NA FRENTE DA TV - Naquela frenética mudança
do apertar com o dedo indicador os botões daquele
controle de televisão, em que as pilhas estavam
fracas, acabei achando um grande filme nacional na
televisão, “Durval Discos”, esse texto não é bem uma
critica, alias, está muito longe de ser, pois
envolve Durval, Glauber, Clint e algumas “Antonias”
e até a Beyonce.
Talvez você que esteja lendo ache que eu nem faça
parte do Cranik, eu faço, apesar de ser mais um
jornalista fantasma, e de uma certa forma o Ademir,
o “patrão” dono do site, deve ficar meio “cabreira”
pelos meus desaparecimentos constantes. Isso não
acontecerá mais.
Durval Discos, é sim um daqueles filmes nacionais
sem tanto alarde de tais emissoras que dão certo,
quem assume a direção é Anna Muylaert, e conta com
um tal elenco de primeira: Ary França, Etty Fraser,
Marisa Orth Letícia Sabatella. Pegue um vinil na sua
casa, claro hoje em dia não é todo mundo que tem,
mas olhe o lado A e compare com o B, Durval Discos é
assim, sutil e suave, numa historia em que o Amor
floresce mais do que qualquer outro item.
Antes do Durval vem Clint, para quem gosta de filme
antigo, é claro porque eles são os melhores, e de
quem gosta de Clint Eastwood na frente e não atrás
das câmeras, aqui vai uma excelente dica, Fuga de
Alcatraz, é sim filme de presídio, mas só não vão
achar que é igual ao Oz (série de Tv),
Alcatraz uma das maiores prisões já construídas no
mundo pelos Fascistas Americanos, é o local e porque
não também o vilão da historia, filme a moda antiga
em que você fica preso e sufocado junto com os
detentos, Fuga de Alcatraz é uma historia
empolgante e real. Caso alguém siga meu conselho
congelem a imagem na cena em que Clint coloca os
óculos de um de seus colegas no bolso do mesmo, e
lança um olhar fulminante para o diretor do presídio
“que Olhar”.
Na vontade de política nós pedimos Glauber nas
telas, Terra em Transe, cinema puro,
feito por imagens distorcidas, poéticas, cinema
feito por imagens porque cinema é isso. Falar sobre
os filmes de Glauber Rocha requer muito esforço
mental e mais páginas por isso será uma critica
separada, mas apenas nessas tiras pode-se dizer que
no Brasil, igual a ele, não tem.
Após seções de Tv e DVD, estou no sofá tomando meu
refri, e quando aparece o comercial do filme
Antonia da Tata Amaral, uma voz surge na sala
“cara porque o Antonia tem que ser assim, na favela
e ter essas coisas típicas de filme brasileiro, o
Dreamgirls é a mesma coisa, só que não tem isso
aí”, você que acabou de ler esse comentário, vamos
pensar. Dreamgirls conta com uma super gata
que se acha atriz, em Hollywood tudo sempre é tão
bonito e tão certo, e com musicas ruins também, pode
ser bonitinho, mas é um filme para sair do cinema e
esquecer o que acabou de ver. Não é patriotismo e
sim qualidade. A serie de tv já foi o maior sucesso,
agora cabe aos donos do cinema, diminuir os
preços, pois Antonia é um filme de massa, de
povo e não de burguês.
Crítico: Juliano
Moreira Oliveira - Estudante da Faculdade de
Cinema FMU - e-mail:
julrocknrool@hotmail.com