ENTREVISTA COM O ESCRITOR BORIS DE PEDRA
O Editor do Portal Cranik "Ademir Pascale" entrevista o escritor Boris de Pedra
 (01/11/15)

ENTREVISTA:

Ademir Pascale: Olá, Boris! Para iniciarmos a nossa entrevista, poderia contar como foi o seu início no meio literário?

Boris de Pedra: Olá, tudo bem? Então,ainda criança assistindo desenhos animados e com as histórias em quadrinhos de super-heróis. Sempre fui fascinado por este universo, mas era algo distante, com o tempo, com a leitura de livros, fui me iniciando. Depois montei uma banda de rock, cuja primeira fita demo, foi gravada e custeada com o valor que recebi de um concurso literário, escrevi um conto, oi em 1991, o mais legal de isso tudo, o concurso levava o nome de um grande autor, Bernardo Elis, aliás, não tive convivência com o mesmo, mas era meu tio. No entanto, essa coisa do meio literário, o ofício de escrever, foi maturando dentro de mim, trabalhei como redator publicitário, assinei colunas e artigos em jornais. Após os 40 anos, resolvi, simplesmente, que estava na hora de colocar as manguinhas para fora.

Ademir Pascale: Você é autor dos e-books "O Vendedor de Funerária" e "Poção Mágica" (Fábrica de Ebooks, 2015). Poderia comentar?

Boris de Pedra: Sim, claro, com certeza, com enorme alegria, tenho o maior prazer em compartilhar. Bom, façamos como Jack, o estripador, vamos por partes. Às vezes, nem sempre, sou irônico, hilário, beirando ao cinismo, com leves oscilações e surtos de euforia.

Enfim, em “O Vendedor de Funerária” contamos a história de um cara desempregado, como boa parte da população, incluindo-me nas estatísticas; cujo nome é Pedro Botelho, um sinônimo de ‘diabo” na região Norte do Brasil.

Isso sempre me intrigou, como escritor, então, construí a história dele, do tal Pedro Botelho, como um cidadão comum, que não sabe que dentro dele tem um monstro;logo descola um emprego para vender caixões, mas , enfim, não vende. Aí, o cara surta, tornando-se um serial killer.

Já “Poção Mágica”, o mais recente, também tem a temática do sobrenatural, mas por outra perspectiva, não é tão sangrento quanto a anterior, uma morte contra seis, com requintes de crueldade, de “ O Vendedor”, mas focado em uma história de amor. Um amor proibido.

Faz um link com clássicos da literatura, como Romeu & Julieta, de Shakespeare, o bardo de Avon; e Tristão & Isolda, a lenda celta, da onde tirei a sacada da poção mágica.

Nessa trama, tratamos de contá-la, levando em consideração a vida passada dos personagens, mostrando que atos praticados, em outras, geram carma, podendo desaguar, os problemas não resolvidos, em outras situações, como no lance de Sophia e Miguel, personagens principais que, por sua vez, se reencontram no Facebook, após vinte anos de um namoro de verão. Assim, nas entrelinhas, leia-se, por mais fácil que seja, fazer um feitiço, basta acessar o Youtube, para ver, recomendo que não faça. Diria que seguir magia negra não, seria, é o melhor caminho a seguir.

Ademir Pascale: Poderia destacar um trecho do seu mais recente e-book especialmente para os nossos leitores?

Boris de Pedra: Como mencionei, a história de amor entre Sophia e Miguel está vinculada a suas vidas passadas, antes mesmo da origem do homem, quando homem e mulher , eram um só, conhecidos como barbela, depois eles se reencontram 3000 anos antes de Cristo, em seguida, estão na Idade Média, como Myrdin, o mago e a bruxa Minerva que se utiliza de uma poção mágica para obter o amor do bruxo.

Ademir Pascale: Para quem você indicaria "O vendedor de funerária" e "Poção Mágica"?

Boris de Pedra: Para quem gosta de ler uma boa história. Apesar da temática do sobrenatural, fujo dos clichês clássicos d gênero, não sou um mestre do terror, mas um contador de histórias. Assim, uso e abuso da imaginação, para envolver o leitor, de qualquer idade, em um mundo lúdico.Mas, em todo caso, tentando focar em sua pergunta, “ O Vendedor” é mais agressivo, apesar do humor, sempre presente, tem agradado o público masculino; já “Poção Mágica” tem agradado mais o público feminino. Isso porque tem lá uma pitada de “50 tons de cinza”, o lance do sexo, além de algo de “Crepúsculo”, de “Beijada por um Anjo”, de Elisabeth Chandler, enfim, apesar da magia, feitiços e encantamentos, tem um lance mais romântico que agrada mais o público feminino. Mas trata-se de uma boa história, adorei contá-la.

Ademir Pascale: Como os interessados deverão proceder para adquirir os seus e-books?

Boris de Pedra: Então, ambos, foram lançados pela Fábrica de E-Books, sendo que estão a disposição do público, exclusivamente, pelo site da Amazon, a maior livraria virtual do mundo.

Ademir Pascale: Quais dicas você daria aos autores em início de carreira ou aos que desejam ingressar no meio literário?

Boris de Pedra: Hummm, essa é boa, a resposta está na ponta da língua: leiam livros. Aliás, em um sentido genérico, leia, inclusive, bula de remédio. O segredo é a leitura. Quando estiver já familiarizado, tornando-se ,assim, um “iniciado”, neófito(risos), partir para a leitura de ficção, descolar um gênero específico, ler seus os maiores clássicos da área, assim como da Literatura em geral; buscar conhecimento, uma boa cultura sobre o assunto. Além de assistir filmes, isso é muito bom, alimenta a imaginação.

Ademir Pascale: Existem novos projetos em pauta?

Boris de Pedra: Sim, temos alguns projetos, ainda dentro da mesma temática, o sobrenatural, posso adiantar, estou, inclusive em um intervalo, nas sessões desse novo projeto, trata-se de uma história que falará sobre um grimório, um livro de feitiços. Consta que o Rei Salomão teria feito um, sendo que aquele que seguisse tais ensinamentos alcançaria poder, riquezas e sorte no amor. Tem também , uma novela, sobre vampiros , uma homenagem à Bram Stoker e John Polidori, além de “Nyx- A Magia da Noite”. Como de hábito, fujo dos clichês, fujo do convencional como o diabo da cruz; apresentando uma nova forma de falar sobre o mundo invisível, pela ótica da ficção.

Perguntas rápidas:

Um livro: “O Livro de Areia” – Jorge Luis Borges
Um (a) autor (a): Umberto Eco
Um filme: filmes? “Um Bom Ano” e “Blade Runner” de Ridley Scott, “Star Wars” , a série; “Matrix”, o primeiro; “Vingador do Futuro”, inspirado em Philip K.Dick; enfim, só alguns para ilustrar. Perguntinha difícil, hein?
Um dia especial: Agora!

Ademir Pascale: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Boris de Pedra: Gostaria de comentar sobre o blog que escrevo, o tecnocibernético, com mais de 160 mil acessos. Onde falo sobre cultura, resenhas de livros, filmes, rock and roll e faço minhas considerações como um atento e subjetivo observador do mundo. Agradeço também, ao carinho, dos internautas, uma vez que minha atuação artística, como escritor, se restringe aos meios virtuais, sendo o lugar encantado que escolhi para viver. Nada contra a mídia, pelo contrário, mas sigo o meu caminho, lapidando a pedra bruta, buscando o diamante. Super agradecido, também, por essa oportunidade; de poder falar um pouco sobre essa coisa que me mantém vivo, a minha lenda pessoal de ser um contador de história. Muita paz de espírito, que o amor esteja sempre o seu coração, por isso, o cultive; e que Deus abençoe a todos! Muito obrigado!!! Tudo de Bom!!!