino parecia uni-los para sempre. Em um
piscar de olhos casaram-se e tiveram filhos.
Constituíram uma família através do amor que os
ligava.
A perfeição do lar é rompida quando os filhos morrem
em um acidente de carro. A depressão domina o ambos,
mas Annie tem maiores dificuldades para superá-la.
Sua situação piora quando Chris morre em um outro
acidente. Annie é incapaz de prosseguir sua viva só
e superar a solidão. Comete suicídio.
O após-vida de Chris é repleto de cores e reflete as
pinturas de sua esposa em seus momentos de
felicidade. Uma paisagem inspirada por Sonhos (1990)
de Akira Kurosawa. Annie, por outro lado, como
suicida, é condenada a uma existência oposta, um
ambiente estéril, sem vida, desprovido de cor e
amor. A cada um, seu inferno particular.
Amor Além da Vida é um filme sobre o amor em sua
forma mais pura, onde tudo suporta e tudo supera.
FICHA TÉCNICA
Filme Amor Além da Vida (What Dreams May Come – País
– 1998 – 113 minutos)
Direção: Vincent Ward
Roteiro: Richard Matheson e Ronald Bass
Elenco: Robin Williams, Annabella Sciorra, Cuba
Gooding Jr. e Max Von Sydow