RESENHA CRÍTICA "MOÇA COM BRINCO DE PÉROLA"
por Luis Pires -
Jornalista e Crítico de Cinema
e-mail:
lpires@uol.com.br
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MOÇA COM BRINCO DE PÉROLA
- (Foto
Divulgação)
MOÇA COM BRINCO DE PÉROLA
CRÍTICA: MOÇA COM BRINCO DE PÉROLA -
Johannes Vermeer é considerado o segundo pintor mais
importante da Holanda, ficando atrás apenas de
Rembrandt. Durante sua existência, entre os anos
1632 e 1675, Vermeer viveu em Delft, foi comerciante
de arte e pintou diversos quadros, entre eles Moça
com Brinco de Pérola, classificado por alguns como a
“Mona Lisa holandesa”. A exemplo da pintura
italiana, muito se especula sobre a modelo que posou
para o pintor, embora não existam registros sobre a
origem da mesma.
Em 1999, a escritora Tracy Chevalier publicou um
romance, no qual tenta desvendar a moça por detrás
do quadro, que a todos encanta com sua expressiva
beleza e um intrigante olhar, ao mesmo tempo alegre
e triste. Baseado nesse livro (que vendeu mais de
dois milhões de exemplares logo quando foi lançado),
Olívia Hetreed criou o roteiro de Moça com Brinco de
Pérola, para que Peter Webber o dirigisse, estreando
em longas metragens.
Scarlett Johansson interpreta Griet, uma jovem
camponesa que, por conta de dificuldades financeiras
pelas quais passa sua família, é levada a trabalhar
na casa do pintor (vivido nas telas por Colin Firth).
Dentre suas inúmeras funções está a de limpar e
arrumar o estúdio, onde Vermeer passa a maior parte
de seu tempo, trabalhando e refugiando-se de sua
caótica família, que ele pouco vê.
Aos poucos Vermeer começa a prestar a atenção na
jovem de apenas 17 anos, e passa a treiná-la no
preparo das tintas. Ela tem um natural olhar
crítico, parecido com o dele, e o pintor a deixa
opinar em seu trabalho, nascendo entre eles uma
cumplicidade que vai gerar o ciúme do resto da
família e dos outros serviçais da casa. Menos o da
sogra (Juddy Parfitt), que é quem administra as
contas da família quase falida, e consegue captar
que a presença da criada melhorou o trabalho do
pintor e, conseqüentemente, o fluxo de caixa.
MOÇA COM BRINCO DE PÉROLA (FOTO DIVULGAÇÃO)
O ponto forte do filme está nas atuações de
Johanssom e Firth. Ela, que já havia encantando o
mundo em Encontros e Desencontros, de Sofia Coppola,
está mais linda do que nunca. Simplesmente
hipnotizante. E ele a quer sempre ao alcance dos
seus olhos, o que faz crescer entre eles uma tensão
sexual, que culmina na cena em que ele fura sua
orelha para colocar-lhe os brincos da esposa.
Sensualidade à flor da pele.
O romance é uma fantasia, mas a história parece tão
real que é difícil duvidar que as coisas tenham
ocorrido de forma diferente da descrita no livro e
no filme.Curiosamente, Johansson não foi a primeira
escolha para interpretar a moça do brinco de pérola.
Mas sua semelhança com a modelo que posou para
Vermeer é tão grande, que é impossível pensar em
outra pessoa que não ela para o papel.
O filme -- que recebeu três indicações ao
Oscar ® (Fotografia, Direção de Arte e Figurino) e
duas indicações ao Globo de Ouro (Atriz – Drama e
Trilha Sonora) -- conta ainda no elenco com Cillian
Murphy (interpretando Pieter, filho do açougueiro e
pretendente da bela Griet) e Tom Wilkinson, que tem
uma importante participação na trama, no papel de
Van Ruijven, o mecenas que comprou diversos quadros
de Vermeer, ajudando-o a sustentar sua família.
Ficha Técnica:
Moça com Brinco de Pérola (Girl With a Pearl
Earring - Inglaterra - 2003 - 95 min)
Direção: Peter Webber
Roteiro: Olivia Hetreed, baseado no livro
homônimo de Tracy Chevalier
Fotografia: Eduardo Serra
Figurino: Dien van Straalen
Elenco: Scarlett Johansson (Griet), Colin
Firth (Johannes Vermeer), Tom Wilkinson (Van Ruijven),
Judy Parfitt (Maria Thins), Cillian Murphy (Pieter),
Essie Davis (Catharina).
Cena do
Filme MOÇA COM BRINCO DE PÉROLA (Foto Divulgação)
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Crítica: Luis Pires - Jornalista e Crítico de Cinema -
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