RESENHA
CRÍTICA "PLEASANTVILLE"
por Frodo Oliveira -
frodooliveira@hotmail.com
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PLEASANTVILLE - FOTO DIVULGAÇÃO
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CRÍTICA: PLEASANTVILLE - Clássico, por
definição, é aquele que nunca envelhece. Visto por
esse ângulo, "Pleasantville - A vida em preto e
branco", filme de estréia do roteirista Gary Ross na
direção, produzido em 1998, já nasceu clássico. É
sabido que roteiros sobre personagens que saem da
tela - uma espécie de metalinguagem cinematográfica
- sempre rendem ótimos filmes, basta lembrar "A rosa
púrpura do Cairo", de Woody Allen, e "O último
grande herói", de John McTiern. Esse aqui é mais
original, pois o que acontece é justamente o
contrário, os personagens é que "entram" na tela da
Tv. Devo dizer que comecei a assisti-lo por pura
falta do que fazer, mas, à medida que a fita se
desenrolava, fui surpreendido pela sua profundidade
aparentemente displicente, por uma espécie de
diversão que nos faz pensar que poucas vezes vi num
produto tipicamente hollywoodiano.
Como todo clássico que se preze, "Pleasantville"
conta uma história simples, eu diria até bem
simplória: dois irmãos, interpretados pelos bons
Tobey Maguire (mais conhecido como "O Homem-Aranha")
e Reese Witherspoon ("Legalmente loira" - I e II)
brigam pela posse do controle remoto da televisão e
acabam indo parar dentro da série do mesmo nome, que
retrata a vida pacata de uma cidade americana da
década de 50. David (Maguire) passa a viver a vida
do personagem Bud, enquanto sua irmã Jennifer (Witherspoon)
passa a se chamar Mary Sue. Ele, como fã e profundo
conhecedor do seriado, sente-se totalmente à
vontade, pois sabe exatamente como agir para ser Bud,
mas ela, que não dava a mínima para Pleasantville,
passa a querer agir por conta própria, e acaba
chamando a atenção do bonitão da cidade. A revolução
e as intrigas começam quando Mary Sue, inconformada
em não poder partir para os "finalmentes" com seu
novo namorado (afinal, sexo antes do casamento é
algo impensável na cidadezinha perfeita), mostra ao
atleta com quantos paus se faz uma canoa. A partir
disso, nada mais será como antes, e aos poucos, o
vírus do questionamento e da rebeldia passa a tomar
conta da tela, primeiro sutilmente, na forma de uma
rosa vermelha, depois em cores que vão preenchendo
aos poucos as paisagens e personagens antes
monocromáticos, para finalmente explodir numa
profusão colorida que deixa os mais "conservadores"
furiosos com a novidade.
Vemos então que, apesar da aparente leveza do tema,
o diretor e roteirista Gary Ross (que antes já havia
nos brindado com os ótimos roteiros de "Quero ser
grande" e "Dave - Presidente por um dia") nos leva a
questionar toda uma gama de informações que trazemos
impregnadas em nossas almas. Os personagens do
seriado, antes seres alienados e que viviam sob a
aparência de uma falsa perfeição, começam a querer
mais do que aquilo que lhes foi oferecido, e
descobrem a existência do amor, do ciúme, do ódio,
do sexo, da chuva, enfim, dessas pequenas coisas que
fazem da vida essa maravilhosa e surpreendente
experiência.
Aos poucos, Pleasantville vai sendo colorida, e
apesar da existência daqueles que lutam contra o
novo, as coisas nunca mais voltariam ao normal na
pequena cidade.
Além da boa atuação do casal de irmãos Maguire/Witherspoon,
podemos destacar também as atuações dos veteranos
Joan Allen e Jeff Daniels, perfeitos como um casal
de amantes que protagoniza um escândalo à moda
antiga.
Não importa sua idade, classe social ou nível de
escolaridade, assista a "Pleasantville - A vida em
preto e branco" e você vai ser tocado por esse filme
simples, belo e que faz pensar na vidinha em preto e
branco que temos levado. E tenho certeza que, daqui
a cinqüenta anos, ainda será um clássico, porque um
dos atributos dos clássicos é que eles são como o
vinho: ficam melhores com o passar dos anos.
Direção: Gary Ross.
Elenco: Tobey Maguire, Reese Witherspoon, Jeff
Daniels, Joan Allen, J. T. Walsh, William H. Macy,
Don Knotts.
Origem/Ano de produção: EUA/1998.
Duração: 124 min.
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Crítico: Frodo
Oliveira
– Acadêmico de letras e crítico de cinema -
e-mail:
frodooliveira@hotmail.com - Blog:
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