O enigma dos mundos subterrâneos constitui parte de
um segredo muito bem guardado
e tudo aquilo que se sabe sobre o assunto, não passa
de apenas uma leve ponta,
do extenso véu que encobre a sua indevassável
realidade transcendente.
Por J. A. FONSECA**
ESTIGMATIZADOS - Como interessado pelo tema e buscador das verdades que foram ocultadas sob o véu
inocente da lenda, tenho procurado discernir sobre
seus inúmeros disfarces, adotados pelos sábios do
passado, para que alguns de seus aspectos pudessem
circular livremente sobre a face da Terra. Quando
aceitamos conscientemente a possibilidade de
existirem mundos no interior de nosso planeta, não o
devemos fazer tomados por uma decisão apaixonada e
inconseqüente,
mas sim, suportada por algo de ordem interior. Algo
bem mais forte, que não pode ser transferido nem
comprovado, diante do pragmatismo do mundo que
construímos como ideal de vida. Vivemos iludidos
perante nossos arcaicos métodos de existência e um
deplorável engano secular que não nos permite
perceber outros aspectos da vida na Terra, senão os
já estigmatizados como “verdadeiros”. Precisamos nos
libertar destas amarras transitórias e aceitar
outras possibilidades. Lembremo-nos de que se
ousamos lançar naves no espaço à procura de vida
inteligente fora da Terra, devemo-nos questionar
sobre o que poderíamos encontrar. Estaremos
preparados? Eis a grande questão… Precisamos saber
que a visão exterior das coisas, a qual atrai o
visionário ávido pelas posses temporárias de nosso
mundo e do espaço, não é a mesma que parte da
consciência daquele que faz com que esta percepção
passe também pelo seu interior.
Neste novo trabalho sobre os mistérios milenares dos
mundos subterrâneos, preferimos desenvolver uma
abordagem menos contestadora e mais voltada para os
princípios da consciência, ou seja, ao mesmo tempo
em que inspira um caráter de pesquisa no mundo
exterior, também projeta algo de caráter interior,
secreto, íntimo, espiritual. Contaremos neste
trabalho, evidentemente, com a ajuda imprescindível
de “verdadeiros pilares” do conhecimento humano,
como Helena Blavatsky, Saint-Yves, São Paulo, Djwhal
Khul, René Guénon, O.B.R.Diamor, E. Bulwer Lytton,
Polo Noel Atan e Udo Oscar Luckner, por terem estes
burilado suas vidas junto aos mananciais mais
sublimes das águas intocáveis do saber oculto.
Ousamos também comentar a consistente “aventura” de
Dino Kraspedon, rejeitado por muitos, além dos
autores de “ficção” como Edgar Allan Poe e Júlio
Verne, pois sabemos que suas “histórias” não foram
forjadas nos meros laboratórios da imaginação,
simplesmente para divertir os homens apressados e
cansados deste final de ciclo.
BLAVATSKY - Queremos iniciar esta nova pesquisa
citando a grande Mestra do ocultismo ocidental,
Helena Petrovna Blavatsky, que muitos pretendem
transformar numa charlatã, talvez por falta de firme
sustentação de suas próprias idéias ou por inépcia,
acabando estes incautos transgressores do verdadeiro
conhecimento baseando suas falsas premissas em
elementos absolutamente fragilizados pelo
materialismo ou mesmo revestidos por princípios
fortemente preconceituosos. Em geral, podemos dizer,
o fazem por incapacidade de compreender os meandros
que envolveram a vida e a obra de uma pessoa como a
insigne ocultista, ou simplesmente por impulsos
movidos pela inveja.
Para o fim que almejamos, iremos citar
ostensivamente excertos de diversos autores que
tratam deste assunto nebuloso e ainda mantido sob o
rigor da censura oficial, além da não menos severa
censura interior, que mantém sob impedimento certas
revelações das mentes cristalizadas da maioria dos
homens da Terra.
Em sua magnífica “enciclopédia” do ocultismo, A
Doutrina Secreta, faz a Digna Instrutora HPB menção
de outros mundos que existem além na crosta
terrestre, abordando o mistério das muitas grutas
desconhecidas que rasgam o subsolo de nosso planeta.
Não somente fala dos Filhos de Deus e da Ilha
Sagrada, mas afirma que esta última, ainda pode ser
encontrada sobre a Terra. Diz textualmente: “a
‘ilha’, segundo a crença, existe ainda hoje, como um
oásis rodeado pela terrível solidão do grande
Deserto de Gobi, cujas areias não há memória humana
de que tenham sido pisadas”.
No seu livro Ísis sem Véu, a autora fala também
desta “ilha” mágica dos deuses:
“Diz a tradição, e explicam os registros do Grande
Livro, que muito antes da época de Ad-am e de sua
curiosa mulher He-va, onde atualmente só se
encontram lagos secos e desolados desertos nus,
havia um vasto mar interior, que se estendia sobre a
Ásia central, ao norte da soberana cordilheira do
Himalaia, e de seu prolongamento ocidental. Uma
ilha, que por sua inigualável beleza não tinha rival
no mundo, era habitada pelos últimos remanescentes
da raça que precede a nossa. Essa raça podia viver
com igual facilidade na água, no ar ou no fogo, pois
possuía um controle ilimitado sobre os elementos.
Eram os ‘Filhos de Deus’; não aqueles que viram as
filhas dos homens, mas os verdadeiros Elohim, embora
na Cabala oriental eles tenham um outro nome. Foram
eles que ensinaram aos homens os segredos mais
maravilhosos da Natureza, e lhes revelaram a
‘palavra’ inefável e atualmente perdida. Essa
palavra, QUE NÃO É UMA PALAVRA, percorreu o globo, e
ressoou ainda como um remoto eco no coração de
alguns homens privilegiados. Os hierofantes de todos
os Colégios Sacerdotais estavam a par da existência
dessa ilha, mas a ‘palavra’ era conhecida apenas
pelos Yava-Aleim, ou mestres principais de todos os
colégios; que a passavam ao seu sucessor apenas no
instante da morte. Havia vários de tais colégios e
os antigos autores clássicos fazem menção a eles”.
E ainda:
“Não havia nenhuma comunicação por mar com a bela
ilha, mas passagens subterrâneas conhecidas apenas
pelos chefes comunicavam-se com ela em todas as
direções”.
“Quem poderá dizer que a Atlântida perdida – que é
também mencionada no Livro Secreto, mas sob um outro
nome pronunciado na língua sagrada – não existia
naqueles dias?”.
A palavra perdida é um grande mistério que somente
pode ser conhecido em seu inteiro significado pelos
Iniciados, os quais, sempre mantiveram o mais
absoluto segredo sobre este assunto. Pensamos que
ela poderia estar relacionada ao mistério das
regiões sagradas dos deuses no interior da Terra,
sobejamente conhecidas pelos grandes filósofos,
santos, iogues, etc., homens livres, cujas mentes
jamais se submeteriam aos aspectos da vida puramente
materiais. HPB escreve sobre esta possibilidade:
“A grandiosa poesia dos quatro Vedas; o Livro de
Hermes; o Livro dos números caldeu; o Códex
nazareno; a Cabala dos Tanaïm; a Sepher Yetzirah; o
Livro da Sabedoria de Shlômôh (Salomão); o tratado
secreto sobre Mukta e Baddha, atribuído pelos
cabalistas budistas a Kapila, o fundador do sistema
Sânkhyâ; os Brâhmanas, o Bstan-hgyur dos tibetanos;
todos esses livros têm a mesma base. Variando apenas
as alegorias, eles ensinam a mesma doutrina secreta
que, uma vez completamente expurgada, provará ser a
ÚLTIMA THULE da verdadeira filosofia, e revelará o
que é essa PALAVRA PERDIDA”.
Sobre os túneis misteriosos que já foram encontrados
sob o solo da Índia, HPB faz o seguinte relato:
“Conta a tradição – e a Arqueologia aceita a
veracidade da lenda – que atualmente há mais de uma
cidade florescente na Índia, construída sobre várias
outras, constituindo assim uma verdadeira cidade
subterrânea com seis ou sete pisos. Delhi é uma
delas, Allahabad é outra. Vêem-se exemplos
semelhantes na Europa, como Florença, que está
edificada sobre diversas cidades mortas, etruscas e
outras. Destarte, por que razão Ellora, Elefanta,
Karli e Ajunta não podiam ter sido construídas por
cima de labirintos e passagens subterrâneas, como se
afirma? Claro que não nos referimos às grutas que
todos os europeus conhecem de visu ou por ouvir
dizer, apesar de sua grande antigüidade, que a
Arqueologia moderna também confessa; mas ao fato,
conhecido pelos brâmanes iniciados da Índia e
especialmente pelos Iogues, de não existir no país
um só templo-gruta que não tenha corredores
subterrâneos, dispostos em todas as direções, e de
possuírem tais grutas e corredores subterrâneos
inumeráveis, por sua vez, os seus subterrâneos e
corredores”.
Ela menciona também as passagens que existem sob o
solo das Américas e sobre as bibliotecas e arquivos
antigos que se acham encerrados em locais secretos
nestas regiões indevassáveis:
“As ruínas que cobrem as duas Américas, e que se
encontram em muitas ilhas das Índias Ocidentais, são
todas atribuídas aos atlantes submersos. Assim como
os hierofantes do mundo antigo, o qual, ao tempo da
Atlântida, estava unido ao novo por terra, os
mágicos da nação atualmente submersa dispunham de
uma rede de passagens subterrâneas que corriam em
todas as direções”.
E ainda:
“Os membros de várias escolas esotéricas, cujo
centro está situado além dos Himalaias e de que se
podem encontrar ramificações na China, no Japão, no
Tibete e até mesmo na Síria, como também na América
do Sul, afirmam que têm em seu poder a soma total
das obras sagradas e filosóficas, manuscritas ou
impressas, enfim, todas as obras que têm sido
escritas, nas diversas línguas ou caracteres, desde
os hieróglifos ideográficos até o alfabeto de Cadmo
e o Devanagari”.
Curiosamente, já que estamos citando aspectos
inusitados da vida em nosso globo, desconhecidos
para uma grande maioria das pessoas, HPB em seu
livro “Al Pais de las Montañas Azules” fala sobre um
paradisíaco lugar descoberto por exploradores da
Índia, chamado de Montanhas Azuis, que estão
coroados pelos soberbos cumes de Nilguiri e
Mukkartebet. Trata-se de uma terra incógnita e um
mundo encantado, habitado por cinco estranhas tribos
de raças distintas, onde coisas estranhas acontecem.
Ela fala dos misteriosos “toddes”, uma das tribos
que moram nestas lendárias e harmoniosas paragens
das enigmáticas e pouco conhecidas Montanhas Azuis.
Falando sobre as estranhas práticas destes povos a
autora diz que “se nossa orgulhosa ciência, carente
de sabedoria, se nega a admitir sua realidade, isto
se deve unicamente a que não é capaz de
compreendê-las e classificá-las”. Disse HPB que tudo
o que um amigo lhe contara a respeito deles, este
havia observado “in loco”, pois vivera durante muito
tempo no meio destes estranhos povos, e que seus
relatos fantásticos poderiam não somente
impressionar a qualquer um que deles tomassem
conhecimento, como também encher muitos volumes,
caso fossem escritos.
SAINT-YVES D’ALVEYDRE - Os adeptos e estudiosos do
ocultismo sempre estiveram a par dos grandes
mistérios da Terra e do espaço e sempre falaram
destes, sem tocar diretamente em sua realidade
transcendente, por razões óbvias. Jamais ignoraram
os grandes enigmas de nosso planeta e os trataram
sob denominações próprias, como o caso dos mundos
subterrâneos e dos discos voadores ou vimanas
atlantes.
Neste momento crucial da vida na Terra, muitos
pilares do conhecimento tradicional, orientados por
Lei, passaram a falar mais abertamente a respeito
destes assuntos, apesar da resistência exercida pelo
conhecimento oficial e até mesmo por certas escolas
esotéricas.
No seguimento das idéias que estamos desenvolvendo
sobre tão espinhoso tema, não poderíamos deixar de
citar o insigne marquês de Saint-Yves d’Alveydre,
estudioso das filosofias comparadas e das línguas
mais antigas da humanidade, autor de várias obras de
profundo valor iniciático, dentre elas El
Arqueômetro.
Em seu livro La Misión de la India, publicado no
início do século XX, fala abertamente dos mundos
subterrâneos e cita a misteriosa região de Paradesha
e Agartha, para surpresa de muita gente. Assim ele
escreveu:
“E quanto a mim, depois de ter preparado os
judeus-cristãos com todo o significado social de
suas tradições, tomo a própria Paradesha como
garantia da verdade de meus anteriores testemunhos e
desta”.
“E se vendo que eu estou bem informado de suas mais
secretas artes, de suas ciências e de seus
mistérios, estes sábios procurarem o meu nome em
seus registros e minha estátua em suas cidades
subterrâneas, só encontrarão o meu espírito que
apareceu aqui há quase dez anos, com a suficiente
claridade para que meu retrato possa ser pintado”.
Mais especificamente, fala o inspirado marquês desta
cidade misteriosa, alvo de tantas buscas por parte
de ardentes pesquisadores e ocultistas, como se ela
fosse para ele algo muito confidencial e sagrado, ao
mesmo tempo em que amplamente conhecido. Com
autoridade ele descreve Agartha, não como alguém que
dela ouviu falar, mas que já a incorporara, de há
muito, em suas experiências, e de forma que não
pudéssemos considerar que tais assertivas se
tratassem apenas de frutos de uma hipótese remota ou
de fantasias de uma mente doentia. Vejamos:
“Na superfície e nas entranhas da Terra a extensão
real de Agartha desafia a opressão e a coação da
profanação e da violência”.
“Se falar das Américas, cujo subsolo ignorado
pertenceu à mais longínqua antigüidade, tanto quanto
a Ásia, cerca de quinhentos milhões de homens mais
ou menos, conhecem sua existência e sua extensão.”
Com intimidade fala da organização desta cidade
mágica, almejada por todos os adeptos:
“O território sagrado de Agartha é independente,
organizado sinarquicamente e composto de uma
população que se eleva a uma cifra de quase vinte
milhões de almas”.
“Em Agartha não existe nada parecido com os nossos
horríveis sistemas judiciais ou penitenciários: não
existem prisões”.
“Em suas células subterrâneas a população dos Dwijas
se dedica ao estudo de todas as línguas sagradas, e
coroa os trabalhos de filosofia mais surpreendentes
com os maravilhosos descobrimentos da língua
universal da qual vou falar. Esta língua é o Vatan”.
“Nenhum iniciado pode copiar de Agartha os textos
originais de seus livros de estudo: estão, como já
disse, gravados em pedra em caracteres indecifráveis
para o vulgo”.
“Só a memória pode conservar sua imagem; eis que
ousou Platão pronunciar esta afirmação paradoxal: ‘a
ciência se perdeu o dia em que se publicou um
livro’”.
Em relação às “cartas” de Paulo, o próprio
Saint-Yves levanta a hipótese de que estas tenham
sido trazidas dessas regiões inacessíveis às pessoas
comuns. O apóstolo estava cônscio de que não poderia
jamais falar abertamente sobre este assunto em suas
exortações iniciáticas e procuraria, ao contrário,
ocultar através do conteúdo de suas “cartas” os
ensinamentos recebidos naquelas regiões. Para o
marquês iniciado, os títulos das Epístolas de Paulo
não deixam nenhuma dúvida e são prova cabal de tal
experiência:
“Finalmente, até nas Epístolas, o título do texto
hebreu nos mostra escrito com todas as letras o nome
de Agartha: Agartha-al-Galatim, Agartha-al-Ephesim,
Agartha-al-Romin; de Agartha aos Gálatas, de Agartha
aos Efésios, de Agartha aos Romanos”.
Já que as cartas de Paulo foram citadas, gostaríamos
de destacar suas palavras na Epístola aos Hebreus 5,
11 – 12, quando exorta a todos os buscadores a não
arrogar por si mesmos a honra de se investirem da
dignidade de sumo-sacerdotes do Altíssimo, à maneira
de Melk-Tsedek, ou seja, destas regiões
desconhecidas:
“Muito teríamos a dizer a este respeito, e nada
fácil, de explicar, porque vos tornastes tardos para
compreender. Com efeito, enquanto deveríeis já ser
mestres, em razão do tempo, tendes ainda necessidade
de aprender os primeiros elementos dos oráculos
divinos, e vos reduzistes a precisardes de leite e
não de alimento sólido”.
Ousamos dizer que o alimento sólido referido por ele
trata-se precisamente de um simbolismo que oculta os
grandes segredos dos mundos por ele visitados no
interior da Terra, que exigiria de seu ouvinte muito
mais do que um simples embasamento intelectual.
Representa a complexidade de compreender tais coisas
quando a mente se acha focalizada apenas nos
princípios mais densos e não pode alcançar
determinadas sublimidades. Daí a alegoria do leite
que é dado às crianças recém-nascidas, ou melhor
dizendo, aos espíritos impúberes, que não podem
perceber muito mais do que existe além de seu
próprio nariz.
DJWHAL KHUL - Aprofundando no estudo destes
mistérios milenares, não poderíamos deixar de citar
o inigualável Mestre Tibetano Djwhal Khul, que
segundo uma declaração dele próprio em 1.934, se
tratava apenas de um discípulo de certo grau vivendo
em corpo físico, como todos nós, na região do Tibete.
Sabemos que tal afirmação oculta, de fato, o grande
iniciado e emissário dos mundos subterrâneos que é,
confirmação que pode ser feita pela leitura dos
livros de Alice A. Bailey, em co-autoria com o
mesmo. Disse que o conteúdo de seus livros seriam
dados sem nenhuma exigência de aceitação e que não
deveriam ser aclamados como escrita inspirada.
Apenas queria passar informações para aqueles
adeptos que pretendiam dar passos mais largos no
caminho da redenção e do conhecimento. Quem já leu
alguma destas obras, pode perceber que tal discípulo
não se trata de um nome qualquer na vasta
bibliografia ocultista.
Especialmente, no seu livro Tratado sobre Magia
Blanca, ele fala abertamente dos mundos subterrâneos
e dos grandes mistérios que seriam revelados para a
humanidade neste grande momento de transição
planetária. Assim escreveu:
“O primeiro posto avançado para a Fraternidade de
Shamballa foi o templo original de IBEZ, situado no
centro da América do Sul, e um de seus ramos, em um
período muito posterior, se encontrava nas antigas
instituições maias e na adoração do sol, como fonte
de vida nos corações de todos os homens”.
“Uma segunda rama se estabeleceu posteriormente, na
Ásia, e desta rama os adeptos do Himalaia e do sul
da Índia são os representantes, ainda que o trabalho
tenha sido transferido materialmente. No futuro
far-se-ão descobertas que revelarão a realidade do
antigo modelo de trabalho hierárquico; antigos
arquivos e monumentos serão revelados, alguns sobre
a Terra e muitos em abrigos subterrâneos”.
“À medida que se exploram os mistérios da Ásia
Central, nas terras que se estendem desde a Caldéia,
a Babilônia, através do Turquestão até a Manchúria,
incluindo o deserto de Gobi, espera-se revelar
grande parte da história primitiva dos trabalhadores
de IBEZ”.
“Podemos observar que a palavra IBEZ é literalmente
uma espécie de sigla que vela o verdadeiro nome do
Logos Planetário da Terra, do qual, um dos
princípios está se manifestando em Sanat Kumara,
convertendo assim em uma encarnação direta do Logos
Planetário e em uma expressão de sua Divina
Consciência. Estas quatro letras são as iniciais dos
verdadeiros nomes dos quatro Avataras dos quatro
globos de nossa cadeia terrestre, onde encarnaram
quatro dos princípios divinos. As letras IBEZ não
são as verdadeiras letras em idioma sensar, se é
possível usar expressão tão inexata de um idioma
ideográfico, pois que é simplesmente uma deformação
europeizada”.
Também no livro Iniciação Humana e Solar, Djwhal
Khul fala de Shamballa, o ponto sagrado da
manifestação planetária, que está localizado na
região mais central de nosso planeta físico, a
Terra. Segundo ele, “Shamballa é a Cidade dos
Deuses, que fica para o Ocidente de algumas nações,
ao Oriente de outras, ainda ao Norte ou a Sul de
outras. É a Ilha Sagrada no deserto de Gobi. É o lar
do misticismo e da Doutrina Secreta”.
HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA - No Brasil tivemos a força
transformadora do Mestre Henrique José de Souza (JHS),
fundador da Sociedade Teosófica Brasileira, atual
Sociedade Brasileira de Eubiose, que não deixou de
falar claramente sobre os mundos interiores e o
mistério dos discos voadores. No seu livro Eubiose a
Verdadeira Iniciação fala que o país que Noé se
dirigia, segundo a tradição, era um local
subterrâneo, cujo nome até mesmo se parecia com o de
“barca”, ou seja, Agartha. “Como se vê, ‘arca’ ou
‘barca’ teve um sentido muito mais profundo que a
Lei ainda não permitiu totalmente desvendar.”
Falando sobre esta região transcendente de Agartha,
reforça a tônica dada por outros insignes adeptos da
Boa Lei:
“Este país de Agartha é por muitos denominado
Shamballa e as escrituras o descrevem como uma ilha
imperecível que nenhum cataclismo pode destruir.”
“Agartha, Arca ou Barca é o lugar para onde o Manu
Noé conduziu seu Povo ou Família, e os casais de
animais a que se refere a Bíblia, porém com a
interpretação errônea de que o termo ‘família’ fosse
apenas dos seus parentes”.
“Agartha é o celeiro das civilizações passadas”.
Sobre os discos voadores, JHS o primeiro a declarar
publicamente que parte deles vem do interior da
Terra. São suas palavras:
“Sim, discos voadores, que tanto preocupam os homens
de hoje, a própria televisão, as irradiações de
amanhã, que são levadas a efeito sem necessidade de
aparelho de rádio, aparecem vindos de Agartha, para
depois, os maiores cientistas do mundo as darem como
suas”.
GUÉNON - O assunto que estamos desenvolvendo nestes
artigos exige um longo lapidar de idéias e certas
convicções, para que não venhamos nos deixar levar
pelo avassalador movimento ególatra que assola o
mundo contemporâneo. Se não alimentarmos firme
intenção e uma franca percepção das coisas
interiores, certamente que seremos envolvidos pelo
engolfar da dúvida e teremos nossos objetivos e
princípios fortemente abalados e comprometidos.
Estamos assim, no tratamento deste assunto, levando
aos interessados o maior número possível de
informações que tivemos acesso, para que cada um
possa escorar-se e dar maior vazão às suas próprias
convicções sobre um tema que ainda é tão
controverso.
Queremos citar em apoio, o insigne esoterista
francês René Guénon, que por suas relevantes
pesquisas e aprofundamento no mundo oculto, deveria
ter seu nome grafado dentre aqueles que ofereceram à
humanidade uma outra opção, não materialista da vida
na Terra. Em seu livro O Rei do Mundo, falando sobre
estes mundos excepcionais, e comparando as obras de
Ossendovsky e Saint-Yves, escreveu:
“De fato, há um grande número dessas passagens que
apresenta, até em alguns pormenores, uma semelhança
singular e surpreendente. Em primeiro lugar há o que
podia parecer o mais inverossímil no próprio
Saint-Yves, queremos dizer, a afirmação da
existência de um mundo subterrâneo, estendendo suas
ramificações por toda parte, sob os continentes e
até sob os oceanos, e pelas quais se estabelecem
invisíveis comunicações entre todas as regiões da
Terra”.
“Além disto, o Paraíso terrestre representa
propriamente o Centro do Mundo: e o que diremos mais
adiante, acerca do sentido original da palavra
Paraíso, poderá fazê-lo compreender ainda melhor” (pag.
56).
"É de notar-se que a palavra Salém, contrariamente à
opinião vulgar, nunca designou na realidade uma
cidade, mas que, se atemos pelo nome simbólico da
residência de Melk-Tsedek, pode ser considerado como
um equivalente do vocábulo Agartha”.
René Guénon diz em seu livro que as tradições que
falam dos mundos subterrâneos se acham espalhadas
por todo o globo terrestre, em muitas nações e que,
paralelamente a estas crenças, surgiu o culto das
cavernas, também de natureza velada, que acabaram
por traçar estreita relação com uma espécie de lugar
secreto, no interior da Terra. Diz Guénon:
“Por outro lado, há realmente, tanto na Ásia Central
como na América e talvez ainda em outros lugares,
cavernas e subterrâneos onde certos centros
iniciáticos têm podido manter-se desde há séculos;
mas, fora disso, há, em tudo o que é citado acerca
deste assunto, uma parte de simbolismo que não é
muito difícil de esclarecer; e podemos pensar mesmo
que são razões de ordem simbólica que têm
determinado a escolha de lugares subterrâneos para
estabelecer esses centros de Iniciação, muito mais
que motivos de simples prudência”.
“Acrescentamos que foi a partir das informações
fragmentárias que Madame Blavatsky pôde recolher
acerca desse assunto sem, aliás, compreender o seu
verdadeiro significado, que nasceu nela a idéia da
Grande Loja Branca, que poderíamos chamar, não já
uma imagem, mas muito simplesmente uma caricatura ou
uma paródia imaginária de Agartha”.
Uma declaração do autor sobre as escolas
pseudo-iniciáticas que estavam nascendo no Ocidente,
com a qual concordamos plenamente, atinge
severamente suas estruturas filosóficas. Disse que
estas não poderiam ser levadas a sério, porque
provavelmente, nenhuma delas estava relacionada ao
mistério dos mundos subterrâneos e nem mesmo sabiam
de sua existência ou, na pior das hipóteses, não o
aceitavam como princípio iniciático. De fato,
pensamos que a ausência destes princípios ocultos -
mantidos por milênios pelos Grandes Adeptos da Terra
- é uma lástima e não poderiam ser jamais olvidados
por aqueles que se propõe iniciar-se e fazer do
seleto Conselho de Agartha.
DIAMOR - Já que temos falado das Américas, voltemos
nosso pensamento para o continente sul-americano,
que guarda, segundo os cânones universais, profundos
mistérios relacionados ao Império Oculto dos Deuses
no seio da Terra. Existe uma obra incomum,
intitulada A Clã Perdida dos Incas, assinada por
O.B.R. Diamor, que fala admiravelmente da mais
antiga tradição destes povos e de suas “lendas”
fantásticas, sob o enfoque do próprio “perdedor”, de
acordo com os capítulos escritos pela história
conhecida dos homens. Através de um misterioso homem
moribundo encontrado na floresta amazônica, o
manuscrito que contém esta fantástica história é
trazido a lume e o autor envereda-se pela vida
incrível do povo Inca, que há cinco séculos
desapareceu da face da Terra, levando consigo
homens, mulheres, crianças e um imenso legado em
ouro e conhecimento.
Longe de serem rudes silvícolas, os integrantes
desta raça eram altamente desenvolvidos,
especialmente no seu aspecto moral, fato que veio
confrontar-se brutalmente com a barbárie dos
gananciosos invasores europeus.
Magicamente o livro fala do INTIHSUYO SECRETO,
aquela região que ninguém sabe onde fica exatamente,
no meio da densa floresta Amazônica. Trata-se de um
lugar desconhecido que sugere estar relacionada aos
mundos subterrâneos, para onde determinados
habitantes deste antigo império teria se recolhido
após a invasão. Em sua empolgante narrativa que
mistura aventura, realidade e lenda, o autor fala do
segredo da floresta encantada, iluminada pelos
discos rosados (discos voadores) que se originavam
do interior da Terra, quando se abriam certas
embocaduras na floresta e o Deus Wiracocha se
manifestava.
No transcorrer do apaixonante relato um velho Taita
(Pai) da nação Inca conta uma história fantástica,
na qual, a verdade toma o sentido da lenda para que
assim pudesse perdurar e ser preservada no mundo da
excessiva materialidade. Conforme o decano “as
lendas são verdades envoltas em véus de poesia, já
dizia Huyana Tupac”.
Segundo ele, esta história lendária mantida pela
tradição fala dos povos antigos que partiram da
Terra na época do seu último e grande cataclismo.
Decorrido um longo período, estes antigos habitantes
retornaram com seus discos voadores rosados,
assemelhando-se a imensos sóis descendo da abóbada
celeste. Era um espetáculo transcendental que os
remanescentes dos grandes cataclismos, vivendo em
condição primitiva, por terem voltado à barbárie
após a terrível hecatombe, não podiam mais
compreender.
Wiracocha
a, tal fato teria ocorrido há cerca de
7.000 anos. A visão daqueles grandes sóis que
desciam na Terra e de homens iluminados saindo
destas “máquinas” desconhecidas, marcou
profundamente as mentes conturbadas daqueles homens,
que passaram a gravar nos paredões pétreos, os
estranhos objetos e as figuras enigmáticas que podem
ser vistos em vários países até os dias de hoje.
Estes registros continuam impressionando os
pesquisadores e os deixam patéticos, sem poder ao
menos sustentar uma explicação convincente. Este
povo fantástico que havia partido da Terra há
milênios, diz a lenda, não poderia jamais ser
reconhecido pelo homem primitivo que sobrevivera às
grandes transformações, após o grande conflito.
Então, para sua salvaguarda, eles instalaram-se no
interior de nosso planeta, em grandes bolsões que
ali haviam se formado, preservando um mundo
indescritível que ainda permanece sob intenso
sigilo. Escreveu O. B. R. Diamor:
“As pequenas fendas e bolsões, em relação ao volume
da Mãe Terra, eram mundos vastos, maravilhosos,
quase irreais, por sua beleza exótica. Um poder
inacessível parece ter destinado o ventre de
Pachamama para abrigo desconhecido e ‘habitat’
natural de uma humanidade superior futura”.
“O mundo interior, longe de ter a escuridão dos
abismos e o calor dos infernos manipulados à
superfície, era iluminado e vitalizado pelas
radiações mais íntimas do planeta, tal como em Febea.
Sua atmosfera era o néctar da vida, aguçando os
sentidos e incentivando as forças mentais”.
“E foi assim que, numa segunda investida, por todos
os cantos do mundo onde lhes parecia mais provável,
os ‘discos’ desceram. Começava para o homem, um
segundo período de evolução”.
Estava iniciando para o homem da Terra uma nova
escalada evolutiva e aquele que no passado ousara
voar, estava agora engatinhando com dificuldade na
trilha do progresso, humano, recomeçando através de
uma vida primitiva e limitada. Se quisermos
acreditar nesta história, poderemos pelo menos
contar com uma idéia razoavelmente lógica para os
mistérios que ainda encobrem nosso passado mais
recente, quando o homem das cavernas começa,
inexplicavelmente, a construir cidades e templos,
como ocorreu no caso da antiga Suméria. Ou então
fiquemos com aqueles registros misteriosos,
verdadeiros documentos que autenticam uma outra
história atravessada na garganta, aguardando um
momento de lucidez que possa explicá-los de forma
mais compreensível.
Voltando a Clã Perdida dos Incas, queremos destacar
a forma expressiva com que o autor procurou encerrar
sua obra (dizemos nós, de cunho iniciático), misto
de lenda e realidade, de alegria e de sofrimento:
“Agora que INTIHSUYO não pode mais ser descoberto,
eu, um de seus mitimais secretos (enviados), um
agente verdadeiro do progresso e da paz para a
humanidade (que por circunstâncias especiais se vê
perdido na vastidão deste mundo de florestas), deixo
aqui romanceada a primeira parte de nossa história”.
Segundo o autor, existe uma continuação deste
incrível relato que ele decidiu ocultar por não ter
chegado ainda o tempo - a que nos referimos acima
foi publicada na década de 1.950. Segundo diz, esta
outra história é ainda mais fantástica, pois fala de
homens avançados vivendo em mundos subterrâneos com
sua mais sofisticada tecnologia e espiritualidade.
Imaginem o que mais poderia ser desvelado? Se nossa
mente já vem rejeitando negligentemente uma
perspectiva que se tornou lendária, o que dizer
então do que mais além possa ser desvelado? Que
segredos mais poderiam estar ocultos em regiões
desconhecidas de nosso próprio planeta, a despeito
de nossa tecnologia e de nosso pretenso saber?
RAY KING - Não pretendemos com este trabalho que
desvelam certos aspectos dos mundos subterrâneos,
apenas inflamar a curiosidade de mentes apressadas,
sempre sobrecarregadas de intelectualidade e
conceituações variadas. Queremos que elas possam
servir como referência aos novos buscadores que não
temem ousar além das fronteiras delimitadoras do
conhecimento concreto, que fatalmente tem conduzido
o mundo contemporâneo para uma condição de vida
profundamente egóica. Continuamos assim, citando
autores consagrados e outros menos conhecidos, mas
nem por isto menos relevantes no estudo sério deste
fenômeno terrestre, que sempre esteve ligado às mais
antigas tradições iniciáticas. Godfré Ray King se
trata de mais um espiritualista consciente que vamos
incluir neste estudo. Fala sobre seus contatos com o
Ascensionado Mestre Saint Germain e sobre as visitas
que fez, em sua companhia, a determinadas regiões de
nosso planeta. No livro Mistérios Desvelados ele
fala dos Santuários Subterrâneos, cuja entrada é
vedada ao homem não espiritualizado.
Segundo o autor, na América se encontra um dos mais
antigos Centros da Grande Fraternidade Branca,
tradicional Retiro dos Mestres Ascensionados, que
trabalham para a libertação dos homens e sua
espiritualização. Sobre os mundos no interior da
Terra, ele escreveu:
“O Santuário Interno é de ouro, com desenhos em
púrpura e branco. A cadeira em que a sacerdotisa
oficiava era também de ouro. Aí era focalizado e
mantido o Poder Espiritual que se irradiava para o
império e para seu povo. Com esta explanação, como
prelúdio, entraremos agora no Templo Subterrâneo,
onde foi preservada uma sala, entre as ruínas de uma
grande e passada glória”.
Relata que em uma montanha a sudoeste de Tucson,
Arizona, estando em companhia do Mestre, penetrou
pelo interior da terra através de um túnel, chegando
a uma região paradisíaca:
“Continuamos pelo túnel adentro por mais de uma hora
e chegamos finalmente a uma porta maciça de metal,
que se abriu vagarosamente ao ser tocada pelo meu
guia. Este se afastou para o lado e esperou-me
passar. Avancei em meio à brilhante luz solar, quase
sem respirar, deleitado com a lindeza da cena que se
estendia diante de mim: à nossa frente desdobrava-se
um vale de insustentável beleza, com cerca de
quarenta hectares de extensão”.
PATERSON - Outro que não poderíamos deixar de citar
é o eminente pesquisador Timothy Paterson, sobrinho
do Cel. Fawcett. É de nacionalidade inglesa,
arqueólogo, explorador e esoterista, ex-oficial da
infantaria do exército da Rainha da Inglaterra e já
esteve por algumas vezes no Brasil. Em 1.980,
Paterson publicou um livro na Itália, onde estava
residindo, intitulado O Templo de IBEZ (publicado no
Brasil em 1.983), onde procurou explicar a origem de
IBEZ (já mencionada anteriormente), enigma de
caráter universal que oculta o mistério do Rei do
Mundo. Também tratou da expedição do Cel. Fawcett
(seu tio) sob o enfoque iniciático e de seu
desaparecimento na Serra do Roncador, além de tratar
especialmente daquela região misteriosa no estado de
Mato Grosso. Assim ele escreveu:
“A atual cidade de IBEZ no Roncador, da qual o
Monastério Teúrgico do Roncador é um prolongamento
externo, é presidida pelo Logos Solar dos Mestres
Teúrgicos, chefiada por sua vez pelo ‘Quinto
Senhor’”.
“Na cidade subterrânea de IBEZ as pessoas se movem
ainda entre a terceira e a quarta dimensões, onde
ainda os ‘deuses caminham entre os homens’, como
acontecia sobre a Terra antes de sua Queda, quando,
como afirma o Mestre Tibetano (por instruções
recebidas dos Mestres de Shamballa), os adeptos de
IBEZ começaram a retirar-se dos templos (isto é,
debaixo da terra), para tornar os mistérios mais
inacessíveis e evitar abusos e distorções”.
“Na cidade subterrânea de IBEZ no Roncador está
conservado o resplandecente Homem de Ouro, que não é
outro senão o El Dorado que os conquistadores
espanhóis procuram em vão durante anos”.
“A cidade inteira de IBEZ é iluminada por esta mesma
luz azulada, gerada pelo que Bulwer Lytton chama de
Vril, o chamado ‘elemento universal’, como por outra
parte são sobre a terra aquelas torres de pedra e
outras construções vistas pelos índios, que através
de suas portas e janelas brilha uma luz que ‘jamais
se apaga’”.
UDO OSCAR LUCKNER - Sob este aspecto, seria
interessante incluir novos comentários sobre a
passagem de Udo Oscar Luckner pelo Brasil, até
chegar a estas regiões e sua penetração nos mundos
subterrâneos. Sua trajetória da Guanabara (RJ) ao
Roncador foi permeada de muitos mistérios, coragem e
determinação. Passou pela Pedra da Gávea, no Rio de
Janeiro, onde encontrou as primeiras indicações para
chegar à cidade subterrânea de Ubiricy. Dirigindo-se
para São Tomé das Letras, em Minas Gerais, procurou
decifrar o grande enigma do Senhor Arzan, grafado
nas “letras” da gruta dos símbolos no centro da
cidade. Dali, Luckner seguiu viagem para o norte de
Minas, quase na divisa do estado de Goiás, onde
deveria decifrar o mais desafiador dos mistérios,
preservado em enigmáticas petrogravuras.
Após, dirigiu-se para a Pedra Desnuda, no estado de
Goiás, onde estava gravada uma mensagem de nossa
época. Daí, ele dirigiu-se à Cordilheira dos Andes,
onde conheceu seu Mestre que, muito tempo depois,
viria a conduzi-lo aos mundos subterrâneos da região
inexplorada do Roncador. Assim ele mesmo escreveu
sobre esta espantosa experiência:
“Iniciamos nossa caminhada, atravessamos o salão,
entramos por uma das portas de arcada pálida e
descemos dezessete degraus até junto a uma porta
bronzeada. Meu cicerone explicou que não era de
cobre, mas de uma liga de metais que a tornava
imperecível”.
“Chegamos a uma plataforma. Eis o que vi: UMA
CIDADE! Observei que era construída em círculos e
que de seu centro partiam as ruas comerciais, iguais
a rodas raiadas. Havia avenidas circulares externas,
ornamentadas com plantas”.
Uma das cidades visitadas por Udo Oscar e que ele
deu especial destaque, chamou-a de LETHA, situando-a
nas entranhas da Montanha do Roncador. Segundo ele
esta cidade possui templos esplendorosos, de
construções artísticas finamente planejadas e
executadas. Em seus domínios está localizado o
Palácio de Ouro, residência do Quinto Senhor, Aquele
que virá para reinar neste Novo Ciclo. Apesar da sua
inacessibilidade, LETHA pode ser visitada por homens
da face da Terra e é certo, que muitos ali já
estiveram, a convite de seus habitantes. Sobre esta
magnífica cidade destacamos alguns excertos de seus
escritos:
“LETHA é uma cidade fabulosamente cheia de riquezas,
de alegria, vitalidade e harmonia. Milhões de
visitantes do mundo intraterreno e extraterreno
enchem suas casas e praças espaçosas”.
“Quando sou chamado a LETHA, nunca perco os passeios
pelas ruas da cidade, observando as figuras exóticas
vestidas com roupagens longas de seda farfalhante,
quando estão saindo dos templos, após as cerimônias
noturnas”.
“LETHA parece uma cidade de contos de fadas, cheia
de vitalidade, ensinamentos e pureza”.
LYTTON - Queremos também voltar a citar o insigne
escritor ocultista E. Bulwer Lytton, uma vez que em
sua obra A Raça Futura ele teria falado também sobre
outras regiões que existem no subsolo de nosso
planeta:
“Nada me causaria maior perplexidade, ao tentar
reconciliar minha razão com a existência de regiões
abaixo da superfície da Terra e habitáveis por seres
que, embora dessemelhantes dos cá de cima eram, em
todos os pontos essenciais do organismo, iguais a
eles…”.
“… E segundo tudo quanto me contaram, havia imensas
regiões incomensuravelmente mais profundas, e nas
quais se pensaria que só poderiam existir
salamandras, eram habitadas por inúmeras raças,
organizadas como nós”.
“Seja onde for que o Bem Supremo constrói, pode ter
certeza que coloca lá habitantes. Ele não gosta de
lugares vazios”.
Gruta
ATAN - Gostaríamos de citar ainda Polo Noel Atan, em
sua obra A Cidade dos Sete Planetas, onde escreveu
sobre suas experiências nos mundos interiores da
região Amazônica. Ao indagar de seu acompanhante,
Alídio, sobre quem teria construído a Cidade dos
Sete Planetas, que visitara, este lhe teria
respondido:
“Ela já existia há muito tempo e foi construída
pelos Grandes Sacerdotes Atlantes. A fuga dentro das
cavernas lhes proporcionou a descoberta de caminhos
e passagens abertas, já há muito construídas”.
“Nós sempre tivemos contato com esses mundos
subterrâneos. Foram eles os únicos que abriram campo
para a nossa permanência nesta crosta. Graças à boa
vontade dos sacerdotes, meus irmãos interplanetários
trouxeram muito material para acabamento e
complementação da cidade”.
Bem, é nossa pretensão que todos aqueles que tenham
acesso a estas informações não as tomem por algo
puramente transcendente ou meramente filosófico e
procure dentro de si mesmo, os elementos para uma
descoberta surpreendente. Perceberá que não somente
o nosso planeta, mas todos os demais possuem,
certamente, seus mundos subterrâneos e que estes
estiveram sempre disponíveis para o desenvolvimento
de civilizações e às mais variadas formas de vida.
Queremos encerrar esta parte parodiando o Mestre
Bulwer Lytton em seus escritos, pois também cremos
que onde quer que o Supremo Criador tenha erigido
mundos, terá colocado ali habitantes. Seria um
desperdício deixar tantos lugares vazios…
KRASPESDON - Nesta última parte queremos fazer
algumas citações relacionadas ao livro do autor
brasileiro Dino Kraspedon e dos autores de “ficção”
Edgar Allan Poe e Júlio Verne.
A personalidade Dino Kraspedon ou Oswaldo Oliveira
Pedrosa, não é bem vista por alguns pesquisadores da
Ufologia e não é nossa intenção discutir este ponto.
Citamos seu livro neste trabalho pela simples razão
de ter o mesmo apresentado, já na década de 1.950,
novas perspectivas dentro da pesquisa dos discos
voadores, além de sua abordagem científica e
filosófica carregada de princípios humanitários.
Também sugeriu a existência de civilizações no
interior da Terra, desde o início de sua obra, e a
provável procedência deste seu contato, quando
dedicou ao “comandante do disco” o seu livro:
“Ao Comandante do disco, quer ele seja terreno,
extraterreno ou subterreno – que importa! – o
agradecimento sincero do Autor pela demonstração de
confiança e a dedicação com que nos tratou tantas
vezes, fazendo caso omisso de nossa desconfiança,
fazendo-se desentendido quando não lhe depositávamos
inteira boa fé, nunca se furtando a responder nossas
perguntas, quando nenhum interesse podia ter no
menor dos homens a não ser dar um pouco de si para
que nos tornássemos melhores, embora sabendo de
antemão a inutilidade dos seus esforços”.
No transcorrer de seu relato encontramos certas
coerências e na conclusão do livro, sua posição vai
se tornando mais enfática em relação à situação da
Terra. Pensamos que não podemos mais nos vincular a
determinadas condições do raciocínio concreto para
enquadramento da verdade, neste ponto de nossas
convicções sobre os fenômenos que ocorrem em nosso
planeta. O que passa a importar é unicamente a
própria mensagem. Costumamos sempre torcer o nariz
quando uma entidade qualquer, anjo, deva, mestre,
santo, extraterreno ou intraterreno vêm nos falar
sobre nossos mal entendidos na Terra e o perigo de
um caos iminente. Mas, apesar dos tecnocratas e da
tecnologia disponível, nosso planeta continua
pedindo socorro. Será que nós que aqui estamos
vivendo não o estamos percebendo? Por ventura,
gostaríamos que estes seres viessem nos falar da
vida em outros mundos, de sua alta tecnologia, de
seus computadores e equipamentos sofisticados e
ignorassem totalmente algo que nos está conduzindo,
inexoravelmente, à auto-destruição? De que nos
valeria então esta tal tecnologia?
Em verdade, não queremos ver o que está se passando
diante de nossos próprios olhos. Preocupamo-nos, ás
vezes, com a pessoa e o que ela representa para a
opinião geral e deixamos de lado o conteúdo de sua
proposta. Em nosso entender importa mais a relação
que podemos fazer entre os pontos de vista das mais
variadas fontes. Por isto que citamos Dino Kraspedon,
pela sua coerência, não para defendê-lo. É de sua
autoria o seguinte texto:
“Muitos acreditam serem os discos voadores da
própria Terra; outros supõem vindos de outro mundo.
Há ainda os que afirmam serem oriundos de cidades
subterrâneas, de uma civilização que se ocultou sob
o solo com a finalidade de se furtar ao contato
conosco. Não discutimos a sua origem, porque nada de
aproveitável pode sair de uma polêmica. Que
interessa ao mundo conhecer a sua procedência?”.
E ainda: “Do espaço, da Terra e de sob a terra – não
importa – sabemos que o que nos foi revelado é
verdadeiro. E para isto temos fundamentadas razões.
Se um dia chegássemos à conclusão que esse estranho
personagem que entrou em contato conosco foi o
demônio materializado, então teríamos razão para
afirmar que ao menos uma vez na vida o diabo falou a
verdade”.
POE - Como já havíamos afirmado, estamos incluindo
também os escritores sobejamente conhecidos em
muitos países, por suas “histórias de ficção”: Allan
Poe e Júlio Verne. Edgar Allan Poe, um dos mais
notáveis nomes da literatura universal, ao mesmo
tempo detentor de uma biografia controvertida,
escreveu contos, poesias e ensaios, sobre as mais
estranhas coisas existentes neste mundo e no outro
(ou outros). Abordou também o pólo sul e um estranho
vórtice de águas naquela região, algo assustador que
ele narrou em Manuscrito encontrado numa garrafa.
Esta é uma história bizarra sobre um passageiro que
partira de Java e se tornara náufrago, indo para um
outro navio tripulado somente por pessoas idosas e
misteriosas, que viajavam a toda velocidade em
direção ao pólo. Apesar de se tratar apenas de uma
“história” as coincidências são muito grandes e o
autor, de alguma forma, deveria saber alguma coisa
sobre aquela distante região do pólo. São suas
palavras:
“É evidente que estamos a precipitar-nos para alguma
estonteante descoberta, para algum segredo
irrevelável para sempre, cujo alcance significa
destruição. Talvez esta corrente nos conduza ao
próprio pólo sul. Deve-se confessar que uma
suposição aparentemente tão fantástica tem todos as
possibilidades a seu favor”.
“O gelo se abre de súbito para a direita e para a
esquerda e rodamos vertiginosamente em imensos
círculos concêntricos, espiralando em volta das
margens de um gigantesco anfiteatro cujas paredes
perdem o cimo nas trevas e na distância”.
Em um outro conto deste mesmo autor, Narrativa de
Artur Gordon Pynn, ele faz uma narrativa comovente
de uma pessoa, também vítima de um naufrágio na
vizinhança do pólo antártico. Era uma região formada
por um grupo de ilhas muito grandes, habitada por
nativos e que a chamavam de Tsalal. Fugindo do
ataque de selvagens, alcançou o alto de uma colina
que possuía uma grande fenda que se abria para o seu
interior da terra. Explorou estas cavernas e afirmou
que seus labirintos possuíam formas estranhas,
galerias e corredores, cujos formatos foram
desenhados pelo personagem.
“Era realmente, um dos lugares de mais singular
aparência imagináveis e mal podíamos ser levados a
crer que ele fosse inteiramente obra da natureza”.
Continuando sua fuga, tomou às pressas uma frágil
canoa, juntamente com duas outras pessoas e
novamente estavam navegando para o imenso e
desértico Oceano Antártico.
“Vários fenômenos insólitos indicavam, então, que
estávamos penetrando numa região cheia de espantosas
novidades”.
“A temperatura do mar parecia aumentar a cada
instante e havia na sua cor uma alteração bastante
perceptível”.
“A barreira de vapor para o sul tinha-se elevado
prodigiosamente no horizonte e começava a assumir
forma mais distinta. Posso compará-la apenas a uma
catarata sem limites, rolando, silenciosamente,
dentro do mar, de alguma imensa e bem distante
muralha no céu. A gigantesca cortina pendia ao longo
de toda a extensão do horizonte meridional, mas não
emitia som algum”.
Ao final, ele e seus companheiros de fuga, um deles
nativo daquela região, se depararam com uma “figura
humana envolvida por uma mortalha” bem maior do que
qualquer habitante da Terra e branca como a neve. E
a história é subitamente interrompida.
“E agora nós nos precipitávamos para o seio da
catarata, onde se escancarava um abismo para
receber-nos. Mas, ergueu-se, então, em nosso
caminho, uma figura humana amortalhada, bem maior de
proporções que qualquer habitante da Terra. E a cor
da pele deste vulto tinha a perfeita brancura da
neve”.
Apesar de ser apenas um “conto”, citamos Edgar Allan
Poe pela grande lucidez empregada em suas
“histórias” fantásticas que desvelam estranhos
segredos, além de certas “coincidências” relatadas,
quando comparadas às hipóteses levantadas e
constatadas por pesquisadores em relação aos pólos.
VERNE - O outro autor que queremos citar é Júlio
Verne, que dispensa comentários, em face das
inúmeras obras de sua autoria que anteciparam
conquistas importantes da humanidade. Em seu livro
Viagem ao Centro da Terra Verne narra uma aventura
fantástica ocorrida na Islândia, no norte daquele
país, numa montanha vulcânica muito alta, chamada
Sneefell, com cerca de 1.650m. de altitude. Seus
personagens são três aventureiros: o Prof. Lidenbrok
e seus dois companheiros Axel e Hans, que decidiram
descer pela cratera do Sneefell, percorrendo o
centro da Terra por vários meses. Assim o autor
descreve a descida dos aventureiros:
“Não era possível que tivesse servido de passagem às
matérias eruptivas vomitadas pelo Sneefell, já que
não havia nenhum vestígio delas. Era como se
descêssemos pela rosca de um parafuso gigante feito
pela mão do homem”.
“Quanto à altura, devia ultrapassar vários
quilômetros. O olho era incapaz de perceber onde
essa abóbada terminava em paredes de granito; mas
havia uma nebulosidade suspensa na atmosfera, que
estava a acerca de uns quatro mil metros de altura,
portanto, mais alta que os vapores terrestres,
certamente por causa de ar muito denso”.
“É claro que a palavra caverna sempre me vem ao
descrever esse ambiente gigantesco. Mas as palavras
humanas não são suficientes para aqueles que se
aventuraram nos abismos do planeta”.
Nesta cavidade gigantesca havia um grande lago que
mais se parecia com um mar e suas ondas colossais.
Acerca de quinhentos metros deles divisaram uma
floresta densa e cerrada, constituída por árvores
com formatos estranhos que descobriram depois se
tratarem de cogumelos gigantes.
“Era composta de árvores de médio porte, talhada
como perfeitos guarda-sóis de contornos claros e
geométricos; as correntes atmosféricas não pareciam
agitar sua folhagem e, em meio aos ventos,
permaneciam imóveis como um maciço de cedros
petrificados”.
“Mas, a vegetação daquele país subterrâneo não era
só de cogumelos. Mais adiante havia inúmeros
agrupamentos de outras árvores de folhagem
desbotada. Eram fáceis de identificar: arbustos
comuns da terra, só que em dimensões fantásticas”.
O relato é fantástico e a aventura é emocionante,
pois os aventureiros encontraram animais
antediluvianos vivos num grande mar subterrâneo
dentre eles crocodilos, tartarugas gigantes,
golfinhos, lagartos, etc. Ao final da obra os três
construíram uma jangada e navegaram por vários dias
no interior da terra, em meio a uma espécie de
oceano de ondas encapeladas. Depois de muitas
dificuldades, saíram por uma abertura e foram
projetados para fora através de outra cratera de
vulcão. Esta, porém, se localizava muito distante de
onde haviam penetrado no interior da terra, meses
atrás, nas montanhas da Calábria, próximo ao mar
Mediterrâneo.
J. A. Fonseca
Itaúna-MG, 30/06/2004.
*Esta matéria foi composta com exclusividade para
UFOVIA © e autorizada por Pepe Chaves para uso no
Cranik.com.
http://www.viafanzine.yan.com.br/site_vf/ufovia/intraterrenos.htm
* J.A. Fonseca é economista, escritor, pesquisador
e Membro do Monastério Teúrgico do Roncador. –
Contato: augusto@nwnet.com.br
- Edição final: pepechaves@yahoo.com.br
- Ilustrações: "Sol Interior", autor desconhecido;
"Fiat Rex" por Nicholas Roerich (El Morya is in the
center).
Crédito das Fotos:
http://www.martiniste.org;
http://www.djwhalkhul.com; http://www.vidhya-virtual.com
http://www.ritosimbolico.net; http://www.debseer.com/archaeology
http://www.ycsi.net;
http://www.editoras.com/geracao
http://www.knebworthhousegiftshop.com;
http://www.guiageografico.com
http://www.agharta.com.ar/ hollowearth1.htm;
http://www.amontillado.ru/eng
http://www.grafic-a.net; kino.ural.ru/movies/
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