ENTREVISTA COM O ESCRITOR E ILUSTRADOR LUCAS LOURENÇO
O Editor do Portal Cranik "Ademir Pascale" entrevista o escritor e ilustrador Lucas Lourenço
 (21/12/14)

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Lucas Lourenço - Foto Divulgação

ENTREVISTA:

Ademir Pascale: Como foi o início de Lucas Lourenço no meio artístico e literário?

Lucas Lourenço: O primeiro desenho que fiz e que me lembro de ter gostado foi um monstro verde (que era 90% chupinhado do Blanka, do Street Fighter) rabiscado na contracapa de um caderno. Toda criança desenha e eu já desenhava antes disso, mas, nada que tivesse chamado minha própria atenção e me dado consciência de que tinha certo jeito pra coisa. Eu devia ter uns oito anos. Meu primeiro texto que achei decente foi uma redação chamada “Meu Quarto”, feita senão me engano no primeiro colegial. A professora elogiou, eu gostei do resultado e daí em diante foi só continuar criando.

Ademir Pascale: Poderia comentar sobre suas participações em livros?

Lucas Lourenço: Vamos lá. Vou citar de cabeça, então, peço desculpas se esquecer algo. Além de publicações em jornais de escolas, faculdades etc, tive uma página de quadrinho publicada na revista + Soma, ao lado de gente bacana e muito mais reconhecida que eu. Tive contos publicados nas antologias Moedas para um Barqueiro II (Ed. Andross), PsyVamp (Ed. Infinitum), Le Monde Bizarre (Ed. Estronho), Angelus (Ed. Literata), 1000 Universos (Café de Ontem), além de um quadrinho na coletânea Terrir (Ed. Estronho).

Duas vezes por semana, minhas tirinhas da série Pequeno Sertão são publicadas no portal cultural Varal Diverso (varaldiverso.com.br).

Por fim, recentemente firmei contrato com a Increasy Consultoria Literária (increasy.com.br) para publicação de uma história infantojuvenil. Se algum editor porventura estiver lendo esta entrevista e se interessar, por favor, nos procure! rs

Ademir Pascale: Notei que você tem um traço diferenciado. Você se inspira em algum artista para criar suas ilustrações?

Lucas Lourenço: Descobri depois de anos desenhando que eu não conseguiria jamais ser um artista de técnica absurdamente elaborada. Então, aos poucos, comecei a curtir minhas próprias limitações e, em vez de escondê-las, cada vez faço com que elas apareçam no meu traço. Acho que isso deixa o desenho/ilustração mais pessoal e expressivo. Pois, as qualidades geralmente a gente tenta “copiar” de alguém que nos inspira. Mas, os defeitos, esses são todos nossos! rs...

Aos meus 12 anos, eu queria ser o Jim Lee. Depois, Frank Miller se tornou meu herói, pois além de desenhar, ele também escrevia as próprias histórias. Na época em que comecei a aceitar e gostar das minhas próprias limitações, passei a gostar muito de dois artistas: a autora infantojuvenil Mariana Massarani e o quadrinhista e ilustrador Antonio Eder. Ambos, mesmo sem saber, me ensinaram a deixar o traço mais espontâneo. Hoje, curto uma infinidade de artistas, desde mitos como Van Gogh, até gente que sigo no Instagram e só rabisca por diversão.

Ademir Pascale: Como foi criar a ilustração “O Natal de Poe”?

Lucas Lourenço: Rabiscar a ideia foi mais fácil do que eu esperava, pois já tinha feito caricaturas do Poe e conheço boa parte de suas histórias. Fluiu bem. A execução foi mais complexa, pois de início exagerei no nanquim e as formas ficaram meio apagadas por causa do excesso de tinta preta. Então, parti para o photoshop e adicionei branco aqui e ali para deixar o todo mais bem resolvido e nítido. Modéstia à parte, o resultado me surpreendeu, pois ficou sinistro e caricatural como eu tinha em mente. Talvez uma ou outra coisa devesse ser melhorada (o livro que o Poe segura, por exemplo, poderia estar um pouco mais aberto), mas desencano de “ficar consertando” e sigo em frente! rs... No fim, fiquei com duas impressões sobre o desenho: 1) o Poe está naquele momento pouco antes de começar a leitura em que os amantes de livros “paqueram” o que tem em mãos antes de abri-lo; 2) Poe está começando a adormecer e os personagens do ambiente na verdade são projeções de sua própria mente maluca. Quanto mais interpretações uma única imagem/texto tiver, melhor. Então, gostei ainda mais do resultado final por isso.

Ademir Pascale: Como os interessados poderão saber mais sobre você e seus trabalhos literários e artísticos?

Lucas Lourenço: Além das antologias em que participei, tenho quatro blogs: 1) Eita Peste! (epeste.blogspot.com), com poemas, crônicas, listinhas e outras bobagens do dia a dia; 2) Saladão! (lucaslourenco.blogspot.com), onde publico minhas ilustrações, quadros, desenhos etc e meio que serve como portfólio; 3) O Laboratório da Margô (laboratoriomargo.blogspot.com), série infantojuvenil que publico em temporadas na qual um grupo de amigos cria fórmulas para qualquer tipo de problema; 4) Pequeno Sertão ( pequenosertao.blogspot.com ou facebook.com/pequenosertao), com minhas tiras feitas na hora, quase sempre sem esboço, sem lápis e borracha: caneta direto no papel – o que sair, saiu. Também estou no Instagram: @lucaslofer.

Perguntas rápidas:

Um livro: o mangá Lobo Solitário (Kasuo Koike e Goseki Kojima); o conto A Causa Secreta (Machado de Assis); e os poemas Os Justos (Jorge Luis Borges), Os Sapos e Poética (ambos do Manuel Bandeira).
Um(a) autor (a): não morro de amores por nenhum, gosto de vários.
Um ator ou atriz: idem anterior.
Um filme: Menina de Ouro.
Um dia especial: o Natal em que ganhei minha primeira bicicleta, aos cinco anos.

Ademir Pascale: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Lucas Lourenço: Só agradecer o convite para a ilustra e para a entrevista. Muito obrigado!

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O Natal de Edgar Allan Poe - Arte: Lucas Lourenço. Argumento: Ademir Pascale

 

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*Você poderá adicionar essa entrevista em seu site, desde que insira os devidos créditos: Editor e Administrador do http://www.cranik.com : Ademir Pascale - ademir@cranik.com - www.twitter.com/ademirpascale
Entrevistado: Lucas Lourenço.
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