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RESENHA CRÍTICA "RESIDENT EVIL 3 - A EXTINÇÃO"   
por Vinicius Vieira - vvinicius@hotmail.com 
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RESIDENT EVIL 3 - A EXTINÇÃO - (Foto Divulgação)

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A noite dos potes de moedas mortos!

CRÍTICA - RESIDENT EVIL 3 - A EXTINÇÃO: Pegue uma pitada de “Mad Max” (qualquer umas das seqüências) e misture com bastante George A. Romero e seus zumbis, bata tudo por um tempo, deixe descansar por mais alguns minutos e o resultado vai ser um liquido distintamente divido entre uma nata e uma viscosidade nojenta e mal cheirosa. Agora, separe essa nata, jogue na lata de lixo mais funda, separe o resto (tenha certeza que não deixou nada de bom junto) e tente vender para alguém, se conseguir, ponha o nome de “Resident Evil: Extinção”.
Não, não é exagero, a segunda seqüência da adaptação dos vídeos games é uma porcaria, com um resultado totalmente assustador, mas de tão ruim. Nada no filme lembra o primeiro, e interessante exemplar da série, e o pior, fica até aquém do detestável segundo.
Com um fiapo de trama, escrito por Paul W. S. Anderson(que dirigiu o primeiro e roteirizou os dois também), se concentra em um planeta pós T-Virus (aquele que transforma todo mundo em zumbis) que foi consumido pelo deserto. A inescrupulosa Corporação Umbrella (que criou o vírus) agora tenta, ao mesmo tempo, achar uma cura, domesticar os mortos-vivos e recapturar a heroína e projeto cinetífico, ou andróide, ou para-normal, ou sei lá o que (coisa que não fica clara em nenhum dos três filmes) Alice (Milla Jovovich), que depois de vagar pelos confins dos Estados Unidos em sua moto se junta com o comboi de sobreviventes liderados por Clarie RedField (Ali Larter).
A teimosa repetição do erro, de descartar totalmente as tramas da série de jogos (que ficaram famosos também por uma trama cinematográfica) já começa afundando tudo, mas o que realmente o destrói é inabilidade de criar uma história que coubesse em um filme e se estruturasse como um.
O roteiro tem a pachorra de separar o filme por fases, sem se preocupar muito com uma seqüência lógica, nem narrativamente e muito menos temporal, todo mundo parece estar a poucos quilômetros de distancia, em alguns momentos até menos, como na chegada de Alice ao comboio, como se ali simplesmente fosse o começo de uma nova fase do game (nesse caso a segunda) e seu destino anterior fosse quase atrás de alguma duna de areia próxima.
Depois de um tutorial, mostrando as habilidades da personagem e criando a trama, a primeira fase mostra Alice em um posto de gasolina enfrentando os famoso dobermans zumbis, onde encontra ao melhor estilo survivor game (aquele onde o jogador tem que ir resolvendo quebra-cabeças ao mesmo tempo que sobrevivendo de monstros e criaturas) um caderninho com um mapa, logo depois salva o comboio dos corvos zumbis. A terceira fase em Las Vegas, o grupo de sobreviventes tem que se livrar dos zumbis em sí, para finalmente em uma quarta fase Alice entrar no complexo dos bandidos e enfrentar o grande chefão do jogo, tudo muito distinto, com inimigos e objetivos separados.
A verdade é que, nem para um jogo esse roteiro poderia ser usado, tamanha besteira. Além disso ainda, ao perceber que o que tinham em mãos não encheria um filme de 90 minutos apelam por enfiar goela abaixo do espectador seqüências sem a maior importância narrativa, dos cachorros zumbis (essa ao melhor estilo: os cães não podem faltar, por isso enfiem eles em algum lugar) ao personagem mordido que resolve esconder o machucado (coisa que já se tornou obrigatório em qualquer filme de zumbi), mas que, como não tinha importância na história, só serve para tomar uma bala na cabeça mais tarde.
Isso sem contar nas infinitas reuniões holográficas entre os chefões da Umbrella, que junto com as cenas do satélite na atmosfera terrestre e a computação gráfica apresentando o complexo (do jeito mais barato para a produção do filme) vão se repetindo sempre que possível, para ganhar mais um minutos.
A direção do experiente Russel Mulcahy (“Highlander” e “O Sombra”), também não ajuda, nesse caso, tenta impor uma apelo visual maior, já que a ausência de roteiro não o deixaria contar uma história, e fica longe de acertar na mosca.
A impressão que se tem é que, na tentativa de um apreço maior, Mulcahy resume tudo em slow motions e planos detalhes, sola de sapato sendo cortada (essa colado uma parte do vestido tendo o mesmo destino), o andar da personagem principal com a imagem ao nível do solo (além de qualquer outro movimento de Alice), isso sem esquecer de desacelerar qualquer luta ao máximo.
E os planos detalhes não acabam por aí, dá-lhe imagem fechada em um pote de moedas que caiu no chão, ou em um abajur afetado pela mesma gravidade (esses dois usados como susto, já que provavelmente os extras de zumbis deviam estar de folga), com espaço para uma ou outra maçaneta e algumas injeções de antivírus.
Em colaboração, ainda uma montagem confusa e uma fotografia que não se resolve com que luz iluminar a face da personagem principal, ora em close, de um modo plastificado (assim como as atuações), o resto das tomadas, esquecendo desse detalhe.
“Resident Evil: Extinção” pode até agradar a alguém que vai ao cinema para ver uma boa maquiagem (os zumbis lembram em muito os do clássico “Uma noite Alucinante”)e uma meia dúzia de ótimos efeitos especiais (como a explosão no final). Mas quem vai ao cinema com um pouco mais de vontade de ver um filme, vai sair reclamando, só não pode pedir o dinheiro do ingresso de volta, afinal, quem entrou já sabia o que poderia esperar (azar de quem entrar).

FICHA TÉCNICA:
Título Original: Resident Evil: Extinction
Gênero: Terror
Ano: EUA/Inglaterra/França/Alemanha/Austrália - 2007
Distribuidora: Columbia Pictures / Sony Pictures Entertainment
Direção: Russell Mulcahy
Roteiro: Paul W.S. Anderson

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Cena do filme "RESIDENT EVIL 3 - A EXTINÇÃO" - Foto Divulgação

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Crítico: Vinicius Vieira - Jornalista - vvinicius@hotmail.com

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