RESENHA CRÍTICA DO FILME
"QUEBRANDO A BANCA"
por Rodolfo Lima -
Jornalista, ator e crítico de cinema -
e-mail:
dicaspravaler@yahoo.com.br
Clique Aqui e conheça a Equipe Cranik
QUEBRANDO A BANCA
- (Foto Divulgação)
CRÍTICA - QUEBRANDO A BANCA - São raras
as pessoas que conseguem ter uma vida intensa aos 21
anos. Na ficção temos alguns exemplos interessantes
como a estória de Frank Abagnale Jr., interpretada
por Leonardo de Caprio em “Prenda-me se for capaz”.
“21” (ou “Quebrando a Banca”) é o mais novo filme
que traz um desses sortudos que tem a oportunidade
de viver intensamente e ainda poder ser
inconseqüente.
Ben (Jim Sturgess) é um cara que entende muito de
contas, sub-gerente de uma loja de roupas
masculinas, que sonha cursar medicina em Harvard.
Obviamente sua vida é uma dureza só, o que fará com
que Ben se seduza com a proposta do Prof. Rosa
(Kevin Space).
Sem condições de bancar os 300.000 de custo na
universidade e correndo o risco de ficar sem a única
bolsa 100% concedida aos alunos com histórias
interessantes, o protagonista arrisca ganhar
levianamente o montante que o colocará na melhor
universidade do mundo. Construindo assim uma
história/trajetória diferenciada que o colocará um
degrau acima dos seus concorrentes.
Aos 21 anos todos são seduzidos pela adrenalina que
pode correr no sangue trazendo perigo e prazer na
mesma proporção. Se junto com esse escape da
realidade você puder ser quem você quiser, se
esbaldando em dólares, melhorou. É isso que Ben faz,
se junta com mais quatro jovens ambiciosos e parte
para o mundo dos cassinos e seus polêmicos carteados
na cidade de Las Vegas.
Para a nova turma de Ben, tudo não passa de uma
farsa, já que não há sorte em questão e sim uma
contagem – maluca - que facilita estrategicamente
que a pessoa que souber “contar” as cartas, ganhará
o jogo. O número 21 além de remeter a idade do
protagonista e também o nome do jogo proposto na
mesa.
O que você faria para poder ganhar num final de
semana o que levaria cinco anos para ganhar no seu
emprego burocrático? O caminho da ambição é uma via
de mão única e o filme dirigido por Robert Luketic
começa a enfraquecer quando se torna maniqueísta e
“bate” no personagem pelo viés da moral.
Óbvio que o mocinho será vitima e será pego, além de
ter seus sonhos interceptados por um vilão
temperamental e invejoso. O filme é ágil, tem trilha
sonora pop e chega a seduzir com as inúmeras
facilidades apreciadas pelos seus personagens. Tudo
parece bem demais da conta, e é quando o filme
atinge este ápice que começa a declinar e acaba se
tornando um roteiro rocambolesco, típico de
Blockbuster hollywoodiano.
Este é o grande problema de filmes onde a platéia
tem que ser agradada a qualquer custo e os
personagens jovens, precisa transmitir algo de bom e
positivo para a sociedade. Atropelando os fatos, a
história (real) se torna inverossímil e o filme
acaba frustrando a expectativa daqueles que querem
ser surpreendido.
Se você for desses que prefere um final comum, a um
que realmente te tire da rotina e que possa chocar
pela sua total falta de moral. O prato é o certo.
“Quebrando a Banca” é um filme de ação (sem carros,
tiros, guerras e anti-heróis) para jovens, com a
ambientação de “Onze Homens e um Segredo” e mensagem
piegas.
Título Original: 21
Gênero: Drama
Duração: 123 min.
Ano: EUA - 2008
Distribuidora: Columbia Pictures
Direção: Robert Luketic
Roteiro: Peter Steinfeld e Allan Loeb, baseado em
livro de Ben Mezrich
FILME:
Ótimo:
Bom:
Regular:
Crítico: Rodolfo Lima
- Jornalista, ator e crítico de cinema - e-mail:
dicaspravaler@yahoo.com.br
Indique esta matéria para um amigo!