RESENHA CRÍTICA
"SANEAMENTO BÁSICO, O FILME"
por Rodolfo Lima -
Jornalista, ator e crítico de cinema -
e-mail:
dicaspravaler@yahoo.com.br
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SANEAMENTO BÁSICO, O FILME
- (Foto Divulgação)
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CRÍTICA - SANEAMENTO BÁSICO, O FILME -
Jorge Furtado dirigiu: “Houve Uma Vez Dois Verões”
(2002), “O Homem Que Copiava” (2003) e “Meu Tio
Matou Um Cara” (2004), filmes bem aceitos pela
crítica – nem sempre populares - e que versava
principalmente sobre o universo e os anseios dos
jovens. No primeiro filme, mais precisamente sobre a
adolescência.
Com Saneamento Básico (2007), Furtado assumiu a
comedia e proporciona um filme divertido,
inteligente e político. Do mesmo nível que um “O
Cheiro do Ralo”, por exemplo, que alia: sagacidade,
roteiro afiado, elenco exemplar e claro, um certo
ineditismo.
Falar sobre uma cidadezinha no Sul do País (Bento
Gonçalves), que sofre com o problema do esgoto a seu
aberto, parecia ínfimo perto de outras cidades
maiores e com o mesmo problema. O diretor não se
intimidou e fez do seu pequeno filme um grande
momento dentro da cinematografia nacional.
O diretor precisou esperar um ano para reunir o seu
elenco Global. Fernanda Torres, Wagner Moura, Lázaro
ramos, Bruno Garcia e Camila Pitanga, estão
excelentes no filme e tal elenco nos proporciona
algo além das comédias rasteiras da Globo Filmes.
Furtado nos oferece um tempo cômico no cinema que é
raro de se vê. Abusa das possibilidades de seu
elenco e nos mostra que até Camila, pode ser
engraçada.
Marina (Fernanda Torres) incomodada com o esgoto
resolve ir até prefeitura para conseguir verba para
resolver o problema. Lá é informada que há uma verba
de R$ 10 mil, que seria utilizado por um parente do
Prefeito para fazer um vídeo institucional. Como o
tal parente desistiu, a funcionária pública oferece
a Marina e Joaquim (Wagner Moura) que façam um filme
pequeno e que utilize um pouco da verba, para cobrir
o que os incomoda.
Lançado o problema, Marina e Joaquim saem a “caça”
de uma história de ficção, para que possam
aproveitar o dinheiro público. Primeira crítica
feita: O que é ficção? Engraçado e non-sense, a
procura para se definir o que é ficção, extrapola o
verossímil e proporciona momentos agradáveis e
provocativo. Você sabe o que é Ficção?
Quando decide fazer o vídeo “O monstro do Fosso”, a
sétima arte vira o alvo da crítica de Furtado, tudo
com muita ironia, deboche e auto-crítica. Impagável
a cena em que Marina oferece bananas para os
figurantes, em vez de um cachê – pagamento em
dinheiro pela participação no vídeo.
O que dizer da cena em que o Prefeito da cidade
aparece apenas para tirar uma foto do lado da placa
que indica que a prefeitura está “trabalhando” para
melhorar a cidade e etc. Paulo José e Tonico Pereira
que dividem a cena com o tal Prefeito e com os
“globais”, estão igualmente ótimos.
Além de girar suas críticas para todos os lados,
Furtado nos oferece um filme que além de engraçado,
emociona. O sacrifício que Joaquim faz para ajudar
na realização do filme. A importância que Marina dá
para seu projeto e o fato de Silene (Camila Pitanga)
ser venerada por seu bonita/gostosa/simpática e crer
que o filme a tirará da cidade em que mora, soa
ingênuo, bonito e nos sensibiliza.
Saneamento Básico é um programa saudável nos cinemas
da cidade. Diferente, simples, bem feito, com
conteúdo, popular, cômico. Um programa imperdível.
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- Jornalista, ator e crítico de cinema - e-mail:
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