RESENHA CRÍTICA "PARANÓIA"
por Vinicius Vieira -
vvinicius@hotmail.com
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PARANÓIA - (Foto Divulgação)
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CRÍTICA - PARANÓIA:
Só tem uma coisa que
atrapalha “Paranóia”... Hitchcock, sem “Janela
Indiscreta” provavelmente o novo filme de DJ Caruso
não existiria, e é exatamente essa existência que
não deixa o filme decolar, mas isso também não o
impede de ser bom e superar a maioria das
expectativas.
Isso tudo graças ao roteiro de Christopher Blandon e
Carl Ellsworth, que parecem saber onde estão se
metendo, e tomam o caminha menos arriscado, por
conseqüência mais garantido, não refilmando o
clássico e sim tentando mostrar o que o mestre do
suspense poderia fazer se vivesse hoje e resolvesse
dirigir mais um filme de terror adolescente (por
mais arrepios que essa ultima frase possa me
causar).
Ao invés do fotografo com a perna quebrada, que,
resumido ao seu apartamento, começa a bisbilhotar a
vida da vizinhança pela janela dos fundos de seu
prédio, até dar de cara com um suposto assassinato,
temos o gesso substituído por uma daquelas
caneleiras de prisão domiciliar dos Estados Unidos,
o fotografa se transforma em um adolescente que
agrediu o professor e precisa passar 90 dias em casa
e que, ao tentar transformar seu ócio em algo
produtivo, resolve se transformar no voyeur oficial
do bairro, até dar de cara com um “suposto” vizinho
que “supostamente” é um serial killer.
È óbvio, que assim a primeira vista, mais parece uma
cópia deslavada, mas no final das contas, o roteiro
consegue se livrar disso (em parte, sempre fica
aquele ranso de refilmagem), e, principalmente,
sabendo que não quer fazer um clássico para o
cinema, sim apenas mais um blockbuster esquecível.
Criam um filme redondo e aparado, que se preocupa em
desenvolver os personagens, sem deixar suas ações
desnecessárias, criam um romancesinho para deixar
tudo um pouco mais leve, e por fim, desacreditam os
personagens, por que adolescente que se preze não
pode ser levado a sério pelos adultos.
Diante disso eles, conhecendo o público alvo, jogam
na lata de lixo todas as suposições do clássico de
Hitchcock, com a direção nada sutil Caruso ajudando
em muito, e se sentem obrigados a esfregar na cara
do espectador, entre muitas outras coisas, o
acidente que muda a vida do adolescente, cansam de
colocar a televisão falando sobre uma série de
assassinatos, sem se preocuparem, momento nenhum, em
deixar a dúvida se o vizinho é assassino ou não,
além de sentirem a obrigação de criar um vilão
presente, não um cara que o tempo todo você vê
apenas de longe.
Acertadamente atualizam a trama, lembrando para quem
é o filme, por mais triste que isso possa ser.
A verdade é que, essas mudanças são obrigatórias
diante de um público atual, que na sua maioria
esquece de pensar, e não se interessa mais por um
filme que se passa em um quarto, onde até seus
últimos cinco minutos não se sabe se o tal vizinho é
um assassino ou não. Um público que não quer mais
sutilezas, e precisa ser agredido visual e
sonoramente.
Portanto, não é “Paranóia” que é ruim, até faz bem
aquilo que se propõe, é o grande público que não
sabe mais o que é cinema.
Ficha Técnica
Título Original: Disturbia
Gênero: Suspense
Duração: 104 min.
Ano: EUA - 2007
Distribuidoras: DreamWorks SKG/Paramount
Pictures/UIP
Direção: D.J. Caruso
Roteiro: Christopher B. Landon e Carl
Ellsworth, baseado em história de Christopher B.
Landon
Site Oficial:
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FILME:
Ótimo:
Bom:
Regular:
Crítico: Vinicius
Vieira - Jornalista -
vvinicius@hotmail.com
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