RESENHA CRÍTICA DO
FILME "UM
CARA QUASE PERFEITO"
por Vinicius Vieira -
vvinicius@hotmail.com
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UM CARA QUASE PERFEITO (Foto Divulgação)
UM CARA QUASE PERFEITO
CRÍTICA - UM CARA QUASE PERFEITO:
Certos filmes chegam aos
cinemas quase que escondidos, com pouca publicidade,
ficam pouco tempo em cartaz, pouca gente vê, e tão
logo é lançado nas locadoras vira um sucesso. Na
maioria das vezes são filmes difíceis de se colocar
em um gênero, geralmente com cara de independente,
sem grandes nomes estampados nos cartazes, mas que
na sua maioria são uma ótima escolha, e ganham
público no boca-a-boca.
“Uma Cara Quase Perfeito” é um desses exemplos
perfeitos, dirigido pelo aparentemente desconhecido
Mike Binder, com um elenco encabeçado por Ben Afleck
(que a um certo tempo já não tem o nome como
chamariz), provavelmente não terá um belo resultado
nas bilheterias, mas com certeza contará com uma
vida longa nas prateleiras das locadoras.
O filme conta a história de Jack Giamore, um agente
de Los Angeles, que começa um certo curso de criação
de diário, que o obriga a começar a escrever seus
dias e seus sentimentos, ao mesmo tempo que vai se
descobrindo, começa a dar de frente com um monte de
problemas tanto em sua vida pessoal quanto
profissional, transformando sua pacata vida de
ricaço em uma verdadeira provação.
O filme tem talvez seu maior acerto em um roteiro
hábil, escrito pelo próprio Binder, que mescla na
medida certo o drama a comédia, não como alivio
cômico, em certos momentos você chega a se perguntar
se aquilo é triste ou engraçado, o
diretor/roteirista consegue fazer os dois gêneros
conviver muito bem, sem parecer se preocupar com que
público quer agradar, e com isso acaba conseguindo
agradar a todos, o humor do filme sempre aparece de
um jeito sutil, cínico, mas muito bem colocado com a
preocupação de não parecer babaca, as taias aulas de
diários são impagáveis na sua maioria, ao mesmo
tempo que em certo momento, mais para o final do
filme, ela se mostra como uma lição de vida.
O roteiro ainda consegue construir muito bem a
narrativa do filme, criando uma história concisa,
com uma ótima carga dramática, que vai crescendo aos
poucos, tudo com calma trabalhando muito bem cada
momento e cada personagem, é fácil perceber isso
quando você vê que cada um tem sua importância ao
decorrer do filme, ninguém é jogado no filme.
O diretor, que também participa do filme como melhor
amigo e sócio do personagem de Afleck, opta por uma
direção correta, que flui fácil, calma, sem nada que
te leve para muito longe do roteiro, que te disperse
a atenção, e com isso ajuda não só no filme como nas
atuações que parece mais a vontade, e é lógico que o
eterno Monty Python John Cleese com isso, dá um
banho no resto do elenco como o professor do curso e
só não faz um estrago maior pois só contracena com
Afleck, que por definição não é um primor de ator,
mas que nesse filme mostra que não é tão ruim assim
e que vem aprendendo alguma coisa, no próximo Oscar
já falam em uma indicação ao Oscar pelo seu próximo
filme (sinal do fim dos tempos?), mas a verdade é
que “Um Cara Quase Pefeito” é um de seus melhores
trabalhos.
No elenco ainda é bom salientar a loiraça Rebecca
Romjim (a mística da série “X-Men”), que fica com o
papel mais difícil do filme (esposa de Afleck), e
não decepciona, com segurança e atitude, se
mostrando cativante e forte nas cenas dramáticas,
mas mesmo assim ainda não consegue fazer seu
trabalho aparecer mais que sua beleza estonteante.
Se por um acaso você não arrumar tempo para ir ao
cinema ver “Um Cara Quase Perfeito”, espere mais uns
meses e o procure nas locadores, que com certeza é
uma ótima pedida.
Título Original: Man About Town
Gênero: Comédia
Duração: 96 min.
Ano: EUA - 2006
Distribuidora: Media 8 Entertainment/Imagem
Filmes
Direção e Roteiro: Mike Binder
Cena do filme
UM CARA QUASE PERFEITO (Foto Divulgação)
FILME:
Ótimo:
Bom:
Regular:
Crítico: Vinicius
Vieira - Jornalista -
vvinicius@hotmail.com
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