Crítica Especial do Filme "ALTA
FIDELIDADE"
por Luis Pires -
Jornalista e Crítico de Cinema
e-mail:
lpires@uol.com.br
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ALTA FIDELIDADE
- (Buena Vista Pictures/Touchstone
Pictures)
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Alta Fidelidade (High Fidelity)
CRÍTICA: ALTA FIDELIDADE - “O que veio
primeiro? A música ou a miséria? As pessoas se
preocupam com crianças brincando com armas, vendo
vídeos violentos, como se a cultura da violência
fosse consumí-las. Mas ninguém se preocupa se
escutam milhares de canções sobre sofrimentos,
rejeição, dor, miséria e perda. Eu ouvia música pop
porque era infeliz ? Ou era infeliz porque ouvia
música pop ?” Essa frase, dita por Rob Gordon (John
Cusack), diretamente para as câmeras, abre a
deliciosa comédia romântica Alta Fidelidade, um
desses filmes que fica melhor a cada vez que é
revisto. Existe sempre uma entre as dezenas de
músicas na qual não se tinha reparado, uma cena que
passou despercebida, enfim, existe sempre um novo
aspecto a ser descoberto.
Rob, profundo conhecedor do universo da música pop,
não consegue levar adiante um relacionamento
amoroso. Após ser abandonado pela namorada Laura (Iben
Hjejle) decide fazer uma lista dos cinco maiores
foras que levou na vida e vai procurar as envolvidas
para tentar entender o que faz dele a pessoa mais
rejeitada do mundo.
Enquanto essas histórias se desenvolvem,
paralelamente o espectador conhecerá Barry (Jack
Black, impagável) e Dick (Todd Louiso), funcionários
voluntários da praticamente falida Championship
Vinyl, loja de discos de vinil, romanticamente
mantida por Rob. É lá que os três passam os dias
fazendo suas listas “top 5” – as cinco músicas do
labo B dos discos, as cinco músicas para se tocar no
dia da sua morte, as cinco profissões que gostariam
de ter – e espantando os poucos clientes que
aparecem, principalmente aqueles cujas preferências
musicais são diferentes das deles. A cena em que
Barry se recusa a atender um senhor que entrou na
loja procurando a música “I just called to say i
love you”, de Steve Wonder é antológica. “Você lá
conhece sua filha ? Ela odiaria essa música a não
que estivesse em coma !”, diz ele.
O filme é delicioso para quem conhece um pouco sobre
o universo pop. A trilha sonora é uma das mais
elaboradas de todos os tempos, com músicas que vão
de Bruce Springsteen (que faz uma pequena ponta no
filme, como ele mesmo) até Velvet Underground,
passando por Bob Dylan, Marvin Gaye e Queen, entre
dezenas de outros. Mas mesmo para aqueles que não
possuem esse embasamento musical, a divertida
procura de Rob pelas suas ex-namoradas, as
tentativas de reatamento com Laura, e seus dramas
existenciais já serão o bastante para tornar o filme
um programa muito agradável.
Baseado no romance homônimo do inglês Nick Hornby,
Alta Fidelidade inspirou também uma excelente
adaptação teatral “A vida é cheia de som e fúria”,
de muito sucesso nos palcos de Curitiba e de São
Paulo.
O filme tem a direção de Stephen Frears, que repete
a parceria iniciada com John Cusack em Os imorais.
Cusack é também um dos co-produtores do filme e
assina o roteiro com D.V. DeVincentis, Steve Pink e
Scott Rosenberg. No elenco, as participações de
Catherine Zeta-Jones, Tim Robbins e Joan Cusack.
Título Original: Alta Fidelidade (High Fidelity)
Duração: 107 min.
Ano: EUA, 2000
Direção: Stephen Frears
Elenco: John Cusack, Iben Hjejle, Jack Black,
Todd Louiso, Lisa Bonet, Lili Taylor, Joan Cusack,
Catherine Zeta-Jones, Tim Robbins.
Distribuição: Buena Vista Pictures/Touchstone
Pictures
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Cena do
Filme ALTA FIDELIDADE (Foto Divulgação)
Filme:
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Crítica: Luis Pires - Jornalista e Crítico de Cinema -
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lpires@uol.com.br -blog:
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