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FILME "MOTOQUEIROS SELVAGENS"   
por Vinicius Vieira - vvinicius@hotmail.com 
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MOTOQUEIROS SELVAGENS - (Foto Divulgação)

MOTOQUEIROS SELVAGENS

CRÍTICA - MOTOQUEIROS SELVAGENS: Se o filme de terror tem como principal objetivo assustar as platéias dos cinemas e os dramas para emocionar, as comédias, nessa lógica, são feitas para provocar risos. Tendo isso em mente, “Motoqueiros Selvagens” alcança seu objetivo muito bem, e te propicia 90 minutos de muitas gargalhadas.

Dirigido por Walt Becker, que recentemente fez sucesso com “O Dono da Festa” (por aqui nem tanto, mas nos Estados Unidos teve ótimos números e até recentemente ganhou uma seqüência), não faz questão de apresentar nada de muito novo, e usa do arroz com feijão para fazer um filme que se preocupa em fazer graça sem ofender ninguém (coisa que parece estar virando moda), leve e muito divertido.

No filme, Doug (Tin Allen), dentista e pai de família preocupado com seu colesterol, Woody (John Travolta), bem sucedido, casado com a modelo gostosona, Bobby (Martin Lawrence) dominado pela esposa e Dudley (Willian H. Macy) nerd de carteirinha, sem vida social fora dos computadores, são quatro amigos quarentões que resumem suas aventuras a uma vez por semana colocarem suas jaquetas de couro subirem em suas motos e irem juntos a um bar tomarem cerveja como verdadeiros motoqueiros selvagens, emblema costurado por uma das esposas em suas jaquetas para criar a “gangue” deles, muito aquém de seus tempos de juventude.

Tentando sair da rotina, os quatro resolvem então sair em uma viagem de motocicleta para cruzar o país, ao melhor estilo “Sem Destino”, indo para onde o vento levar, até a hora que dão de cara com uma verdadeira gangue de motoqueiros e acabam sendo perseguidos por eles.

A grande sacada do roteiro escrita por Brad Copeland (que trabalhou na TV nas ótimas séries “Arrested Development” e “My Name is Earl”) é não bater na tecla “estamos muito velhos para isso”, pelo contrário, criar personagens que, até ridiculamente, acham que estão até novos demais, e acabam se metendo nas maiores enrascadas.

Com um humor que, além de ser cheio de citações e homenagens a outros filmes, consegue explorar bem as personalidades de cada personagem, os aproximando do público, o filme provavelmente vai agradar melhor um público mais experiente e masculino, mas não deixará ninguém de fora, quem não rir por se encaixar, vai rir simplesmente por ser um filme muito engraçado.

E grande parte dessa graça, com certeza vem do elenco afiado, que juntos não são uma maravilha de química, mas separados funcionam muito bem. Mesmo com Willian H. Macy ficando com as melhores piadas, John Travolta faz um ótimo trabalho e se destaca, sem se levar a sério, o astro é sutil, irônico, e parece estar levando a sério as situações mais absurdas, talvez por ser o único dos quatro que não é comediante por natureza.

Destaque ainda para os ótimos Ray Liotta, na pele do chefe da gangue de motoqueiros, que parece não se preocupar em ser caricatural, e John C. McGinley (da série “Scrubs”) que persegue os quatro Motoqueiros Selvagens com o intuito um tanto quanto amoroso.
Mesmo com um final correto, sem muitas surpresas, ele vale o ingresso pela participação especialíssima da lenda Peter Fonda e a seqüência dos créditos que conta com a participação do reality-show Extreme Make Over (série mãe do quadro “Lar Doce Lar” do programa Caldeirão do Huck), não deixando ninguém sair decepcionado da sessão do cinema.

“Motoqueiros Selvagens” é filme até certo ponto totalmente descartável, mas que agrada em cheio o público que está cansado de flatulências e deformidades das comédias que vem aparecendo por aí.

Título Original: Wild Hogs
Gênero: Comédia
Duração: 99 min.
Ano: EUA - 2007
Distribuidoras: Touchstone Pictures/Buena Vista International
Direção: Walt Becker
Roteiro
: Brad Copeland
Site Oficial: www.wildhogsmovie.com 

FILME:

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Crítico: Vinicius Vieira - Jornalista - vvinicius@hotmail.com

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