CRÍTICA - VÔO UNITED 93
- Alguns filmes são tão realistas que mais parecem
documentários e não a filmes de ficção. Vôo
United 93 leva esse mote ao limite. Além de
passar a idéia de desespero pelo qual sofreram os
passageiros e os tripulantes do avião United 93
antes de cair no estado da Pensilvânia sem atingir o
alvo, o filme transmite a sensação de dúvida que
pairou sobre os norte-americanos diante do fatídico
11 de setembro.
Diante de tantos relatos e conspirações com relação
ao atentado, o diretor e documentarista Paul
Greengrass criou um clima absurdamente tenso e prova
(pelo lado oficial da história) do que as pessoas
são capazes de fazer para salvar suas vidas em
estado de desespero.
A cargo de um roteiro bem acabado, a história segue
a cronologia do vôo em tempo real, desde os ataques
ao World Trade Center até o momento em que os
passageiros descobrem que também se direcionam a um
alvo, e coloca personagens reais interpretando a si
mesmos como militares e controladores de vôo.
Dramático até o último minuto, Vôo United 93
abusa de uma montagem excepcional característica dos
filmes do diretor causando calafrios. O aumento da
irracionalidade da situação através de uma histeria
coletiva dentro e fora do avião alimenta a idéia de
que os passageiros do vôo realmente se tornaram
heróis, mas o forma por uma questão de
sobrevivência.
Título Original: United 93 Gênero: Drama Duração: 111 min. Ano: EUA/Inglaterra/França - 2006
Distribuidoras: Universal Pictures/UIP/Buena
Vista International Direção e Roteiro: Paul Greengrass
Cena do Filme VÔO UNITED 93 (Foto Divulgação)
FILME:
Ótimo:
Bom:
Regular:
Crítico: Thiago
Crivellaro
- Estudante de Jornalismo e Crítico de Cinema - e-mail:
thiago_cmn@hotmail.com