RESENHA CRÍTICA "LEÕES
E CORDEIROS"
por Vinicius Vieira -
vvinicius@hotmail.com
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LEÕES E CORDEIROS - (Foto Divulgação)
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CRÍTICA - LEÕES E CORDEIROS:
Fazer do cinema algo
mais que somente diversão não é algo fácil,
principalmente, se isso se der na tentativa de
retratar, naquela imensa tela, um momento específico
de uma sociedade, deixando para as próximas gerações
quase um documento. Robert Redford e seu “Leões e
Cordeiros” não só consegue isso, como dá um show.
Mais que isso, o galã/lenda se dá ao direito de,
durante uma hora e meia, discutir um assunto, e
exorcisá-lo, como pouco gente fez, e provavelmente
fará. Assistir o filme de Redford é uma garantia de
sair dele, com uma nova, ou até uma reforçada,
opinião sobre a vulga “Guerra Contra o Terror” que
os Estados Unidos inflinge sobre o oriente médio.
O diretor não cria um mosaico repleto de personagens
com opiniões, mas sim, abre três frentes girando em
torno dos soldados Arian Finch (Derek Luke) e Ernest
Rodriguez (Michael Penã), que, durante uma operação
no afeganistão ficam ilhados em uma gélida montanha,
machucados e apenas esperando por socorro. Mudando
de fuso-horário, indo para a capital dos Estados
Unidos, o Senador Rebublicano Jasper Irving (Tom
Cruise), nome forte para novo posto de comandante em
chefe do país, concede uma entrevista exclusiva para
a jornalista Janine Roth (Meryl Streep), a respeito
de uma nova investida no afeganistão que acabará com
a guerra.
Do outro lado do país, na California, o professor
Stephen Malley (Robert Redford) recebe em sua sala o
pouco aplicado Todd Hayes (Andrew Garfield), que ele
acredita ter um potencial pronto para ser lapidado,
do mesmo jeito que dois antigo alunos seus, que
resolveram mudar o mundo entrando para o exercito.
Redford e o roteirista Matthew Michael Carnahan
(irmão de Joe Carnahan de “Narc”), se preocupam em
mostrar as três faces de uma mesma moeda: o lado da
força armada, as peças no tabuleiro do jogo de
xadrez manipuladas pelos políticos dentro de suas
salas com ar-condicionado, e ainda um terceiro lado,
os dos criadores de líderes nas universidades, que
se esforçam para seus alunos enxergarem um mundo
além das celebridades sendo presas (nesse caso
abaixo, nas news bars dos noticiários).
Ao final do filme, um quarto lado ainda se forma, o
da mídia, presa em uma jaula construída por ela
mesma, que praticamente desistiu de ir atrás da
notícia e acaba sendo mais um braço de um governo
manipulador e autoritário.
O mais importante do filme, não é disseminar uma
idéia, mas sim discutir pontos de vista, todos ali
brigam por seus ideais, e aí reside a beleza do
filme. Mesmo sendo obviamente contra a guerra, não
faz do senador um antagonista, mas sim uma pessoa
que faz o que acredita ser certo, que usa seu poder
para levar seu país onde ele enxerga ser um
horizonte de certezas.
O momento que a jornalista fica sozinha na sala
dele, o que se mostra é uma pessoa que se formou
para ser aquilo que é, que vive para isso, e não um
aproveitador barato, e mesmo sendo a voz da
imposição contra a da razão da jornalista, o que
acontece é um embate honesto, com dois lados
formados e donos de suas verdades.
“Leões e Cordeiros” é um filme em camadas, que vão
sendo descascadas a frente dos olhos dos
espectadores, sem se preocupar em ser certo ou
errado, mas sim, em fazer as pessoas andarem
sozinhas nesse mar de informação.
Um filme que cria uma discussão, coisa que pouco
aparece, ainda mais com essa qualidade, em
Hollywood, quase obrigatório para quem vive nesse
mundo.
Ficha Técnica
Título Original: Lions for Lambs
Gênero: Drama
Ano: EUA - 2007
Distribuidora: 20th Century Fox Film Corporation
Direção: Robert Redford
Roteiro: Matthew Michael Carnahan
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Cena do filme "LEÕES
E CORDEIROS" - Foto divulgação
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Crítico: Vinicius
Vieira - Jornalista -
vvinicius@hotmail.com
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