RESENHA
CRÍTICA DO FILME "THE KING"
por
Ademir Pascale - Crítico de Cinema e Editor do
Portal Cranik -
ademir@cranik.com
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THE KING
- (Foto Divulgação)
"Quando um filme se aproxima de
um pesadelo"
CRÍTICA: THE KING - O Roteirista Milo Addica
e o Diretor James Marsh criaram um mundo
"aparentemente" modelar, isso mesmo, "aparentemente"
entre aspas, pois a mente insana do personagem Elvis
Valderez, interpretado pelo
ator Gael Garcia Bernal (Diários de Motocicleta), faria até o cineasta
britânico Alfred Joseph Hitchcock levantar-se do
sepulcro e aplaudir de pé. The King se tornou
um título forte e boníssimo em diálogos e planos seqüênciais "quase" longos e, lembrei-me novamente
de Hitchcock nos planos gerais usados
neste longa, usufruindo de uma insigne
trilha sonora.
Sentir-me-ia mal só de pensar novamente na trama
deste longa-metragem frio e sanguinolento. James Marsh foi judicioso na escolha do
elenco, criando
um clima quase real e extremamente lento na trama,
ratificando excelência nesta realidade não
fantástica. É incrível a maneira excêntrica que "The
King" se comunica com o espectador, tornando-se um
opulento emissor visual decorrente a lentidão das
cenas já comentadas, sendo um
verdadeiro rapport (relação harmônica
estabelecida entre emissor e receptor) fazendo-nos observar com maior
precisão todos os detalhes visuais. Enfim, quem
procura um longa de ação, não irá gostar deste
longa, mas quem procura algo diferente e bem
trabalhado em todos os quesitos, está dada a
sugestão "The King".
Uma vez ouvi a cineasta e professora "Lina Chamie"
em uma aula de Direção Audiovisual, dizer que um filme é o que
mais se aproxima de um sonho, o qual concordo
plenamente, mas acrescento: assistindo "The King",
um filme também poderá ser o que mais se aproxima de
um "pesadelo", pois o que parece belo, torna-se
disforme, criando um drama indescritível para o
espectador. O final? Surpreendente e incalculável,
diferente da maioria de outros que já deciframos o
final logo nos primeiros minutos de exibição. The
King não é muito conhecido pela massa brasileira, mas como
um grande garimpeiro de locadoras, dou-lhe uma
valiosa dica: não se influencie pela arte da capa e
procure sempre ler o verso do DVD, colhendo
informações da sinopse e principalmente, ficha
técnica do longa-metragem escolhido.
* Com certeza você deve ter assistido "Psicose" da
década de 60, dirigido pelo cineasta, mas uma vez citado
nesta resenha crítica "Alfred J. Hitchcock" e
lembrar-se do personagem psicótico "Norman Bates", interpretado pelo ator
Anthony Perkins, o qual em "quesitos" de
personalidade, lembra muito o protagonista de "The
King" Elvis Valderez. (Psicose foi refilmado
em 1998 e dirigido por Gus Van Sant. O personagem
Norman Bates foi revivido pelo ator Vince Vaughn, o
qual fez uma interpretação magnífica, chegando a ser
melhor até que o próprio Anthony Perkins).
Título Original: The King
Gênero: Drama
Duração: 105 min.
Ano: EUA/Inglaterra - 2005
Distribuidora: ThinkFilm/Focus Filmes
Direção: James Marsh
Roteiro: Milo Addica e James Marsh
Cena do Filme
THE KING (Foto Divulgação)
Filme:
Ótimo:
Bom:
Regular:
Crítico:
Ademir Pascale é
ativista cultural, crítico de cinema, editor e criador do portal Cranik
www.cranik.com e do projeto de inclusão social
e cultural "Vá ao cinema!". Contatos para matérias
em Jornais, Sites ou Revistas, e-mail: ademir@cranik.com
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