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RESENHA CRÍTICA DO FILME "PIAF - UM HINO AO AMOR"   
por Rodolfo Lima - Jornalista, ator e crítico de cinema -
e-mail: dicaspravaler@yahoo.com.br
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PIAF - UM HINO AO AMOR  -  (Foto Divulgação)

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CRÍTICA - PIAF - UM HINO AO AMOR -  Depois de ver “Piaf – Um hino ao amor”, você não será capaz de ouvir a versão de Cássia Eller para “Non, je ne regret rien”, sem associar com a derradeira cena final do filme, embalada pela música. Cássia, assim como Piaf, provavelmente não se arrependia de nada. Edith Piaf foi a maior cantora popular da França.
Ao vermos o filme a primeira sensação é a de inveja por não termos uma artista tão urbanamente decadente, visceral e fatalista. Ok, tivemos uma Dalva de Oliveira – que se inspirava nela – uma Elis Regina, uma Maysa, uma Cássia Eller e ainda temos uma comportada e desintoxicada Angela Ro Ro. Mas a artista “produzida” em Paris é única. Sua trajetória marcada por perdas e desacertos, justifica cada copo que tomava e que lhe roubaria o fígado e a mataria de falência hepática, agravada por anos de dependência química aos 47 anos, isso em 1963.
O filme de Olivier Dahan não é linear. Embaralha fatos, ignora outros, alterna passado, presente e futuro, sem a menor obrigação de seguir uma seqüência lógica – embora ela esteja por lá. O filme é uma grande e belíssima homenagem a um das maiores artistas francesas do século XX. Causou furor na França quando lançado e vem arrastando elogios e se tornou um forte candidato a abocanhar a famosa estatueta do Oscar.
Tal mérito recai sobre a atriz Marion Cotillard que impressiona com sua transfiguração e entrega, ela não interpreta, ela é Piaf. Assim como aconteceu com Helen Mirren (A Rainha), Nicole Kidman (As Horas) e Philip Seymour Hoffman (Capote) - entre outros – a academia adora premiar atores que se transfiguram para interpretar personagens reais. Em Piaf, eles encontrarão motivos de sobra.
Piaf (pardal em francês) passou sua infância dividida entre a mãe decadente que cantava nas ruas para sobreviver, o pai autoritário e acrobata que a obrigou a vagar com uma trupe de circenses e uma avó cafetina que não a reconhecia como tal, dona de um bordel, permitia que as prostitutas tivessem contato com a pequena garota. Curiosamente - ou não – desde pequena Edith viveu flertando com a decadência.
Não há toa cresceu “imitando” a mãe, sendo impessoal como o pai e despegada, afinal Piaf nunca pode ter nada de concreto. Descoberta na rua, Piaf se torna uma grande e impulsiva cantora, que com seus olhos expressivos, seu corpo mignon e sua voz potente encantava os que a ouvia.
Impossível não se comover com o filme. Simplesmente porque a história e a arte de Piaf se misturam, numa macabra simbiose que a fez despencar em cena, numa de suas ultimas apresentações públicas. Geniosa, generosa e intensa, Piaf teve sua vida arrasada com a morte do grande amor de sua vida, o boxeador Marcel Cerdan. Tal relação resulta numa das mais belas cenas do filme, onde poesia, cinema e realidade se misturam para enfatizar o(s) grito(s) de dor, originado pela perda do amor.
Piaf é programa obrigatório. Intenso e emocional, sem ser piegas ou maniqueísta, a história de Edith Piaf vêm a tona sem maneirismos. Dahan se apropriou de sua história e a transformou em belas seqüências. Antes de reverenciar o mito, nos brinda com uma interpretação impagável e incontestável de uma artista que nunca se enquadrou, viveu solta num sistema que a acolheu, graças ao dom de cantar, concedido pelos deuses.
O filme no conecta com a utópica e necessária visão do artista que foi consumida pela arte e fez dela seu alimento. Para ter em casa e rever, assim não esqueceremos os predicados que compõe o “forro” de uma grande artista. Edith Piaf – Um Hino ao Amor é inesquecível.

Ficha Técnica:
Título Original: La Môme
Gênero: Drama
Duração: 140 min.
Ano: França/República Tcheca/Inglaterra - 2007
Distribuidora: Europa Filmes
Direção: Olivier Dahan

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Cena do filme PIAF - UM HINO AO AMOR  -  (Foto Divulgação)

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Crítico: Rodolfo Lima - Jornalista, ator e crítico de cinema - e-mail: dicaspravaler@yahoo.com.br

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© Cranik - PIAF - UM HINO AO AMOR