RESENHA CRÍTICA "O LABIRINTO DO FAUNO"
por Vinicius Vieira -
vvinicius@hotmail.com
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O LABIRINTO DO FAUNO - (Foto Divulgação)
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O LABIRINTO DO FAUNO
Crítica - O LABIRINTO DO FAUNO -
É impossível ver “O Labirinto do
Fauno” e não lembrar do clássico “Alice no País das
Maravilhas”, não o desenhinho da Disney e sim o
acido livro de Lewis Carroll, tanto o filme do
mexicano Guillermo del Toro quanto o clássico da
literatura, nos colocam em uma viagem a um mundo que
beira uma loucura, onde o certo nem sempre é muito
certo.
Alice vai atrás do coelho branco em sua toca, e lá
acaba encontrando um mundo reinado sem piedade por
uma rainha que não pestaneja antes de cortar alguma
cabeças, do outro lado Ofélia é obrigada a viver em
um mundo que não a quer por perto, onde ela é apenas
a filha da mulher que carrega na barriga a próxima
geração de um capitão da ditadura franquista dos
anos 40 na Espanha, que faz de um moinho no meio da
floresta seu mundo distorcido onde o certo e o
errado é ditado por ele próprio.
Do mesmo jeito que a garota loirinha do livro quer
voltar para casa, Ofélia quer apenas alcançar um
mundo mágico no qual seu pai a espera com status de
princesa, seu lar de verdade.
Guillermo Del Toro cria uma fabulo emocionante e
verdadeira, coloca você em uma mundo mágico, povoado
por fadas, sapos gigantes, faunos e outras
criaturas, ao mesmo tempo usando como pano de fundo
a ditadura espanhola (ou o contrário?).
O diretor e roteirista faz questão de criar um filme
simbólico, onde as coisas tem uma razão de ser
(voltando a suas raízes como fez em “A Espinha do
Diabo”), por mais grandioso que seja, “O Labirinto
de Fauno” joga com o interior do ser humano, com as
provações que todos tem que passar para chegar em
seu reino, nos obstáculos que todos tem que
ultrapassar.
Del Toro traça um paralelo entre a empregada do
capitão, Mercedes, Maribel Verdú de “E Sua Mãe
Também”, e a garotinha Ofélia, enquanto a primeira
vai a floresta na calada da noite para ajudar os
revolucionários, a outra vai a procura do Fauno um
ser meio planta que indicará seu caminho, ambas não
conseguem viver no mundo que estão, e vão a procura
de um jeito de mudança, mesmo que para isso tenham
que passar por cima de qualquer perigo.
Você pode estar achando que “O Labirinto...” é um
daqueles filmes pesados e complicados, mas nada
disso, você dá de cara com uma narrativa fácil,
coerente e linear, que o tempo todo brinca com a
questão de qual é o mundo real, até onde vai a magia
e a imaginação de Ofélia, deixando na sua mão
qualquer julgamento.
Além do roteiro extremamente bem construído e
criativo talvez o que mais chame a atenção no filme
seja o visual, Del Toro, que começou no cinema como
maquiador e criador de efeitos especiais, não
economiza nesses quesitos, tanto quando vai mostrar
as criaturas que habitam esse mundo incrível, mas
também quando faz questão de mostrar todo e qualquer
tipo de ferimento, seja a bala, seja a faca,
tornando o filme um pouco mais forte para quem tem
estomago fraco, a parte do corte na boca é de se
revirar na poltrona do cinema.
Com uma mistura de maquiagem, bonecos e CGI (Computer
Generated Images), o filme da um show em cada
criatura que dá as cars, todas parecendo ter vida
própria de verdade e merecem uma atenção à parte,
além de uma ótima direção de arte, que te coloca com
tudo dentro da história.
É bom não esquecer da fabulosa fotografia do diretor
Guillermo Navarro, parceiro de Del Toro, que o tempo
todo joga com filtros e luzes, sem ser sutil e ao
mesmo tempo deixando ela se criar sozinha, sem
forçar nada.
“O Labirinto do Fauno” já é com certeza o
“estrangeiro” (não falado na língua Yankee) do ano,
provavelmente ganhador do Globo de Ouro nessa
categoria (e se bobear do Oscar na mesma), com
certeza ele é um dos mais importantes filmes do
cinema mundial em 2006.
Obrigatório para quem gosta de cinema, ou quer ter
uma experiência única, esta aí uma ótima pedida,
para começar o ano.
Título Original: El Laberinto del Fauno
Gênero: Suspense
Duração: 112 min.
Ano: México/Espanha/EUA - 2006
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Direção e Roteiro: Guillermo del Toro
Produção: Álvaro Augustín, Alfonso Cuarón, Bertha
Navarro, Guillermo del Toro e Frida Torresblanco
Música: Javier Navarrete
Fotografia: Guillermo Navarro
Site Oficial:
www.panslabyrinth.com
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Cena do filme
O Labirinto do Fauno - (Foto Divulgação).
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Crítico: Vinicius
Vieira - Jornalista -
vvinicius@hotmail.com
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