ENTREVISTA COM O ESCRITOR JORGE LOURENÇO
O Editor do Portal Cranik "Ademir Pascale"  entrevista o escritor Jorge Lourenço
 (21/02/13)

ENTREVISTA:

Ademir Pascale: Como surgiu a ideia para a criação da obra “Rio 2054 - Os filhos da revolução” (Novo Século, 2013)?

Jorge Lourenço: É difícil dizer exatamente como nasceu a história de “Rio 2054”. Nasceu dos jogos de RPG da adolescência, da paixão pela literatura em geral e pela ficção científica, dos mangas, da vida na favela. Tudo isso contribuiu para o mosaico que é o meu livro, uma obra que se passa num Rio de Janeiro distópico onde exclusão social, intrigas empresariais e alta tecnologia são os principais eixos do enredo.

Ademir Pascale: E quais são os principais temas que ele aborda? Quem ler poderá esperar o quê?

Jorge Lourenço: Apesar de abordar temas como a exclusão social e a participação de empresas na administração pública, “Rio 2054” é uma obra de entretenimento. É uma aventura. O livro conta a história de um jovem que, atrás de dinheiro rápido, acaba se tornando um dos pivôs de uma revolução que, aos poucos, ganha força no lado pobre do Rio de Janeiro. Os problemas sociais servem apenas como um pano de fundo.
Como é um livro com uma forte temática cyberpunk, quem gosta do gênero já sabe um pouco do que vai encontrar pela frente. Uma diferença bem tênue entre bem e mal, a combinação de high-tech e low life, inteligências artificiais, reviravoltas. E, acima de tudo, uma boa história.

Ademir Pascale: Como está sendo a receptividade de quem já leu?

Jorge Lourenço: As primeiras resenhas foram muito boas. Aliás, de certa forma, foi a receptividade que fez “Rio 2054” avançar. Eu escrevi os primeiros capítulos do livro há alguns anos e deixei o arquivo disponível numa comunidade no Facebook. A recepção foi boa, algumas pessoas me procuravam e até insistiram para que eu levasse a história adiante. Foi aí que realmente me empolguei para escrever o livro.
Além disso, antes mesmo de ter encontrado uma editora, eu mandei o original do meu livro para alguns resenhistas do Skoob e a recepção deles foi muito boa. Todos elogiaram bastante a narrativa e a escrita – coisa que os anos de jornalismo certamente ajudaram –, os personagens e as reviravoltas.

Ademir Pascale: Poderia destacar um trecho do livro "Rio 2054" especialmente para os nossos leitores?

Jorge Lourenço: Tem um trecho que gosto muito. Ele acontece um pouco antes do começo de um massacre na parte pobre da cidade.

“O fim da tarde nos Escombros trouxe consigo um comboio de blindados das Luzes. Os veículos estacionaram na saída do Túnel Rebouças e ficaram à espreita, predadores de aço aguardando o melhor momento para dar o bote. O sol se escondeu das metralhadoras antiaéreas que traziam a tiracolo e sumiu por trás do horizonte de prédios destruídos.
Quando a última luz natural desapareceu, o gemido dos transformadores morrendo engoliu a parte pobre do Rio de Janeiro. A única iluminação vinha dos faróis do comboio, que rasgaram a escuridão até o centro da Praça da Bandeira e pararam em frente ao quarteirão que reunia os bares e oficinas dos motoqueiros.
Sem qualquer aviso, os primeiros tiros dos blindados foram disparados quase ao mesmo tempo em que os soldados de elite da Spartan desciam dos veículos com seus aparelhos de visão noturna e escolhiam os primeiros alvos”.

Ademir Pascale: Como os interessados poderão saber mais sobre você e como deverão proceder para adquirir um exemplar do seu livro?

Jorge Lourenço: Eles já podem encontrar exemplares nos sites das principais livrarias do país, como a Saraiva. Mas podem comprar o livro mais barato, autografado, com dedicatória e um marcador exclusivo da obra comigo. É só entrar em contato via e-mail (jorge.souza.lourenco@gmail.com) ou Facebook (www.facebook.com/jorge.lourenco.733).

Ademir Pascale: Existem novos projetos em pauta?

Jorge Lourenço: Sim e não. Já tenho algumas coisas adiantadas, mas ainda não sei por qual caminho vou seguir. Tudo vai depender das vendas de “Rio 2054”. Além de pensar em uma sequência para o livro, também tenho em mente um romance de fantasia urbana que envolve vampiros, anjos caídos e a Igreja. Mas nada é certo ainda. Primeiro, quero me dedicar à divulgação de “Rio 2054”.

Perguntas Rápidas:

Um livro: Amor nos tempos do cólera (Gabriel Garcia Marquez)
Um(a) autor(a): Haruki Murakami
Um ator ou atriz: Tom Hanks
Um filme: Blade Runner
Um dia especial: todos

Ademir Pascale: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Jorge Lourenço: Bem, espero que seus leitores se interessem pelo “Rio 2054”. A ficção científica nacional ainda engatinha, de certa forma. Espero que o meu livro sirva para ajudá-la a se expandir por aqui. É uma obra que, pelas primeiras impressões que tenho recebido, está agradando tanto aos fãs do gênero quanto gente que só procurava um bom livro para ler. Conto com a força de vocês.

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