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RESENHA CRÍTICA DO FILME "MÁ EDUCAÇÃO"   
por Junior de Barros - Jornalista - e-mail: junior_barros@yahoo.com.br 
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(FILME MÁ EDUCAÇÃO)
MÁ EDUCAÇÃO  (FOTO DIVULGAÇÃO)

NO LIMITE DA PAIXÃO

Pessoas podem se tornar vitimas de seus sentimentos se transformando em joguetes de suas próprias vidas.

CRÍTICA - MÁ EDUCAÇÃO: Paixão, uma palavra que antecede os mais intensos dos sentimentos e ao mesmo tempo, uma palavra que remete a calor, fulgor, intensidade, descontrole e nesse ritmo de descontrole que Pedro Almodóvar, se inspirou para o seu filme Má Educação.
As paixões retratadas por Almodóvar nesse filme, que já é aclamado como um clássico para os fãs de cinema alternativo traz a tona uma teia perplexa de personagens com um jogo de caráter, identidades, interesses pessoais e drogas, capaz de confundir a cabeça de qualquer pessoa menos preparada. Fato esse que não desmerece essa obra cinematográfica e sim, engrandece o fulgor com que os atores se empenharam para incorporar os papeis.
A trama que aos olhos se parece, simples e muito batida, como já ouvi de outras pessoas, traz um caso de pedofilia em um colégio interno de padres e a descoberta dos prazeres da puberdade por dois garotos que estreitam seus laços de amizade, com caricias, medos e cumplicidades dignas da idade; Um roteiro de um filme escrito por um dos garotos, mostrando as escolhas promiscuas que se sucederam após a saída do colégio é a grande chave da historia, “La Visita”, obra que está sendo dirigida por Enrique (Fele Martinéz), traz um pouco de sua historia no colégio interno, junto com seu melhor amigo Ignacio (Gael Garcia Bernal) e como um provável triangulo de interesse, sentimentos e paixões ocorreu, envolvendo o padre, Manolo (Daniel Giménez Cacho).
Posso dizer que nos primeiro minutos de filme, não se valoriza, ele segue por uma linha obvia demais, muito hollywoodiano, um ator que usurpa a identidade do irmão falecido, para cair nas graças do ex melhor amigo do irmão, um diretor de cinema que busca inspiração para uma obra cinematográfica perfeita e um homem chegando à sua terceira idade, apaixonado pelo Ignacio, o irmão usurpador, que deseja apenas, usar e manipular a seu beneficio, todos aqueles que estiverem ao seu alcance e se encantarem pela sua beleza e dotes físicos.
Com o decorrer do filme, as cenas se mesclam, lembranças se misturam com imagens e cenas do passado, o fantasma do irmão falecido vem à tona, a máscara do usurpador cai parcialmente, cenas do filme produzido trazem de volta o enredo e a sutileza e uma leve idéia de como Ignácio levou sua vida após a saída do colégio, um casamento destruído por uma paixão avassaladora e voraz.
Interessante, é ver a forma, como Almodóvar trabalha o desejo pelo corpo alheio, de certo vemos Gael Garcia Bernal na sua melhor forma, adolescente, no começo da sua carreira para o cinema, desafiador, com todos os dotes de um corpo masculino juvenil bem formado, instigando até mesmo as pessoas do mesmo sexo com sua malicia e sensualidade, convidando a se apaixonar pelo seu corpo e possuí-lo através de um desejo que para muitos se torna proibido.
Essa é a idéia, paixões proibidas, Má Educação é um filme que se vale à pena assistir, um filme sensual, extravagante, que envolve a paixão do ser humano, como seu maior defeito e uma das suas maiores qualidades, pois quando estamos possuídos dela, chegamos a extremos que desconhecemos.

Título Original: La Mala Educación
Gênero: Drama
Duração: 105 min.
Ano: Espanha - 2004
Distribuição: Sony Pictures Classics / 20th Century Fox
Direção e Roteiro: Pedro Almodóvar
Roteiro: Pedro Almodóvar
Fotografia: José Luis Alcaine
Música: Alberto Iglesias

FILME:

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Crítico: Junior de Barros - Jornalista - e-mail: junior_barros@yahoo.com.br

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