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UMA REFLEXÃO SOBRE O FILME "IDENTIDADE" 
por Ademir Pascale - Crítico de Cinema e Editor do Portal Cranik - ademir@cranik.com
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IDENTIDADE - (Foto Divulgação)

"É incrível sabermos do que a mente humana é capaz de criar, sendo história ou realidade, o que me leva ao mundo dos estudos esotéricos, ufológicos e sobrenaturais[...]"

IDENTIDADE (IDENTITY):  Assisti ontem pela terceira vez o longa Identidade (Identity) e tenho que dizer que essas histórias que tratam da mente humana, me chamam a atenção, assim como os filmes que comentei no especial "Filmes de Suspense". A dualidade retratada em filmes como "O Amigo Oculto" é demais interessante e, diferente do "O Clube da Luta" (1999) estrelado por Brad Pitt que David Fincher usa a dupla personalidade, mas, "Identidade" vai "bem" mais além, criando múltiplas personalidades. Imagine uma pessoa com múltiplas personalidades, sendo uma criança perversa, prostituta, bandido, detetive etc., e, sem ao menos saber quem realmente é? É isso que encontramos em Identidade, um filme que faria Sigmund Freud pensar por algumas horas, ou quem sabe, dias. Minha paixão por filmes iniciou-se quando comecei a estudá-los e observá-los com mais precisão, pois não acho que um filme é mera diversão. Bom, se você quiser se aprofundar no tema que trata da dualidade humana, recomendo os livros (tenho quase certeza que você já deve ter lido e, caso sim, releia), Frankenstein de Mary Shelley, O Médico e o Monstro de Robert Louis Stevenson e Clube da Luta de Chuck Palahniuk.

É incrível sabermos do que a mente humana é capaz de criar, sendo história ou realidade, o que me leva ao mundo dos estudos esotéricos, ufológicos e sobrenaturais. Muitos autores ou diretores buscaram e ainda buscam explicações sobre o desconhecido e, um deles foi o poeta e escritor português Fernando Pessoa, o qual exercia fortes ligações com o ocultismo e o misticismo, destacando o seu poema hermético "No Túmulo de Christian Rosenkreutz", além de ter criado os "Heterônimos" Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Bernardo Soares e Ricardo Reis. Heterônimo é bem diferente de pseudônimo, pois cada heterônimo tem uma personalidade diferente (identidade diferente). Enfim, nem todos apreciam filmes ou obras deste gênero, preferem a ação desenfreada misturada com os efeitos especiais hollywoodianos — respeito os gêneros e o gosto de cada um, afinal, somos diferentes em classes sociais e crença; o que me entristece é que muitos ainda não respeitam essa escolha, seja no quesito religião, política ou mesmo gêneros de filmes. A Cinematerapia deveria ser mais aprofundada e incentivada, pois é algo sério que lida com a massa, e quem sabe, estudada nas escolas e universidades como algo para aprimorar o conhecimento humano.

O roteiro do longa Identidade é muito bem trabalhado e rico em detalhes; gosto da cena em que um dos protagonistas estende a mão para sentir as gotas da chuva, sendo que na realidade, é tudo uma invenção da mente do criador das múltiplas personalidades, algo real para a sua mente(?). Assista o trailer abaixo:

 
IDENTIDADE (IDENTITY)

Crítico: Ademir Pascale é ativista cultural, crítico de cinema, editor e criador do portal Cranik www.cranik.com , www.divulgalivros.org  e do projeto de inclusão social e cultural "Vá ao cinema!". Contatos para matérias em Jornais, Sites ou Revistas, e-mail: ademir@cranik.com

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