FILME "XEQUE-MATE"
por Vinicius Vieira -
vvinicius@hotmail.com
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XEQUE-MATE (Foto Divulgação)
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XEQUE-MATE
CRÍTICA - XEQUE-MATE:
A cada dia que passa eu
começo a entender menos o público que vai ao cinema
na terra do Tio Sam, é só dar uma olhada nas dez
maiores bilheterias semanais deles e você também vai
entender, a quantidade de filmes ridículos com
números exorbitantes é incrível, tome como exemplo o
horripilante “Diário de uma Louca”, que por lá
chegou a um total de 50 milhões de dólares nos
cinemas, e sem contar qualquer besteira que tenha o
nome de Rob Scheider no cartaz (“Animal” teve 54
milhões).
Esse assunto me veio a mente depois de ver o filme
“Xeque-Mate”, e tentar entender por que um filme tão
legal quanto esse pode demorar cinco meses para ser
lançado aqui, simples um resultado abaixo do
esperado nas bilheterias, com um elenco cósmico como
o dele, todos esperavam uma bilheteria
estratosférica, o que pode ter acontecido? Eu
jogaria todas minhas fichas em preguiça intelectual.
“Xeque-mate” é um exemplo de como uma aposta em um
produto diferenciado as vezes da com a cara na
porta, um filme que teria tudo para fazer sucesso,
não só foi renegado nas bilheterias como pelos
críticos norte-americanos, mas a verdade é que ele é
um filme interessantíssimo, inteligente e recheado
de ótimas atuações.
Do filme o que se pode contar é que ele começa em
uma estação de ônibus com um rapaz sendo abordado
por um Bruce Willis de cadeira de rodas, tentando
explicar um tal de “golpe de Kansas City”, de resto
o melhor a fazer é ir ao cinema e ver com os seus
próprios olhos. Repleto de viradas, o filme te
prende com uma história muito bem amarrada e por uma
sensação de “meu deus do céu, o que está
acontecendo?”, mas não se preocupe tudo será
explicado em seu tempo, e muito bem explicado, nada
de buracos no roteiro, tudo está lá, é só prestar
atenção.
Escrito pelo estreante Jason Smilovic e dirigido por
Paul McGuigan (não tão estreante assim, nas
locadoras dá para facilmente encontrar o seu ótimo “Gangsters”),
o filme chama a atenção pelo gosto de novidade, de
surpresa, tudo que aparece na tela tem uma
explicação, um porque de estar acontecendo, e é
mastigado depois por flash-backs, alguns podem até
reclamar do alto número deles, mas eles são muito
bem explorados e colocados sem atrapalhar o
andamento da história, mostrando um belo comando do
diretor, junto com o de fotografia, que conseguem
mostrar apenas o que querem, não dando nenhuma
explicação de bandeja, e ainda nos brindando com
movimentos de câmera extremamente bacanas, a mudança
de um prédio para outro é muito legal.
Outro acerto do diretor, é o clima bacana que ele
impõe ao filme junto da direção de arte, é só
prestar atenção nas caracterizações dos personagens
e dos locais e em como eles se auto-explicam,
ganhando um alto nível de personalidade e estilo, e
quem eu acho que ganhou mais com isso foi o elenco,
que parece extremamente a vontade, e dá um show a
parte.
Repleto de nomes peso, só eles já valem o ingresso.
No centro de tudo, Josh Hartnett (que com certeza
vem escolhendo melhor seus filmes) como Slevin
Kelevra, faz um ótimo trabalho como o cara
totalmente azarado que ainda por cima é confundido
pela máfia e é obrigado a prestar uns certos
favores, irônico e sarcástico, Hartnett não perde o
rumo quando é posto de frente com lendas vivas como
Morgan Freeman e Sir Ben Kingsley, como os dois
mafiosos, o Chefe e o Rabino respectivamente, que
mostram o quanto se pode ser mal fazendo pouco na
tela, um olhar, uma frase ou um movimento, criando
dois personagens extremamente sutis e profundos.
Ainda somos presenteados com Bruce Willis como o Sr.
Goodkat, muito à vontade no papel, frio e
calculista, como um assassino deve ser, e quebrando
um pouco toda essa testosterona, Lucy Liu, como
Lindsey, a legista que acaba ajudando o
protagonista, graciosa e empolgada com toda essa
trama, do mesmo jeito que o público ficará.
“Xeque-Mate” segue a linha de filmes como “Jogos,
Trapaças e Dois Canos Fumegantes”, “Snatch” e “Nem
Tudo é o que Parece”, um suspense policial cheio de
surpresas que vai prender você na cadeira (e faça de
tudo para não tirar os olhos da grande tela na sua
frente), e depois é só torcer para que os norte
americanos dêem mais crédito para filmes
inteligentes ou que as distribuidoras brasileiras
não usem o “Box Office” como termômetro para
lançamentos por aqui.
Título Original: Lucky Number Slevin
Gênero: Policial/Suspense
Duração: 109 min.
Ano: EUA - 2006
Site Oficial:
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Distribuidora: MGM/The Weinstein Company/Imagem
Filmes
Direção: Paul McGuigan
Roteiro: Jason Smilovic
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Cena do filme
XEQUE-MATE (Foto Divulgação)
FILME:
Ótimo:
Bom:
Regular:
Crítico: Vinicius
Vieira - Jornalista -
vvinicius@hotmail.com
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