ENTREVISTA COM O ESCRITOR TIBOR MORICZ

O Editor do Portal Cranik "Ademir Pascale"  entrevista o escritor Tibor Moricz.
 (18/10/08)

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Tibor Moricz - Foto Divulgação

ENTREVISTA:

Ademir Pascale: Como foi o início de Tibor Moricz no meio literário?

Tibor Moricz: Escrevo desde a adolescência. Sempre como uma forma de expurgar alguns demônios que me afligiam. A escrita era uma espécie de terapia. Me servia para relaxar. Com o passar dos anos me dei conta de que essa prática poderia ser mais do que um simples extravasar. Notas excelentes nas redações escolares, elogios de familiares e amigos. Passei a escrever para esse círculo restrito, sem nenhuma outra ambição senão o de entreter. Só recentemente, coisa de seis anos atrás, foi que pensei no mercado literário, em me profissionalizar. Foram quatro anos batalhando um lugar ao Sol. Sorte, dedicação e um tiquinho de talento foram fundamentais para publicar meu primeiro livro.

Ademir Pascale: Quais são suas principais influências literárias?

Tibor Moricz: Não consigo determinar influências literárias marcantes na minha formação como escritor. Sempre li muito, mas sem me preocupar com quem escreveu o quê. É comum adquirir livros que já li um dia. Comum e aborrecido. Mesmo assim existem aqueles que em algum momento da minha vida se fizeram mais presentes: Stephen King, Agatha Christie, Philip Roth, Milan Kundera, Henry Miller e outros.

Ademir Pascale: Poderia falar sobre os concursos que já participou e ganhou? Como foi?

Tibor Moricz: Nunca fui um participante de concursos muito ativo. Participei de poucos. Recebi duas menções honrosas em concursos promovidos pela Universidade que cursei. Ambos os contos eram mainstream. Só recentemente fui concorrer em outros. Para minha surpresa, recebi uma indicação especial do Júri no Concurso de Contos de Araraquara, Prêmio Inácio de Loyola Brandão.
com o conto Má Chérie, uma narrativa de ficção científica ambientada numa estação espacial em órbita de Júpiter. E fiquei em primeiro lugar no concurso de contos da comunidade de ficção científica do Orkut, Prêmio Braulio Tavares, com o conto Filamentos Iridescentes como numa chuva de néon. Ser premiado é sempre bom. E mostra que estamos no caminho certo.

Ademir Pascale: Você foi motivado pelos concursos que ganhou para escrever o romance Síndrome de Cérbero ou você já o tinha pronto?

Tibor Moricz: Síndrome de Cérbero foi escrito em 2006 e publicado em abril de 2007. Quando os dois concursos foram criados ele já estava pronto.

Ademir Pascale: Poderia falar um pouco para os nossos leitores sobre a sua obra Síndrome de Cérbero?

Tibor Moricz: Síndrome de Cérbero narra a história de um homem incapaz de absorver a morte do pai, ocorrida num assassinato durante um piquenique em família. Sua trajetória é permeada de conflitos, lembranças do passado e sofrimento. Já adulto, é contratado para trabalhar numa Fundação de Pesquisas Científicas e lá descobre um projeto em curso que possibilitará viagens no tempo. Começam aí as aventuras do protagonista em sua louca tentativa de impedir o assassinato pretérito. Síndrome de Cérbero é um livro denso onde procuro trabalhar o personagem, deixá-lo verossímil. A ele e a sua dor.

Ademir Pascale: Você tem preferência em escrever obras ambientadas fora do Brasil ou isso ocorreu apenas em “Síndrome de Cérbero”?

Tibor Moricz: Essa é uma pergunta recorrente... rs. Não tenho preferência em escrever histórias ambientadas fora do Brasil, embora não consiga por enquanto me ver escrevendo um romance que se passe aqui. Já me fiz essa pergunta várias vezes e em todas arranjo uma desculpa diferente (rs). Quem sabe escrevo um dia uma história bem brasileira. Mas hoje não conseguiria.

Ademir Pascale: Você está trabalhando em novas obras?

Tibor Moricz: No momento estou curtindo um delicioso far niente. Nas próximas semanas será lançado pela Tarja Editorial um livro meu, Fome. E tenho o livro O buraco da agulha que está sendo avaliado com exclusividade por uma grande editora brasileira. Torço para que possa apresentar mais novidades para o ano que vem, além da participação em importantes antologias, zines e revistas literárias.

Ademir Pascale: Nestes dois últimos anos (2007-2008) estão surgindo inúmeras antologias de diversos gêneros. Qual a sua opinião com relação a participação de um escritor em uma antologia?

Tibor Moricz: Acredito que as antologias são a principal forma dos autores contemporâneos mostrarem seu trabalho. O mercado literário é extremamente restrito e concede maiores chances àqueles cujos trabalhos têm aprovação virtual. Me refiro não só às antologias impressas, mas também àquelas publicadas pela internet, através de revistas virtuais e zines. Não foi assim comigo, que percorri o caminho inverso, mas certamente é para a grande maioria.

Ademir Pascale: Onde os leitores poderão saber mais sobre Tibor Moricz?

Tibor Moricz: Essa pergunta é difícil. Estou por aí, nas livrarias, na internet, na comunidade de Ficção Científica do Orkut, em blogs e sites com meus contos, pela boca de amigos e inimigos (esses eu não recomendo, são muito tendenciosos... rs).

Perguntas Rápidas:

Um livro: Complexo de Portnoy
Um(a) autor(a): Agatha Christie
Um ator ou atriz: Jack Nicholson, Al Pacino, Robert de Niro, Sandra Bullock
Um filme: O advogado do diabo
Um dia especial: Ensolarado com andorinhas dando rasantes.
Um desejo: Ver a literatura de gênero conquistar o mercado brasileiro.

Ademir Pascale: Foi um prazer entrevistá-lo. Desejo-lhe muito sucesso.

Tibor Moricz: O prazer foi todo meu, Ademir. Que o sucesso venha para todos nós.
  

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Entrevistado: Tibor Moricz.
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