a

Procure sua resenha crítica, filmografia ou sinopse pelo nome inicial do filme,  ator ou atriz

( #-A-B-C-D-E-F-G-H-I-J-K-L-M-N-O-P-Q-R-S-T-U-V-W-X-Y-Z )

 

RESENHA CRÍTICA DO FILME "FILHOS DA ESPERANÇA" 
por Vinicius Vieira - vvinicius@hotmail.com 
Clique Aqui e conheça a Equipe Cranik

FILME - FILHOS DA ESPERANÇA
FILHOS DA ESPERANÇA - (Foto Divulgação)

FILHOS DA ESPERANÇA

LIVROS SOBRE CINEMA - CAMISETAS DE FILMES - MINIATURAS COLECIONÁVEIS

CRÍTICA - FILHOS DA ESPERANÇA - Muita gente tenta, mas poucos tem o poder de conseguir fazer cinema no seu máximo, usando todas possibilidades dessa arte para levar para as telas histórias que te prendem na cadeira até as luzes se ascenderem.
De uns anos para cá, um trio de mexicanos vem mostrando ao mundo o que é fazer cinema, Guilhermo Del Toro, com suas fantasias, nos brindou com pérolas como o mais recente “O Labirinto de Fauno” e jóias como “A Espinha do Diabo” e “Hellboy” e Alejandro González Iñárritu vem estarrecendo o público com sua trilogia sobre a morte com “Amores Brutos”, “21 gramas” e o vencedor do Globo de Ouro “Babel”.
A última ponta desse triangulo de amizade, atende pelo nome de Alfonso Cuarón, e, como os outros dois, também vem trilhando uma carreira de sucesso em Hollywood, chegando até a dirigir o mega sucesso “Harry Potter e Prisioneiro de Azkaban”, depois do cultuado “E Sua Mãe Também”, agora lança o maravilhoso “Filhos da Esperança”, uma “ficção” com os dois pés na realidade que faz até o mais cético sair do cinema com um frio na barriga.
No filme, somos jogados na Inglaterra de 2027, praticamente único país do mundo que nessa época ainda não caiu nas garras da revolução e se tornou um caos, é nesse pano de fundo que morre o adolescente Diego Ricardo, ser-humano mais novo do planeta com apenas 18 anos, já que misteriosamente todas mulheres se tornaram estéreis da noite pro dia. No meio de toda comoção somos apresentados, no primeiro de muitos ótimos planos seqüências, a Theodore Faron (Clive Owen) tentando levar seus dias do jeito mais incógnito possível, dentro de um mundo prestes a ruir.
Sua vida então dá um giro de 180º quando é seqüestrado pela ex-mulher (ótima participação de Julianne Moore), hoje ativista de um grupo revolucionários chamado Os Peixes, para lhes fazer um favor, conseguir uma documentação para uma pessoa chegar a costa sem ser presa pelo governo, o que no começo era para ser mais favor cobrado, em pouco tempo se torna uma luta pelo futuro do planeta.
Cuarón consegue fazer um filme apocalíptico no sentido mais forte da palavra, ele literalmente joga na nossa cara um futuro totalmente real e possível, e pelo filme inteiro vai dando dicas de que tudo é resultado desse presente real que estamos, é de arrepiar.
O roteiro adaptado da obra de P.D. James, não é uma lição, muito menos um protesto, faz questão de em todos momentos ser um aviso, e consegue usar isso como pano de fundo perfeito para uma trama, forte e acelerada, muito bem construída e emocionante.
Mas provavelmente o que dá maior vida ao filme é exatamente o diretor Alfonso Cuarón, com todo seu estilo, junto do ótimo diretor de fotografia Ammanuel Lubeski (de “Novo Mundo” e “O Cavaleiro sem Cabeça”), fazendo um filme visualmente perfeito, não no sentido de beleza, e sim no sentido de cinema, eles fazem questão de mostra uma história forte, de um jeito forte, e tecnicamente de cair o queixo.
Os dois extrapolam em planos sem corte que te deixam estagnados diante da complexidade envolvida na situação, tentem imaginar onde está a câmera em certas seqüências e se assustem com essa complexidade. A cena do carro, para mim já entra nos anais do cinema como um dos melhore planos seqüências da história, e não fica nada atrás dos nove minutos sem corte do final do filme, que te joga no meio de uma verdadeira guerrilha urbana (essa última, depois foi confirmado o uso de CGI, mas ainda assim merece palmas pela intenção).
E falando em CGI (Computer Genereted Images), está aí um diretor que sabe usar desses efeitos, é difícil você conseguir achar essas imagens no filme, e olha que tem muitas, não se tornando um escravo do computador e sim explorando o seu máximo no filme.
Antes de acabar de falar do filme, não se pode esquecer de passar pela ótima atuação do veterano Michael Caine, no papel do cartunista político aposentado, hippie e melhor amigo do personagem principal. Caine cria um personagem divertidíssimo, repleto de nuances e que faz que todos se apaixonem por ele.
Alfonso Cuarón mostra a todos um futuro tão próximo que arrepia, e faz um filme tão intenso e tecnicamente instigante que prova que se os próximos dias da humanidade estão em uma linha descendente, os do cinema podem estar no caminho contrário, principalmente se depender dele e de seus amigos ao sul da fronteira da Terra do Cinema.

Título Original: Children of Men
Gênero: Ficção Científica
Duração: 109 min.
Ano: EUA/Inglaterra - 2006
Distribuidoras: Universal Pictures/UIP
Direção: Alfonso Cuarón
Roteiro: Alfonso Cuarón e Timothy J. Sexton
Site Oficial: www.childrenofmen.net    

LIVROS SOBRE CINEMA - CAMISETAS DE FILMES - MINIATURAS COLECIONÁVEIS

FILME - FILHOS DA ESPERANÇA
Cena do filme FILHOS DA ESPERANÇA - (Foto Divulgação).

Filme:

Ótimo: 
Bom:   
Regular:

Crítico: Vinicius Vieira - Jornalista - vvinicius@hotmail.com

Anjos da Noite - A Evolução Indique o filme "FILHOS DA ESPERANÇA" para um amigo!


 


© Cranik - FILME - FILHOS DA ESPERANÇA