ENTREVISTA COM O ESCRITOR LUIZ COSTA
O Editor do Portal Cranik "Ademir Pascale" entrevista o escritor Luiz Costa
 (21/09/15)

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Luiz Costa - Foto Divulgação

SOBRE LUIZ COSTA:

Meu nome é Luiz Souza Costa, nasci em 30/12/1957, filho de operários, servi a Marinha do Brasil, dirigi Organizações Não-Governamentais em duas Cidades durante vários anos, presidi partido político, chefiei o setor de Assistência Social da Prefeitura Municipal de Maragogipe e um departamento de rede de supermercados. Possuo cursos técnicos de Enfermagem, Instrutor Social, Higiene e Segurança Industrial (SENAI), e de vendas. Participei de Congressos com finalidades distintas e de movimentos populares, sobretudo relacionados às demandas sociais. Proferi inúmeras palestras de cunho social após sorver diversas fontes do conhecimento humano, com teor filosófico, sociológico, psicológico e medicinal em ONGs e escolas de Salvador e de Cidades do Interior da Bahia.
Apesar de ter concluído o ensino secundário, desde tenra idade sou diletante leitor fissurado por assuntos proficientes, especialmente nos campos filosóficos, sociológicos e medicinais, além de descobrir em mim um perlustrador contumaz que se interessa por fenômenos sociais brasileiros. Sonho com um Brasil justo e equilibrado não apenas em termos materialistas, como também no que tange ao comportamento moral da sociedade brasileira, visto que a boa ou má conduta moral no seio familiar consequentemente é refletida no âmbito social. Costumo ler dois livros semanalmente, especialmente relacionados às supramencionadas áreas do conhecimento humano. Sou amante da justiça social, solidário, eclético, polivalente, livre-pensador e, acima de tudo, temente a Deus. Enfim, sem resquícios de vaidade, escrevi livros e crônicas através de uma vontade férrea superando muitas adversidades.

ENTREVISTA:

Ademir Pascale: Olá, Luiz! Para iniciarmos a nossa entrevista, poderia contar como foi o seu início no meio literário?

Luiz Costa: Infelizmente ou não, esse é o primeiro livro que publico, apesar de produzir inúmeros outros escritos, incluindo muitas crônicas. Creio que Deus esteja finalmente me autorizando a tornarem públicas minhas ideias a respeito deste famigerado país, do qual não me orgulho sequer um pouco no que tangem às questões políticas, da atual conjuntura social, além de ações de muitos falsos líderes cristãos.

Ademir Pascale: Você é autor do livro "Aspectos babilônicos do Brasil" (Clube de Autores, 2014). Poderia comentar?

Luiz Costa: Meu livro é o resultado de um misto de empirismo social com o racionalismo, apesar de parecer um contrassenso. Nasceu gradativamente através da minha sede de justiça social e de moralidade pública brasileira, não apenas no que tangem às esferas política e administrativa, como também em termos de comportamentos social. Como um Self-made man - uma pessoa que faz por sua própria conta -, perlustrando nos mais variados ambientes públicos de Salvador, Brasília, Aracajú e em dezenas de cidades do interior da Bahia, obsessivamente analisando e elucubrando sobre ações sociais, políticas e jurídicas brasileiras transmitidas pela mídia, e estabelecendo paralelos com esses mesmos comportamentos que sucedem em diversas Nações do Mundo, comecei anotá-los de modo sistemático para depois me aprofundar sobre tais assuntos. Então fui dando-o forma através de uma vontade férrea e resiliência, suplantando adversidades exacerbadas em face especialmente das minhas parcas condições financeiras. Além desse método de análise, é óbvio, tenho o hábito de ler desde a minha infância, porém leituras cujos assuntos são proficientes, sorvendo diversas fontes do conhecimento humano, sobretudo Filosofia, Psicologia e Sociologia.

Ademir Pascale: Poderia destacar um trecho do seu livro especialmente para os nossos leitores?

Luiz Costa: Sim. Destacarei quatro asserções de três grandes filósofos, uma de Platão, duas de Erasmo de Rotterdam, e uma de Thomas Morus, das quais considero que refletem o cerne da minha obra ou que melhor a embasam, como “drogas” inspiradas a gerações de jovens brasileiros, antes do uso de drogas propriamente ditas: A de Platão, que afirma que “Todo mal da inteligência se torna um mal da alma, e, por conseguinte, um mal social. Mal intelectual ainda mais pernicioso porque vem do alto, e se infiltra, como um veneno sutil, que se respira no ar” – essa se relaciona às más influências sociais e familiares principalmente fomentadas por uma parcela da mídia brasileira; a de Thomas Morus e as de Erasmo de Rotterdam, que se referem aos maus ensinamentos destinados às crianças, tanto no seio familiar, quanto no âmbito social, e aos incentivos às paixões avassalantes ou corrupções dos costumes, também geradoras de criminalidade, quando dizem: “Abandonai milhões de crianças aos estragos de uma educação viciosa e imoral. A corrupção emurchece à vossa vista essas jovens plantas que poderiam florescer para a virtude, e vós as matais e, quando tornadas adultas, cometem os crimes que germinavam desde o berço em suas almas”. “A criança que se parece ao homem feito é detestada de todos; assemelha-se a um monstro. Tem razão o provérbio que diz: odeio a criança de saber precoce”; “Se a alma se submete ao império de várias paixões viciosas, torna-se o homem o mais vil de todos os escravos”. Além desses motivos, nesta obra menciono várias ações de desperdício com o dinheiro público (e privado), que, a meu ver, também fomentam criminalidade no Brasil, visto que metodicamente investem fortunas com pessoas que nãos necessitam de apoio social. São atitudes preconceituosas, egoístas e arrogantes e de exclusão social, que, inclusive, espelham a frase do barão de Itararé, quando disse que “No Brasil, a coisa pública, é a continuação da privada”. É o que normalmente fazem, por exemplo, a Petrobras, o Banco do Brasil e o Ministério da Cultura. Portanto, cito muitas ações incongruentes de artistas, empresas públicas, políticos, apresentadores de TV, líderes cristãos e jornalistas poderosos, com muita dose de ironia. Enfim, esse livro representa uma propugnação e quase um libelo em favor da moralidade pública brasileira, da cultura e da arte, especialmente da música e de programas de TV, sobretudo da Rede Globo de Televisão (uma das emissoras mais poderosas brasileiras que agem como morcegos, porque “mordem e assopram”, sendo acintosamente imitada pela Rede Record do Sr. Edir Macedo, o qual o apelido de “Pedir Mais Cedo”.

Ademir Pascale: Para quem você indicaria “Aspectos babilônicos do Brasil”?

Luiz Costa: Destina-se a qualquer brasileiro de bom senso, que anseia por uma autêntica Democracia, uma verdadeira justiça social e por comportamentos sociais e familiares que reflitam a digna conduta, além da conduta no âmbito religioso que essencialmente se coadune com os princípios cristãos; àqueles que não se sentem satisfeitos com a avalanche de fenômenos anárquicos praticados no Brasil; àqueles que realmente se preocupam com a educação de seus filhos e se comovem diante das torrentes de incentivos às corrupções dos costumes perpetradas por falsos ícones sociais e religiosos se aproveitando, sobretudo, da mídia e da música, além de não aceitarem o péssimo e criminoso direcionamento das finanças públicas. Inclusive, o livro Aspectos babilônicos do Brasil é direcionado àqueles que amam ou admiram a Filosofia, visto que também é composto de uma coletânea de assertivas filosóficas de alguns dos mais renomados pensadores universais.

Ademir Pascale: Como os interessados deverão proceder para adquirir um exemplar do seu livro?

Luiz Costa: Entrando no site do Clube de Autores, e depois no campo apropriado digitar meu nome (Luiz Costa), ou digitar o título do livro (Aspectos babilônicos do Brasil), onde também poderá adquiri-lo.

Ademir Pascale
: Quais dicas você daria aos autores em início de carreira ou aos que desejam ingressar no meio literário?

Luiz Costa
: Especialmente àqueles que se disponibilizam de parcos recursos financeiros e que vivenciam adversidades exasperadas tais como eu vivenciei, além do fato de ser autodidata, comecem escrevendo as primeiras ideias em qualquer papel que se dispuser, dentro de casa, nas ruas, a bordo de qualquer transporte, após qualquer ideia súbita sobre o assunto que mais lhe interessa. Inicialmente, escreva tais ideias de forma sucinta para depois ampliá-las e aperfeiçoá-las. Além disso, é claro, leiam profusamente, mas sempre sobre assuntos profícuos, fugindo ao máximo das frivolidades, tão comuns neste país dos carnavais, das orgias financeiras e sexuais, da
obsessão pelo futebol, pelas aparências e tantos outros aspectos que refletem um hedonismo avassalante, onde incluem a profusão de novelas tipicamente brasileiras e outros programas televisivos que mui corrompem os costumes, como se não bastasse à torrente de criminalidade que tem deixado a maioria do povo brasileiro com medo de sua própria sombra. Ademais, seja perspicaz, e, sobretudo, tenha fé em Deus e nos seus intercessores no mundo espiritual, ficando, inclusive, distante das verborreias e dos embustes de tantos falsos líderes cristãos que existe neste país, os quais promovem balcões de negócios em nome de Deus.

Ademir Pascale
: Existem novos projetos em pauta?

Luiz Costa: Existem, sim. Além de terminar de produzir uma espécie de “Aspectos babilônicos do Brasil II”, produzi inúmeras crônicas sempre baseadas na conjuntura social brasileira, e, se for da vontade de Deus, as transformarei em livro.

Perguntas rápidas:

Um livro: Caracteres.
Um (a) autor (a): La Bruyère:
Um dia especial: Quando ingressei na Marinha do Brasil.

Ademir Pascale
: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Luiz Costa: Desejo dizer que muita gente neste país tem se equivocado com o que essencialmente significa liberdade (inclusive liberdade de expressão), visto que liberdade tem limite, e não há verdadeira Democracia sem que haja processo de moralidade, porque desencadeia anarquia. Eis alguns exemplos: O canalha se aproveita de determinadas artes, contando com o apoio poderosíssimo da mídia, produz uma pseudo música incitando publicamente (inclusive, crianças) para que a mulher “rale a checa no chão”, ou incite a pedofilia, dizendo: “E aí, novinha?”, ou uma apresentadora de falso programa infantil, sendo incongruentemente apresentada como “a rainha dos baixinhos", assistida por milhões de crianças e adolescentes durante décadas, diante da câmera subitamente perguntar a uma atriz (cuja atriz estava ao lado de sua própria filha ainda criança), o seguinte: “Diga aí, Maitê, a meu público, alguma vez já bateu na sua telha, sair à rua, de saia, sem calcinha?” Essas manifestações públicas, por exemplo, fazem parte da liberdade de expressão? O grande jurista Sobral Pinto disse que liberdade sem autoridade é anarquia, do mesmo jeito que autoridade sem liberdade é ditadura. Finalmente, exemplificando, funcionário público, seja juiz, promotor, senador, deputado, desembargador ou coisas que os valham, não devem andar a bordo de carros de luxos comprados com o dinheiro público, enquanto milhões de deserdados da sorte, na sua maioria desdentada, morrem nas filas dos hospitais, o qual é uma forma sutil de assassinato, também por exemplo.

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Aspectos Babilônicos do Brasil - Luiz Costa

 

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EntrevistadoLuiz Costa.
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