CRÍTICA - QUE FIZ EU PARA MERECER ISTO?

Crítica Especial do Filme "QUE FIZ EU PARA MERECER ISTO?" 
por Junior de Barros - Jornalista - e-mail: junior_barros@imtv.com.br 
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QUE FIZ EU PARA MERECER ISTO? - (Pandora)

Direção: Pedro Almodóvar

CRÍTICA:
QUE FIZ EU PARA MERECER ISTO?
- A FAMÍLIA DO VIZINHO

O 4º filme da carreira de Almodóvar traz a tona uma família extremamente excêntrica de uma Espanha dos anos 80, onde uma diarista vive situações novas e ao mesmo tempo constrangedoras.

Uma comédia baseada na trágica cômica vida de uma mulher diarista. O que eu fiz para merecer isso? Filme de Almodóvar filmado em 84, o quarto de sua carreira que estreou recentemente no circuito fechado HSBC Belas Artes traz a tona temas polêmicos com uma pitada de sexo, reflexão da vida cotidiana e muito humor.
Glória uma diarista que habita em uma cadeia de prédios com inúmeras famílias, passa a se questionar sempre, sobre o porquê de todo aquele sofrimento diário e preocupação para com a família, sendo que todos são extremamente dispersos e apesar de habitarem o mesmo teto, cada um vive sua vida individualmente.
A família de Glória é composta por dois filhos, o mais velho é traficante, o mais novo é gay e mora com o dentista que é louco por meninos mais novos, o marido é um taxista mentiroso que fala alemão, a sogra uma velha viciada em água com gás e bolinho que mantêm guardados no armário dentro do quarto a chave e para finalizar, uma vizinha que ela tem como irmã chamada Cristal que é prostituta e sonha em ser atriz de Hollywood.
Uma família completa pode dizer (risos), com todos os seus altos e baixos, porém a vida de Glória é realmente uma montanha russa cheia de surpresas, desde o momento em que ela se envolve com um policial impotente, até o ponto no qual ela vai trabalhar na casa de um casal de escritores fracassados cuja mulher é cleptomaníaco.
Se o filme for visto de um outro ângulo, podemos perceber até que ponto o ser humano pode-se dizer feliz com a vida e a com a família que leva, mesmo sofrendo e sempre reclamando dos fatores que impendem cada membro de ser feliz, a causa de inúmeros conflitos, principalmente na adolescência costuma ser jogado encima do núcleo familiar, culpando pai, mãe, filhos enfim, pessoas que dividem o mesmo teto. Atualmente para alguns a família serve como descarrego de todas as frustrações e descargas emocionais. Fatores familiares estão presentes no filme, assim como um não conflito de geração existente, e sim uma convivência em extrema harmonia e pacifismo que existe entre o filho mais velho de Glória com a sua avó paterna.
Glória vive surpresa durante todo o seu dia, além de ser viciada em remédios calmantes, sempre se vê em situações estranhas e algumas constrangedoras, como o assédio de uma policial impotente, até ter que ganhar uma grana extra junto com Cristal, para ver um cliente Vouyer se exibindo e tendo relação com a amiga.
Enfim, o filme é cheio de surpresa e traz temas reflexivos que podem ser usados e aplicados hoje, isso com muito humor característico de Almodóvar e não se preocupe se você se identificar com algum personagem ou lembrar de alguém quando ver o filme, essa é uma característica de Almodóvar.

Direção: Pedro Almodóvar
Duração: 101 min.
Ano: 1984
País: Espanha
Gênero: Comédia
Distribuidora: Pandora
Censura: 16 anos

Filme:

Ótimo: 
Bom:   
Regular:

Crítico: Junior de Barros - Jornalista - e-mail: junior_barros@imtv.com.br

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