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Entrevista com Vinicius Vieira, Jornalista e Crítico de Cinema.
O Administrador do cranik "Ademir Pascale"  entrevista o Jornalista e Crítico de Cinema Vinicius Vieira (19/04/06)

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Entrevista com Vinicius Vieira, Jornalista e Crítico de Cinema.

Ademir: Olá, Vinicius. Agradeço por aceitar a entrevista e, inicialmente, gostaria de saber quando iniciou-se o seu interesse pelo mundo do cinema?.

Vinicius: Eu não acho que tenha tido um momento específico em que o cinema tenha virado um interesse para mim, foi algo que foi crescendo e quando eu vi, já tinha perdido o controle (com o maior prazer). Eu sempre fui uma pessoa curiosa e, quando eu via um filme queria saber mais sobre ele, sobre quem eram os atores, quem fazia a parte técnica etc., comecei a tentar entender o que era um filme, como aquele monte de gente se juntava em torno de uma idéia, ficavam meses escrevendo, filmando, editando e no final conseguiam fazer um produto tão perfeito. Dessa curiosidade para se tornar um cinéfilo, foi um pulo. Agora tento o mais difícil disso tudo, que é expor uma opinião crítica e consciente sobre esse produto.

Ademir: No seu ponto de vista, o que é realmente a Sétima Arte?

Vinícius: Acho que o cinema acima de qualquer coisa é diversão, é um veículo que as pessoas tem que aprender a usar para sair um pouco desse nosso mundo e viajar para uma outra realidade. Cinema tem que ser emoção, tem que fazer o espectador exprimir um sorriso, uma lágrima, um susto e por aí vai, mas sempre tem que se ter em mente que ele é um meio de comunicação super forte e, tem que ser usado com inteligência e responsabilidade. Mas como eu falei cinema, é diversão.

Ademir: O que você acha do cinema nacional na atualidade?

Vinicius: Fico naquele clichê, de que o cinema nacional está crescendo, mas ainda acho que o cinema nacional só agora começou a encontrar sua personalidade. É visível que de uns tempos para cá, nosso cinema começou a se tornar mais comercial, que é algo que eu sempre torci, sempre achei que ele pecava quando parecia se preocupar em demasia em fazer um cinema muito mais arte e parecia esquecer que o que tem de ser feito agora, é re-ensinar o público a ir ao cinema ver filmes nacionais, perder aquele preconceito. A Globo Filmes faz um ótimo trabalho (mesmo eu não gostando de quase nenhum filme lançado por eles) nesse sentido, eles apostam em uma linha descartável, mas que leva multidões para o cinema para ver os atores das novelas. Mas mesmo assim ainda acho que alguns nomes do cinema nacional ainda tem problemas quando o assunto é distribuição, enquanto uma besteira como “Avassaladoras” freqüenta o circuito comercial, diretores como Beto Brant ficam resumidos a meia dúzia de cinemas pelo país, “Cidade Baixa” de Sergio Machado é um exemplo disso. O problema hoje parece não estar na produção de filmes, acho que isso já foi superado, o problema é a distribuição que ainda peca apostando as fichas nos filmes errados.

Ademir: Você acha que pessoas de baixa-renda deveriam ser mais incentivadas a freqüentarem as salas de cinema, museus e eventos culturais? No seu ponto de vista, o que modificaria para essas pessoas e a sociedade em geral se elas freqüentassem com mais freqüência?

Vinicius: Acho a classe mais baixa da sociedade adoraria poder ir em um cinema ver um filme, mas não conseguem, pois não possuem poder aquisitivo para isso, falta iniciativas de não só levar quem não tem dinheiro para ir ao cinema, mas também levar os cinemas para elas, abrindo um sala de cinema em um bairro mais simples, fazendo um sessão mais barata, com o governo liberando uma verba para as escolas levarem seus alunos ao cinema. Aproximar a classe mais baixa, não só do cinema como de todos produtos culturais em geral, faria com que em poucos anos essas mesmas pessoas conseguissem ganhar mais cultura e aprendizado, criando pessoas que conseguiriam entender mais o mundo em que vivem e assim lutar também por seus direitos, mas acima de tudo daria um pouco de diversão para uma parcela tão sofrida da nossa sociedade.

Ademir: Algumas perguntas rápidas.

Um ator: Marlon Brando

Uma atriz: fico entre Meryl Streep e Bette Davis

Um diretor: Stanley Kubrick

Um crítico de cinema: Rubens Ewald Filho (mesmo não concordando em quase nada com suas críticas, foi o crítico que eu cresci lendo, além de respeitar muito pelo que conseguiu na sua carreira).

Um filme que revolucionou a história do cinema: Star Wars

O pior filme de todos os tempos: Cada ano acho que tem um, mas na maioria das vezes a Xuxa está no meio.

Um curta metragem: nunca tive muita oportunidade de ver curtas, algo que as vezes até me envergonho de dizer isso.

Uma Trilogia: “O Poderoso Chefão”, exemplo máximo de coerência: começo, meio e fim.

Um momento inesquecível do cinema: Acho que o final de “Casablanca”

Ademir: Como os interessados em novas entrevistas ou mesmo bater um papo sobre cinema deverão proceder para entrar em contato com você?

Vinicius: Pelo e-mail: vvinicius@hotmail.com  ou pelos telefones (13) 9119 6392 e (13) 3261 42 69

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*Você poderá adicionar essa entrevista em seu site, desde que insira os devidos créditos: Entrevistador e Administrador do http://ww.cranik.com : Ademir Pascale Cardoso
Entrevistado: Vinicius Vieira.
E nos informar pelo e-mail: webmaster@cranik.com 

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