RESENHA CRÍTICA DO FILME "MADAGASCAR 2"
por Vinicius Vieira -
vvinicius@hotmail.com
Clique Aqui e conheça a Equipe Cranik
MADAGASCAR 2 - (Foto Divulgação)
CRÍTICA -
MADAGASCAR 2:
Se antes dos créditos se
iniciarem, o grupo de pingüins “sequestrando” o
garotinho pescador do logotipo da Dreamworks não
conseguir te mostrar o que vem por aí, não se
preocupe, em pouco tempo você vai acabar descobrindo
o quanto “Madagascar 2” parece preocupada em fazer
exatamente isso: divertir o espectador, de um jeito
ou de outro.
Para começo de conversa, não entre no cinema
esperando mais uma daquelas seqüências xerocadas de
uma fórmula que deu certo em seu antecessor, mesmo
sem poder sair muito do esquema da trupe de animais
fugidas do zôo de Nova York, que acabam tendo que
enfrentar a vida selvagem, dessa vez, a impressão
que se tem, é que Eric Darnell e Tom McGrath, mesma
dupla que comandou primeiro, só pensavam em dar um
próximo passo nessa história, quase como uma
evolução natural.
Enquanto tentam voltar para a América a bordo de um
avião “consertado” pelos pingüins, acabam caindo no
meio de uma reserva na África, mesmo lugar de onde o
leão Alex foi tirado anos atrás e “naufragado” nos
Estados Unidos. O grande chamariz da trama agora, é
a oportunidade que os quatro tem de encontrar suas
raízes, seus semelhantes, viver em um mundo onde não
estão sozinhos em suas espécies.
Alex encontra sua família e tem a chance de ser rei,
Marty pode correr livremente com sua manada de
zebras, Glória acha um lugar onde é aceita no meio
de seus semelhantes e Melmann descobre um modo de
usar sua hipocondria como médico da reserva. É
lógico que esse edem vira um inferno quando Alex cai
na armadilha de um opositor de seu pai, Marty tem
que encarar uma crise existencial e Melman descobre
estar às portas da morte, o obrigando declarar seu
amor a Glória.
É lógico que o filme em si, gira em torno de Alex,
mas, graças ao hábil roteiro de Etan Cohen, um dos
roteiristas do ótimo “Trovão Tropical”, todas essas
sub-trama paralelas, perdem o prefixo e convivem
perfeitamente, cada uma andando com suas próprias
pernas e ao mesmo tempo com força suficiente para
convergirem para uma mesma, sem tornar nada forçado.
Toda história de “Madagascar 2” parece passar com
suavidade, deixando-o delicioso e, em momento algum,
cansativo.
Mas sem dúvida nenhuma que o filme só funciona
realmente graças a seu humor, hora sutil, hora
escrachado, mas sempre muito bem equilibrado dentro
do que precisa para fazer tudo funcionar. O mais
importante, talvez, seja o cuidado com que,
aparentemente, todo ele se equilibra em uma linha
tênue entre o divertimento adulto e o desenho
animado infantil, conseguindo divertir todas idades,
uma ótima oportunidade para o pais levarem a
criançada para o cinema sem se chatear.
Agora, levar os pequenos espectadores para o cinema
só trará um problema para os pais, os farão perder o
ótimo elenco de vozes originais, que acabam sendo
uma das melhores coisas do filme. Como poucos em seu
gênero, “Madagascar 2” consegue capturar
perfeitamente os atores em seus personagens, é
impossível não enxergar Ben Stiller ao melhor estilo
“Zoolander” fazendo caras e bocas enquanto cita seus
estilos de dança, ou David Schimmer como a
longilinea girafa Melmann e todo seu jeito
desequilibrado. Mas provavelmente, nada nem chegando
perto da personificação do malvado leão Makunga pelo
impressionante Alec Baldwin, que, a cada dia melhora
mais ainda, mostrando o quanto vem se descobrindo
bom ator a cada ano que passa, como se só hoje
soubesse exatamente todo seu poder, e conseguisse,
em cada novo papel, equilibrar tudo que lhe sempre
foi presente com um sarcasmo e uma ironia que
transbordam, até por seu personagem digital.
Falando em digital, seria chover no molhado falar
sobre o visual, mais uma vez do filme, que acha o
jeito perfeito de fazer animais falantes não
parecerem forçados em sua imagem, ainda com o mesmo
jeito que na medida entre o exagero e o real, sem
vender essa veracidade mas conquistando com uma
caricatura caprichada e bem vinda.
Mesmo dessa vez, com seus realizadores tomando um
cuidado muito maior para não deixar os pingüins mais
uma vez roubar o filme, mas que mesmo assim
funcionam perfeitamente, e lógico, roubam a cena
quando aparecem, dessa vez, com a ajuda da dupla de
chimpanzés, “Madagascar 2” é exatamente isso, um
filme que tem lugar para todos, equilibrado em sua
trama, hilário em seus diálogos inteligentes e que
irá, com isso, agradar ao público em geral, com seu
jeito simples e agradável de ser.
Ficha Técnica
Título Original: Madagascar: Escape 2 Africa
Gênero: Animação
Duração: 89 min.
Ano: EUA - 2008
Distribuidoras: Paramount Pictures / DreamWorks
Distribution / UIP
Direção: Eric Darnell e Tom McGrath
Roteiro: Etan Cohen
FILME:
Ótimo:
Bom:
Regular:
Crítico: Vinicius
Vieira - Jornalista -
vvinicius@hotmail.com
Indique esta matéria para um amigo!