RESENHA CRÍTICA DO FILME
"JOGO DE CENA"
por Rodolfo Lima -
Jornalista, ator e crítico de cinema -
e-mail:
dicaspravaler@yahoo.com.br
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FILME - JOGO DE CENA
- (Foto Divulgação)
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CRÍTICA - FILME - JOGO DE CENA - No
final de 2007 estreou um documentário que virou
automaticamente o preferido da crítica e dos
cinéfilos. Jogo de Cena, do cineasta Eduardo
Coutinho (Babilônia, Edifício Master e Santo Forte)
arrebata seu público com o delicioso jogo proposto
na tela, onde a idéia é diferenciar vida real de
vida interpretada.
Para tal desafio Coutinho aliou em cena atrizes
famosas e desconhecidas, além de mulheres comuns.
Todas as mulheres atreladas com problemas
familiares, que inclui filhos, morte, aceitação,
gravidez e homens.
O que é aparentava apenas um jogo de adivinhação,
ganha contornos documentais quando seu elenco
estrelar composto por Marília Pêra, Fernanda Torres
e Andréa Beltrão, revela suas angústias, suas
táticas e as dificuldades para interpretar tal
personagem proposto pelo diretor.
Fernanda Torres expondo sua inaptidão para dar voz a
sua personagem é de uma generosidade e sinceridade
incomum. Ao revelar o quão difícil é dar vida a um
personagem real, expõe suas fragilidades como atriz
e sua auto-crítica.
Andréa confunde real e imaginário e se expõe ao
assumir ser impossível não se identificar com o
drama da mulher, da qual narra a história. É lindo
ver como a atriz vai se incomodando com a história e
perdendo a linha tênue que a deixava distante de sua
personagem.
Como nos seus filmes anteriores - principalmente
Edifício Master - somos convidados pelo diretor a
ver a vida de forma mais comum e desglamurizada. O
holograma de pessoas comuns exposto pelo diretor,
nos oferece outros canais de percepção da realidade
que nos envolve.
Somos vouyers do mundo alheio. E no caso de Jogo de
Cena, do universo feminino. O diretor desmistifica a
profissão do ator e ver Marilía Pêra expondo seus
possíveis recursos para chorar, só atesta a intenção
do diretor. Somos todos atores, apenas alguns não
percebem o quanto atuam no seu dia-a-dia.
No jornal Folha de São Paulo, do dia 08 de Novembro
de 2007, o colunista José Geraldo Couto fez a
seguinte observação sobre o filme: (...) o cineasta
pretende chamar a atenção para o que existe de
ficção na construção que cada individuo faz da sua
própria imagem, sobretudo quando se expõe ao outro.
O mais interessante, como fica patente em seus
filmes é que essa parcela de "mentiras" não só faz
parte da verdade de cada um, mas é componente
essencial da sua identidade. Somos o que somos e o
que imaginamos ou desejaríamos ser.
Jogo de Cena sobrevive bravamente em apenas uma sala
na capital paulistana. É programa obrigatório para
qualquer fã de ficção. Se você é daqueles que fogem
de filmes nacionais, aceite o desafio proposto por
Coutinho e se emocione com suas "personagens" - nem
sempre reais.
Ficção e realidade se dissolvem e se completam.
Imperdível.
Ficha Técnica
Título Original: Jogo de Cena
Gênero: Documentário
Duração: 105 min.
Ano: Brasil - 2007
Distribuidora: Videofilmes
Direção: Eduardo Coutinho
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Crítico: Rodolfo Lima
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