Crítica
Especial do Filme
"O
ALBERGUE"
por Vinicius Vieira -
vvinicius@hotmail.com
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O ALBERGUE
- (Sony Pictures)
Direção: Eli Roth
CRÍTICA:
O ALBERGUE - Parece que uma nova moda vem se
instalando em hollywood, dessa vez uma que é um
pouco mais velha do que parece. Nos anos 80, dentro
do gênero do terror, uma sub-categoria ganhou fãs do
lado dos espectadores e mestres dos lados dos
cineastas. Estou falando do gore, lado do terror que
fazia de tudo para embrulhar os estômagos menos
treinados com decaptações, exposição de órgãos, e
sangue, mas muitos litros de sangue mesmo, tudo de
um modo meio sádico e enferrujado.
Na época, podemos lembrar de nomes como Wes Craven e
seu “Quadrilha de Sádicos” (que tem sua refilmagem
pintando no cinema ainda esse ano), do italiano
Dário Argento em filmes como “Suspiria”, e é claro
não podemos esquecer de George A. Romero e seus
zumbis. Entre si, os estilos, tanto desses citados
como de uma infinidade de outros, não se
assemelhavam, mas todos tinham uma coisa em comum, o
tal do gore.
Agora é a vez de mais um expoente dessa arte de
causar ancia e o nome é Eli Roth. Depois do
independente “Cabine do Inferno” fazer miséria em
todos festivais que passava e se tornar um filme
Cult quase que instantaneamente, agora é a vez de “O
Albergue” ser reconhecido.
Filmado no tempo record de 12 meses, praticamente
três vezes menos que qualquer outro filme, “O
Albergue” é um filme que segue a linha de seu
anterior, muito sangue, mutilações, uma história que
prende a atenção, e ótimos personagens, isso sem
esquecer de um certo humor cínico e negro.
A história é simples, dois jovens americanos e um
islandês com suas mochilas resolvem conhecer a
Europa e seus prazeres, depois de uma estada em
Amsterdã regada a maconha e prostituição, resolvem
seguir o conselho de um outro mochileiro e ir para o
Leste Europeu, onde as mulheres são selvagens e
adoram um estrangeiro, chegando lá é só encontrar um
certo albergue e esperar a festa começar. Mas essa
cara de comédia adolescente acaba quando um deles
desaparece e um suposto clube de tortura entra em
cena.
Como em sua estréia, o diretor repete uma fórmula
que dá certo, Roth faz questão de, na primeira parte
do filme, desenvolver os personagens até o último
momento possível, por que na hora que começa o
terror em si ele também faz questão de não mostrar
mais nada, de um jeito frenético, o bom disso é que
você acaba torcendo pra eles bem mais facilmente,
além de conseguir entender bem mais certas mudanças
de personalidade, nada fica muito ao acaso.
Agora a cereja do bolo com certeza são as cenas de
terror, nada de não mostrar isso ou aquilo para
deixar mais subjetivo, é sangue para tudo quanto é
lado, de um jeito criativo, isso é verdade, mas o
diretor do filme faz de tudo para embrulhar um ou
outro estômago e, o melhor, é que consegue, sem ser
ousado tecnicamente, nada de edição de videoclipe e
fotografia granulada, tudo claro, vermelho e sujo,
são 567 litros de sangue muito bem usados.
Se Eli Roth vai virar um novo nome do cinema de
terror, só o tempo dirá, mas parece que está indo
pelo caminho certo, depois do primeiro filme virar
cult, ficar amigo do Quentin Tarantino, que assina
“O Albergue” como produtor executivo, dando uma
ajudazinha nas bilheterias, garantir uma seqüência
para ele e, em 2007 ainda dirigir a adaptação do
mais novo livro do mestre Stephen King (“The Cell”),
não sei não, mas isso esta me cheirando a uma longa
carreira de sucesso.
Direção: Eli Roth
Gênero: Terror
Duração: 95 min.
Distribuição: Sony Pictures
Ano de Lançamento: EUA - 2005
Cena do filme -
O ALBERGUE (Foto Divulgação)
Filme:
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Crítico: Vinicius
Vieira - Jornalista -
vvinicius@hotmail.com
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