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CRÍTICA - JOGOS MORTAIS 4:
Além de impor o
Halloween pelo mundo afora, agora os Estados Unidos
resolveram implementar mais um fator nessa data
comemorativa inútil, o lançamento anual da seqüência
de “Jogos Mortais”. Pelo terceiro ano seguido o
público é obrigado a dar de cara com mais uma
seqüência desnecessária e cansada do filme.
O primeiro, não tem como não achar, trazia uma
abordagem totalmente diferente do gênero, trafegando
no sadismo e deixando todos chocados com um final
inteligente e inesperado. O segundo, o terceiro, e
agora, o quarto são outras histórias.
A cada episódio da saga de Jigsaw, a impressão que
se tinha, é que o primeiro ia sendo esquecido,
deixado de longe, e esse quarto não é diferente.
Toda sutileza do primeiro é jogada fora, para dar
lugar a muito sangue e armadilhas que não tem um
décimo da criatividade do primeiro.
Enquanto que no número um eramos apresentados a não uma
armadilha, mas um plano teoricamente simples e
tenso, depois disso só o que vemos é um desfile de
traquitanas sádicas, sem peso narrativo. O
personagem ficava durante o tempo inteiro preso a
uma corrente, decidindo seu futuro e até onde seu
instinto de sobrevivência iria, já, por exemplo, no
quarto episódio, são quatro armadilhas, todas que
quase não caberiam em uma sala, e praticamente sem
uma possibilidade de sobrevivência, sutileza zero.
E é essa sutileza, essa classe, que continua a
faltar nas seqüências, a corrente e o serrote são
substituídas por desafios intelectuais e personagens
que tem que tomar decisões para salvar outras
pessoas, sem o senso de sobrevivência, sem dar tempo
para o espectador se apegar à ninguém, isso sem sem
contar que os flashs de armadilhas, como a da
mandíbula e do arame farpado dão lugar a longos
planos mostrando a “genialidade” da engenharia dos
novos aparatos, sem esquecer de um ou outro close
sanguinolento.
E falando em sutileza (novamente), depois de uma
operação craniana no filme anterior, somos obrigados
a dar de cara com uma autópsia em seus menores
detalhes, com direito a até um slow motion
totalmente mal localizado (para não repetir, sem
classe, nada sutil e desnecessário). O diretor
Darren Lynn (que vem dirigindo as seqüências) parece
não saber que, na maioria das vezes, a imaginação é
a maior arma a favor do filme, retirando todo peso
da cena ao mostrar os detalhes, imaginar a tal
autópsia, só a vendo de relance, criaria um peso mil
vezes maior, isso valendo também para todo o resto
de sua direção.
O roteiro escrito por Patrick Melton e Marcus
Dunstan (do recente “Feast”) também não ajuda,
preguiçoso, chupinhando a estrutura narrativa e as
surpresas dos outros filmes. Baseia a grande
surpresa em um mesmo fator que já foi usado, copia a
descoberta do assassino em de outro e mostra mais
uma vez um personagem tendo que tomar decisões
ligadas a seu passado para salvar, ou não, vítimas
presas em armadilhas (espero não ter estragado o
final do filme para ninguém).
A dupla ainda se sente na obrigação de criar pontas
soltas para serem amarradas e lacunas para serem
preenchidas nos outros filmes para tentar dar uma
cara de seqüência, chegando ao absurdo de sacar um
terceiro elemento “assistente” de Jigsaw, que
claramente não teria o porque de existir antes, a
impressão é que, daqui a alguns filmes teremos uns
duzentos assistentes dada a progressão aritmética
que vem acontecendo.
“Jogos Mortais IV” ainda é prejudicado por uma linha
de tempo extremamente complicada, que só vai agradar
aos aficionados da série, o resto dos meros mortais
vão ficar perdido e sem entender direito o final.
Ainda no quesito tempo, o espectador é obrigado a
conviver com Flashbacks cumpridos demais, que
interrompem o ritmo e não deixam o filme decidir se
é uma seqüência ou um prequel (aquela seqüência, na
moda, que mostra o que aconteceu antes do primeiro
filme).
Mas talvez o maior sinal dos problemas do filme,
seja quando você acaba torcendo para mais e mais
algarismos romanos, somente pelas campanhas de
marketing e cartazes que precedem seus lançamento,
cinematograficamente triste, mas verdadeiro. Entre a
imagem parada do cartaz fora da sala e a em
movimento dentro do cinema, eu fico com a de fora.
Título Original: Saw 4
Gênero: Terror
Duração: 108 min.
Ano: EUA - 2007
Distribuidoras: Lionsgate/Buena Vista International
Direção: Darren Lynn Bousman
Roteiro: Patrick Melton e Marcus Dunstan
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Cena do filme "Jogos Mortais 4" - Foto divulgação
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Crítico: Vinicius
Vieira - Jornalista -
vvinicius@hotmail.com
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