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RESENHA CRÍTICA "A LENDA DE BEOWULF"   
por Danny Marks - Crítico de Cinema 
 e-mail: dannymarks63@gmail.com  
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A LENDA DE BEOWULF -  (Foto Divulgação)

“Os Deuses nada farão por nos que não façamos sozinhos, precisamos de um herói” (Rei Hrothgar)

CRÍTICA - A LENDA DE BEOWULF - Este roteiro de Neil Gaiman e Roger Avary, prima pela complexidade e sutileza com que são tratados as simbologias e arquétipos das lendas. Em especial esta lenda Dinamarquesa surpreende já no primeiro instante por sua característica onírica acentuada pela técnica de Imagemotion que sobrepõe a animação aos movimentos reais dos atores.
Com isso os efeitos especiais ficam diluídos em todo o cenário e permitem uma harmonia plena com a história sem, contudo, perder o seu principal atributo que é destacar a ação. Em tempos em que os efeitos especiais superam o roteiro e até o substituem, este filme demonstra como pode ser feita uma perfeita integração entre essas duas facetas importantes para uma obra cinematográfica.
Os que se interessam pela Psicologia Analítica de C G Jung, vão sentir um êxtase ao constatar que esta obra contém vários arquétipos Junguianos em sua trama e podem representar um excelente estudo ilustrativo de como eles se tornam presentes na vida das pessoas. A Sombra, A Grande Mãe, O Herói, A Bruxa, entre tantos que se somam a mitologia contemporânea e religiosa, dão um show à parte que não interfere na história diretamente mas que pode encantar mais ainda aos que se interessam por esses nuances.
Na história narrada no estilo de um Bardo o O Rei Hrothgar , de Herot (Anthony Hopkins) tem que enfrentar o seu pior demônio: Grendel (Crispin Glover).
Devido a sua incapacidade de vencê-lo, lança o desafio: Aquele que vencer Grendel ficará com metade do ouro do seu reino.


Cena do filme A Lenda de Beowulf - Foto Divulgação

Beowult (Ray Winstone), um Geata, e seus guerreiros aceitam o desafio de enfrentar o monstro em troca do ouro e da glória. Mas para isso terão que enfrentar os seus próprios demônios e fazer as suas próprias escolhas.
A Mãe de Grendel (Angelina Jolie), a bruxa que habita os pântanos sombrios é a que comanda as escolhas e cobra o preço de cada uma delas.
A Rainha Wealthow (Robin Wright-Penn) vê o seu destino sendo traçado pelas mãos de um rei decadente e pelo desejo de um herói de conquistar as Glórias de uma batalha que pode estar além de suas forças.
Vidas que se cruzam, monstros que surgem dos pântanos sombrios para cobrar as dívidas do passado, jogos de interesse e de poder. Lealdade e coragem são os ingredientes necessários para que o Herói vença os seus piores medos e demônios, a derrota significa algo pior do que a morte, a desonra do si mesmo.
Para aqueles que estão acostumados ao romantismo das lendas de Arthur e seus cavaleiros, de belas damas e esbeltos e educados cavaleiros, este filme é um contraponto à altura, que desnuda, as vezes literalmente, os hábitos de uma época onde tudo podia acontecer, e acontecia.
Lenda? Pode ser, mas em uma coisa podemos todos concordar. Nas palavras do Grande Rei Hrothgar: Deuses nada farão por nos que não façamos sozinhos, precisamos de um herói.
Existem muitas lições que as lendas, esta em especial, podem nos trazer, desde que se tenha coragem de um Herói para olhá-las de frente e encarar os seus demônios sombrios.

Ficha Técnica
Título Original: Beowulf
Gênero: Animação
Duração: 113 min.
Ano: EUA - 2007
Distribuidoras: Warner Bros. Pictures/Paramount Pictures
Direção: Robert Zemeckis
Roteiro: Neil Gaiman e Roger Avary, baseado no poema épico "Beowulf", de autor desconhecido

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Trailer do Filme A LENDA DE BEOWULF

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Crítica: Danny Marks - Crítico de Cinema - e-mail: dannymarks63@gmail.com 

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