ENTREVISTA COM O ESCRITOR PAULO OURICURI
O Editor do Portal Cranik "Ademir Pascale" entrevista o escritor Paulo Ouricuri
 (22/09/14)

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Paulo Ouricuri - Foto Divulgação

ENTREVISTA:

Ademir Pascale: Como foi o início de Paulo Ouricuri no meio literário?

Paulo Ouricuri: Comecei publicando poemas nas antologias poéticas da Câmara Brasileira de Jovens Escritores. Depois, em 2011, publiquei meu primeiro livro, “A triste história do índio Juca”, título que faz uma homenagem ao poema “Juca Pirama”, de Gonçalves Dias. É um conto narrado em forma de poesia, com estrofes de oito versos. Em 2013, publiquei meu segundo livro, “50 sonetos reunidos”, pela Editora Multifoco. E agora, este ano, foi publicado meu terceiro livro, “A poesia nos poentes do silêncio”, pela Editora Novo Século.

Ademir Pascale: Você é autor da obra "A poesia nos poentes do silêncio" (Novo Século, 2014). Poderia comentar?

Paulo Ouricuri: O livro pode ser integralmente lido em pouco tempo. Enquanto o escrevia, li a Divina Comédia. Por isto, alguns poemas estão em tercetos heroicos (versos com dez sílabas poéticas, com acentuação na 6ª e na 10ª sílabas), e há uma ou outra referência à obra em alguns poemas. Fiz ainda algumas homenagens. Homenageei Carlos Drummond de Andrade, Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa), fiz um soneto para o livro “O processo”, de Franz Kafka. E os poemas abordam temas diversos, alguns com versos livres, outros metrificados, alguns mais longos, alguns haikais.

Ademir Pascale: Para quem você indicaria o seu livro?

Paulo Ouricuri: Para quem gosta de ler poesias.

Ademir Pascale: Poderia destacar um trecho do seu livro especialmente para os nossos leitores?

Paulo Ouricuri: “... Vivemos numa sucessão de quase milagres/Numa frágil teia de improbabilidades sucessivas/E todos estes quase milagres juntos/Esmagamos numa palavra chamada/Cotidiano.”

Ademir Pascale: Como os interessados deverão proceder para adquirir um exemplar de “A poesia nos poentes do silêncio"?

Paulo Ouricuri: Muitas livrarias estão vendendo, como a Saraiva e a Siciliano. Procurando no Google pelo nome do livro, o interessado pode descobrir em qual livraria encontrá-lo.

Ademir Pascale: Existem novos projetos em pauta?

Paulo Ouricuri: Tenho poemas escritos ainda inéditos, mas não tenho ideia de quando terei um novo livro para apresentar. Sou advogado. Publiquei alguns artigos jurídicos, e já venho aprofundando meus estudos para escrever um livro de direito, mas este é um projeto para alguns anos.

Perguntas rápidas:

Um livro: “A consolação da filosofia”, de Boécio
Um(a) autor(a): Fiódor Dostoiésvki
Um ator ou atriz: Al Pacino
Um filme: A triologia do “Poderoso Chefão”
Um dia especial: Os dias em que nasceram meus dois filhos.

Ademir Pascale: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Paulo Ouricuri: É sempre mais fácil enaltecer algo dizendo que estamos sem palavras para tanto. É difícil desafiar o silêncio. E escrever constitui um repto permanente ao silêncio. Creio que a arte nasce após ouvirmos o silêncio, pois ele é a semente de tudo o que pode ser dito para sacrificá-lo. “Em verdade, em verdade vos digo que, se o grão de trigo que cai na terra não morrer, fica infecundo; mas, se morrer, produz muito fruto.” (São João, Cap. XII, Versículos 24 e 25) E, após, degustar de um bom texto em prosa ou de um poema é tão necessário e reconfortador quanto se aquecer no inverno. A arte acaricia o espírito. “Vita brevis, ars longa“ (A vida é curta, a arte longa), como disse Hipócrates.  

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A Poesia Nos Poentes do Silêncio - Paulo Ouricuri

 

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Entrevistado: Paulo Ouricuri.
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