Direção: Stanley Kubrick
CRÍTICA: LARANJA MECÂNICA - Primeiramente,
obrigado Ademir por deixar eu comentar sobre esses
filmes.
Violento, bombástico, arrebatador, sonoro, dançante
e assustador são essas palavras que vem escrito na
contra-capa do dvd de Laranja Mecânica, e são todas
verdadeiras, vamos dizer o porque.
Antes de qualquer coisa o mestre de todos os filmes
do cinema, considerado o melhor cineasta de todos os
tempos por muitos, Stanley Kubrick, a precisão de
sua direção nessa história choca qualquer um que ama
cinema, seus planos seqüências rápidos e ousados e
sua tradicional “usada” de travelling tanto
verticais quanto horizontais nos proporcionam horas
de desfrutes cinematográficos, ele ensina o que
nenhum curso ou escola ensinam, a ser original e
explorar ao máximo a beleza da arte. Agora voltando
ao começo.
Violento, porque são poucos os cineastas e suas
obras que conseguem misturar o prazer em geral sem
tornar clichês os atos e as frases. Brigas,
estupros, assassinatos são apenas um mero fato no
filme, e não estragam ou deixam repetitivas as ações
de suas personagens.
Bombástico, porque lançar filmes assim na época era
meio controvertido, e o melhor que mesmo assim isso
não o atrapalhou em nada.
Arrebatador; pois em nenhum momento você ousa
desligar o seu dvd, e até sente duvidas em ir ao
banheiro e pausar o filme.
Sonoro; musica clássica de primeira linha, Kubrick
usa e abusa de Bethoveen, e introduz a musica como
se ela fosse uma personagem do filme.
Dançante; é delicioso e muito engraçado ver uma
briga, ou até uma cena de “bacanal” ao som da nona
sinfonia de Bethoveen.
Assustador, pois imaginar um futuro como Kubrick
desenvolveu assusta até o mais conservador de todos.
Baseado no livro de Anthony Burgess, Laranja
Mecânica chegou aos olhos dos amantes do cinema em
1971 e conta a historia de um jovem chamado Alex (Malcolm
Mcdowell), um punk sem moral que é líder de uma
gangue de baderneiros que assaltam e matam apenas
por “diversão”, e em uma dessas farras ele é pego
pela policia e tratado com uma certa lavagem a se
tornar um cidadão exemplar doutrinado por um estado
rebelde.
Laranja mecânica é uma obra prima do cinema, e foi
trabalhada de uma forma que não assistimos muito
hoje indo a cinemarks. Kubrick profundo conhecedor
de arte, desenvolve uma cenografia brilhante, a
historia se passa no futuro, mas seus personagens
usam roupas da época e vivem em casas muito
coloridas, tortas decoras com arte moderna, outro
ponto muito interessante é o linguajar próprio que a
gangue de Alex usa para se comunicar, no começo até
se estranha mas lá por alguns minutos depois o
espectador até pega a mania, uma outra referencia
importantíssima que Kubrik faz é ao persogem da
prisão, um típico policia doutrinado aos rigores da
lei, baixo, com cabelo penteado para o lado, que
grita e gesticula bastante sem mencionar o seu
bigode, muito fácil de adivinhar. A Imagem de um
estado louco em que se usa prisioneiros para
lavagens, é a mais pura critica aos governantes para
ganhar os votos. Para ser sincero já na metade do
filme você torce para um ótimo final para Alex, não
é meus “drugizinhos”.
Laranja Mecânica ganhou os prêmios de melhor filme e
melhor direção da associação dos críticos de cinema
de nova York, e recebeu quatro indicações ao Oscar
incluindo melhor filme.
Título Original: A Clockwork Orange
Gênero: Ficção Científica
Duração: 138 min.
Direção: Stanley Kubrick
Roteiro: Stanley Kubrick
Ano: Inglaterra - 1971
Distribuidora: Warner Bros.

Cena do Filme
Laranja Mecânica (Foto Divulgação)
Filme:




Ótimo: 



Bom:



Regular:

Crítico: Juliano
Moreira Oliveira - Estudante da Faculdade de
Cinema FMU -
e-mail:
julrocknrool@hotmail.com
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