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RESENHA CRÍTICA DO FILME "MARLEY & EU"   
por Vinicius Vieira - vvinicius@hotmail.com 
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MARLEY & EU - (Foto Divulgação)

CRÍTICA - MARLEY & EU: Avaliar se “Marley e Eu” alcançou, ou não, seus objetivos como filme beiraria a ingenuidade, já que é óbvio que a adaptação do best-seller homônimo escrito por John Grogan arrancará risos e lágrimas até dos mais insensíveis, restaria então, tentar entender a que tudo isso se dá. E não é só por causa do cachorro.

Primeiro de tudo, uma quase covardia do diretor David Frankel deixa claro o tom que o filme vai levar consigo até seu fim, quer você, espectador, queira o não: a qualquer sinal de perigo, o grande labrador de pelos dourados entrará em cena para fazer a alegria do espectador, e se no fim você descobrir que a vida dos personagens humanos toma um rumo sem graça e mundano, não se preocupe Marley dará um jeito de te fazer sair do cinema emocionado, uma fórmula que sempre, sem exceção, dá certo, como se, sem o menor pudor ou vergonha, Frankel usa-se, e muito bem, seu grande “ás” canino guardado na manga.

Antes de qualquer coisa, essa “quase covardia” é um dos pontos fortes do filme, já que Frankel parece ter o controle da medida certa para usar o cachorro, não extrapolando nada e fazendo mais ainda “Marley e Eu” ganhar uma seriedade toda sua quando aponta em ser sobre o “Eu” do título, e não sobre o “Marley”. É como se ele tivesse percebido que um filme com o cão no centro das atenções o infantilizaria, levando embora todo drama dos personagens, e até um pouco de seu charme, perigando se transformar, até, em uma comédia escrachada que perambularia pelas “sessões da tarde”, e mais ainda, levando ao cinema um público que daria de cara com um drama muito mais profundo do que esperaria.

John Crogan é um jornalista que não consegue alcançar seus objetivos, e tem medo de não alcançá-los, sua mulher Jennifer, resolve largar o trabalho para cuidar dos filhos sem perceber que isso possa levar a uma depressão, e no meio dos dois, e de uma crise anunciada, Marley aparece para ser o grande laço que une seus casamentos, já que no fim das contas, é ele a prova do primeiro passo diante do inevitável, não como um filho, mas sim como uma evidência do quanto responsáveis eles precisarão ser para sobreviver juntos.

É lógico que toda essa profundidade só não se torna insuportável na grande tela do cinema, graças a presença do cachorro, e todas estripulias que o fazem ganhar o título de “pior cão do mundo”, e é isso que faz o filme sobreviver, esse equilíbrio entre os problemas do casal, suas alegrias, suas tristezas, e a inocência do cachorro, mesmo provocando os maiores desastres.

No fim das contas, “Marley e Eu” serve muito mais como uma experiência do que como um filme, já que extrapola os sentimentos de qualquer espectador, não adiantando segurar as lagrimas, pois elas inevitavelmente virão, sendo o melhor mesmo, relaxar e se deixar ser capturado.

Ficha Técnica
Título: Marley e Eu
Título Original Marley & Me
Gênero: Comédia
Ano: EUA / 2008
Diretor David Frankel
Roteiro Scott Frank
Distribuidora: Fox Filmes

 
Trailer do filme MARLEY & EU - Foto Divulgação

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Crítico: Vinicius Vieira - Jornalista - vvinicius@hotmail.com

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© Cranik - MARLEY & EU