RESENHA CRÍTICA
DO FILME "MÁS
COMPANHIAS"
por
Ademir Pascale - Crítico de Cinema e Editor do
Portal Cranik -
ademir@cranik.com
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MÁS COMPANHIAS
- (Foto Divulgação)
"Yogismos Cinematográficos."
CRÍTICA: MÁS COMPANHIAS - Dean é um
adolescente rebelde e alienado(?) Talvez, mas se o
propositor do Behaviorismo Radical, Burrhus F.
Skinner, ainda estivesse entre nós, faria uma
análise detalhada deste individuo, pois é difícil
analisar o comportamento de um adolescente e
principalmente, julgá-lo como alienado – existem
vários fatores para se chegar a este propósito e, o
convívio com a famíĺia, conta muito. Mas deixemos
isso para os psicólogos e behavioristas de plantão.
O longa escancara a realidade da vida da sociedade
americana, mostrando que um país de primeiro mundo,
também tem seus problemas e, a liberdade na
adolescência destes americanos de classe média alta,
geralmente os fazem chegar com facilidade as drogas.
– Tenho certeza que Descartes também analisaria esse
período dos adolescentes americanos, com precisão.
Neste momento que vos escrevo, noto o reflexo de
O Pensador de Rodin, na tela do meu monitor e imagino
que, com certeza, a educação que os americanos
aprendem em casa e nos colégios, não é uma educação bancária,
mas sim a mais libertária e liberal possível. -
Tenho certeza que Paulo Freire se regozijaria
plenamente com
esta análise.
A seriedade deste dramático cotidiano das famílias
americanas, é muito bem retratada no longa, mas,
o diretor, Arie Posin, erra ao inserir um toque de comédia nas
cenas dramáticas, o que me fez diminuir a sua
cotação, mas tenho que frisar que fiquei apaixonado
pela inclusão de algumas cenas em 3D,
superficialmente desconcertante, uma apologia ao
yogismo cinematográfico – que acabei de criar -,
mostrando coragem na direção deste longa, que dirige
atores desconhecidos da massa cinéfila, se tornando
atraente, principalmente para nós que já estamos
cansados de ver as mesmas figuras hollywoodianas.
“Se você não sabe para onde está indo, provavelmente
vai chegar a outro lugar.”
Yogi Berra
Tirando a “pitada” e lastimosa comédia já citada, o
longa é gritante, triste e enriquecedor, mostrando
que problemas sociais não são apenas da classe baixa
de países de terceiro mundo e, que além da educação
e da política, o convívio e o bom diálogo em família
contam muito na vida de qualquer ser humano –
infelizmente, é o que falta para os americanos e, uma
grande prova disso, são os noticiários constantes de
assassinatos e suicídios nos colégios deste país
“literalmente” liberal.
O Filme
Na trama, o melhor amigo do nosso protagonista, Troy,
se suicida. Billy, Lee e Crystal, estão à procura de
Dean, já que é o único que sabe onde o amigo Troy
guardava uma grande quantidade de drogas para venda.
Dean, instintivamente, se recusa a ajudá-los,
deixando o trio completamente enlouquecido, o qual
decidem seqüestrar o irmão mais novo dele. Porém o
grupo seqüestra a criança errada, o que faz com que
nosso protagonista tenha que salvar alguém que nem
sequer conhece.
Bom, não chega a excelência de um grande
longa-metragem e nem é tão dramático como “A Outra
História Americana”, mas recomendo para sua bagagem
cultural.
Ficha Técnica
Título Original: The Chumscrubber
Gênero: Drama
Duração: 108 min.
Ano: EUA / Alemanha - 2005
Distribuição: Newmarket Films / Flashstar
Direção: Arie Posin
Roteiro: Zac Stanford, baseado em história de Arie
Posin
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Cena do Filme
MÁS COMPANHIAS (Foto Divulgação)
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Ademir Pascale é crítico de cinema, ativista
cultural, editor e criador do portal Cranik
www.cranik.com e do projeto de inclusão social
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