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RESENHA CRÍTICA DO FILME "MAMMA MIA!"   
por Rodolfo Lima - Jornalista, ator e crítico de cinema -
e-mail: dicaspravaler@yahoo.com.br
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MAMMA MIA!  -  (Foto Divulgação)

 

CRÍTICA - MAMMA MIA! -  O meu conhecimento em relação ao grupo ABBA se reduz a veneração – não tanto por minha parte – de músicas como “Dancing Queen”, a versão latina de “Chiquititas”, a “Mamma Mia” exibida no filme “Priscila – A Rainha do Deserto” ou “Fernando” cujo refrão é cantado por Toni Collete em “O Casamento de Muriel”. Obviamente os acordes de “Gimme Gimme Gimme”, me remete a “Hung Up”, de Madonna, na qual a cantora sampleou o começo da música do grupo.

Não sei de onde conheço “The Winne Take it all”, das cantadas no filme a minha preferida, que no filme dirigido por Phyllida Lloyd tem uma bela interpretação de Meryl Streep diante de seu amor da juventude, tendo como fundo a beleza encantadora dos mares gregos.

Meryl leva qualquer cinéfilo ao cinema, é a campeã de indicações ao Oscar, ganhará com “Mamma Mia!” no mínimo, uma indicação ao Globo de Ouro de melhor atriz de comédia/e ou musical. Sua interpretação no filme é deliciosa e o que vemos é uma Meryl Streep rejuvenescida e vigorosa.

O núcleo de amigas formado pelas atrizes Christine Baranski e Julie Walter ajudam a fomentar a empatia causada pela personagem de Meryl. A canção “Dancing Queen”, é a que melhor se encaixa no roteiro e sem dúvida um dos melhores momentos. Se pensarmos que as músicas e o roteiro foram “arranjados” para se fundirem, eis ai um momento, que de tão descontraído e agradável, ameniza o senso crítico de qualquer formador de opinião mal humorado.

“Mamma Mia!” Não é um grande filme. Seu roteiro é simples, Garota sem pai resolve convidar seus possíveis progenitores para seu próprio casamento, com o intuito de descobrir “sensitivamente” sua porção paterna. Não dá certo. Todos são candidatos em potencial. Cabe ao público escolher seu preferido.

Fui acompanhado de um amigo que chorou do começo ao fim do filme. Então confesso que quando vi a mulher do meu lado também chorando pensei: daqui a pouco estarei molhado.

Não, meu amigo não tem a idade dos cantores do Abba, nasceu depois do estouro do grupo, mas é fã incondicional. O filme de Phyllida é um programa light, engraçado e funciona como uma introdução ao universo musical do grupo sueco que declinou no meio dos anos 80.

Ele me explicou que as músicas da fase decadente, e da lavação de roupa suja entre os integrantes do grupo, ficaram de fora. Ah tá, isso explicava o fato de “Fernando” não ter entrado. O filme embala seu público com as músicas dos tempos áureos do grupo. Não há espaço para contradições e nem expor através da música a história do grupo, mesmo que metaforicamente.

Não parece bem amarrado como as músicas dos Beatles em “Across the Universe” e nem tão criativo como as canções pop em “Moulin Rouge” – para citar dois exemplos de filmes que gosto muito. Como os dois exemplos o “Mamma Mia!” e cantado em bom parte da projeção.

Não espere um grande filme com roteiro elaborado e diálogos inteligentes. O filme é para divertir e como produto desta categoria funciona. Você vai se remexer na cadeira e se não for fã – como as pessoas que estavam ao meu lado – e se debulhar em lágrimas, ao ver na tela suas música preferidas, mesmo assim corre o risco de gostar. Afinal o filme foi feito para agradar.

Ficha Técnica
Título Original: Mamma Mia!
Gênero: Musical
Duração: 108 min.
Ano: EUA/Alemanha/Inglaterra - 2008
Distribuidoras: Universal Pictures/UIP
Direção: Phyllida Lloyd
Roteiro: Catherine Johnson


Trailer do filme Mamma Mia!

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Crítico: Rodolfo Lima - Jornalista, ator e crítico de cinema - e-mail: dicaspravaler@yahoo.com.br

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