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RESENHA CRÍTICA DO FILME "HOMEM-ARANHA 3"   
por Vinicius Vieira - vvinicius@hotmail.com 
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HOMEM-ARANHA 3  - ™ & ©2007 Marvel Characters, Inc. ©2007 CPII. All Rights Reserved

HOMEM-ARANHA 3

CRÍTICA - HOMEM-ARANHA 3: Do mesmo jeito quando foi anunciado o primeiro filme do escalador de paredes, e ele se tornou a produção mais esperada do ano, o mesmo aconteceu em sua seqüência e se repete agora em “Homem-Aranha 3”, fim da trilogia, mas que, diante dos números estrondosos do lançamento, garantiram, para o deleite dos fãs, no mínimo mais uma trinca de filmes.

“Homem-Aranha 3” custou aos cofres da Columbia “apenas” 250 milhões de dólares, se tornando o filme mais caro da história (sem contar nos mais 100 milhões usados de publicidade), e o melhor, é que todo esse dinheiro está claramente nas duas horas e pouco de filme, e muito bem gasto.

O novo filme do amigão da vizinhança não é só um deleite visual para o público em geral, como um presentaço para qualquer fã, que mais uma vez vê na tela exatamente o que está acostumado a ver todo mês nas revistas em quadrinhos.

Por mais que em linhas gerais o terceiro filme, possa até ser taxado como o pior da série até agora, é o que mais se preocupa em levar para as telas o ritmo alucinante dos gibis, ou melhor, de uma saga da revista, enquanto os outros dois estavam muito mais para um número, esse filme se preocupa em fazer uma história cheia de situações diferentes, reviravoltas, e vilões querendo atrapalhar a vida do herói.

Depois de sofrer com a impopularidade, agora nosso herói é aclamado com palmas pelos nova-iorquinos cada vez que se balança entre os prédios, o Homem-Aranha virou uma febre, e depois de salvar a filha do comissário de polícia, Gwen Stacy (velha conhecida dos quadrinhos) acaba até ganhando a chave da cidade. Do outro lado da máscara, Peter Parker também compartilha de toda essa felicidade, primeiro aluna da faculdade, esta forte e firme com seu grande amor, Mary Jane, que agora estrela sua peça na Broadway, e começa a pensar em casamento.

Mas como era de se esperar com o herói, quando a desgraça vêm, vêm pra acabar com tudo. Depois de descobrir, do pior jeito, que seu amigo Harry Osborne ainda não desistiu de se vingar da morte do pai, ainda descobre que o verdadeiro assassino de seu tio Ben está a solta e se tornou mais um super-vilão, o Homem-Areia (Thomas Haden Church de “Sideways”), tudo isso ainda sem esquecer que seu egocentrismo acaba destruindo seu namoro, e tudo ao mesmo tempo que um novo fotografo, Eddie Brock (Topher Grace da série “That 70´s Show”) chega ao Clarim Diário para tirar seu emprego. Cobrindo todo esse bolo, ele ainda “ganha” um novo uniforme, negro, que além de desflorar uma personalidade diferente tanto no herói como em seu alter-ego, acaba se mostrando mais uma ameaça.

Como se pode ver, dessa vez o diretor Sam Raimi em parceria com seu irmão Ivan e Alvin Sargent, resolvem levar o herói para o inferno em um roteiro que, por mais que se possa parecer tumultuado, usa muito a estrutura dos quadrinhos, onde tudo vai acontecendo ao mesmo tempo e deixando um gancho para um fechamento eletrizante, muito bem costurado e que em nenhum momento confunde a cabeça de quem está vendo o filme.

Mas talvez o que vá chamar mais atenção no roteiro seja como ele trata o personagem principal, que mais do que nunca é o mesmo dos quadrinhos, que não consegue ficar calado durante uma luta, mas que se transforma no nerd dos nerds sem a máscara, e o mesmo pode se falar do resto dessa avalanche de personagens, todos muito bem caracterizados.

Sam Raimi ainda dá um show de direção, criando um filme a 200 km/h. Quando o assunto é ação o diretor não poupa esforços, a luta contra o novo Duende é estonteante e a seqüência do guindaste é de tirar o fôlego. O mais impressionante é que Raimi continua sendo o mesmo diretor do cult B “Morte do Demônio”, sempre criando um visual exagerado, com ângulos baixos e sem nunca perder o humor, combinando perfeitamente com o estilo do herói, e de seus vilões.

E quando o papo é vilão, pode se dizer também que o tiro foi certeiro, desde o começo Raimi brigou pelo Homem-Areia, e o estúdio meio que fez ele engolir o Venon, nessa categoria ainda temos o novo Duende Verde que é evolução normal que a série poderia tomar.

Mas as verdadeiras estrelas são os dois primeiros, e não decepcionam. Além de serem totalmente iguais a suas versões no papel (o Venon é muito mais puxado para sua nova versão da série Millenium, que reconta a história do Aranha para uma nova geração), o visual é incrível e ótimas atuações completam os vilões.

“Homem-Aranha 3”, como eu já disse não é melhor que seus primeiros, em especial o segundo, mas mesmo assim esta anos-luz de decepcionar, tanto os fãs quanto o público em geral, e mostra que seguindo esse rumo ainda teremos um bom número de batedores de records pela frente.

Diretor: Sam Raimi
Escritor: Alvin Sargent
Baseado na história de Sam Raimi e Ivan Raimi e nos personagens criados por Stan Lee, Steve Ditko, David Michelinie e Todd McFarlane
Distribuidora: Sony Pictures
Gênero: Aventura / Ação / Ficção

HOMEM-ARANHA 3 (FILME HOMEM-ARANHA 3)
™ & ©2007 Marvel Characters, Inc. ©2007 CPII. All Rights Reserved

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Vinicius Vieira - Jornalista - vvinicius@hotmail.com

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