ENTREVISTA COM MATHIAS GONZALEZ
O Editor do Portal Cranik "Ademir Pascale"  entrevista o escritor Mathias Gonzalez
 (07/10/12)

ENTREVISTA:

Ademir Pascale: Como foi o início de Mathias Gonzalez para o meio literário?

Mathias Gonzalez: Uma grande surpresa, pois esperei por mais de 3 anos que algumas das principais editoras do país decidissem publicar meu primeiro livro e só recebia cartinhas, informando que "meu livro não se encaixava no perfil de publicações daquela
editora." Então, tomei a decisão de publicar o livro por conta própria e o resultado foi fantástico. Vendi em um ano mais de 30 mil exemplares, distribuindo o livro em consignação e divulgando-o nas emissoras de rádio e até em horário nobre dos principais canais de TV. Depois do sucesso aberto por meus próprios esforços, recebi proposta de uma grande editora para negociar direitos autorais. Em cinco anos, publiquei cerca de 80 livros naquela editora e não parei mais até agora.

Ademir Pascale: Com 133 livros publicados dedicados à filosofia, psicologia e educação, qual destas inúmeras obras mais lhe marcou e por quê?

Mathias Gonzalez: O primeiro livro para mim foi o mais marcante e que causou maior repercussão, sobretudo no público feminino. O título é SOMENTE PARA MULHERES, lançado em 1985, em Salvador. O livro ficou entre os mais vendidos no país durante muitas semanas, competindo com autores consagrados da literatura nacional e internacional. O livro, assim como este que estou lançando agora com um título bem parecido, resultou de uma pesquisa de muitos anos junto ao público masculino. O objetivo desse meu estudo era conhecer o comportamento masculino em termos sexuais, afetivos e nas relações familiares.

Ademir Pascale: Por favor, fale um pouco sobre os programas que participou e entrevistas que cedeu para vários canais de TV (somenteparamulheres.com.br/antigas/entrevistas.html).

Mathias Gonzalez: Participei de alguns programas nacionais de grande visibilidade, à época (1993), como o Jô Soares 11:30, o que serviu para que o grande público conhecesse o meu trabalho. Muitas pessoas sequer imaginavam que Thomas Morgan, Zaydan Alkimin e Joyce Garcia, eram meus pseudônimos. A mídia televisiva tem um papel muito importante na formação de opinião. Um livro, filme ou disco de música só alcançam visibilidade e atingem o grande público quando divulgados nos principais canais de TV.

Ademir Pascale: Naturalizado Australiano, ao adentrar no Brasil, ouve um choque cultural ou foi fácil lidar com as diferenças culturais, políticas etc?

Mathias Gonzalez: A Austrália é um país diferenciado e incomum em muitos aspectos. Assim, foi um grande choque para mim, depois morar lá muitos anos, voltar ao Brasil. A sociedade australiana cultua valores sociais e familiares bem diferentes dos nossos. A Austrália foi um dos primeiros países do mundo a aceitar a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Naquele país, a mulher também recebe uma atenção especial, como auxílio financeiro às mães que querem apenas cuidar dos seus filhos até os 15 anos de idade. O topless é praticado nas principais praias oceânicas urbanas e o nudismo é algo muito comum. A diferença sócio-econômica, na maioria da população, é muito pequena. Apenas 3% é muito rica e menos de 1% é muito pobre. Sobram os 96% da população que vive confortavelmente. Isso muda a forma de viver das pessoas. Há baixa criminalidade, poucos conflitos sociais e maior liberdade de expressão. O multiculturalismo também ajuda muito a torná-los mais tolerantes, já que lá existem pessoas de 130 países do mundo, convivendo harmoniosamente.

Ademir Pascale: Como Mathias Gonzalez distribui o seu tempo para escrever e exercer
outras atividades?

Mathias Gonzalez: Escrever para mim é uma fonte de prazer e exercício de criatividade. Habituei-me a escrever todos os dias pelo menos 10 páginas sobre algum tema, seja livro, poema, artigo, crônica para revista, jornal ou para a internet. Assim, sempre reservo uma a duas horas por dia para escrever. Por vezes, escrevo 10 livros ao mesmo tempo. Isso torna meu trabalho muito divertido e jamais entediante. Ou seja, meu trabalho é uma diversão. Quando não estou escrevendo, posso fazer tudo mais que for necessário. Mas primeiro vem o “prazer”, que é igual a “escrever”.

Ademir Pascale: Você lançou recentemente o livro "Somente para mulheres especiais"
(publicação independente, 2012). Fale um pouco sobre o seu conteúdo.

Mathias Gonzalez: O livro é uma coletânea de informações, ideias, dicas e sugestões para tornar as mulheres mais felizes, mais amadas, mais respeitadas e exclusivas nas vidas de seus maridos, namorados ou amantes. O foco é a mulher que deseja ser amada de modo pleno e verdadeiro. O objetivo deste trabalho é colocar em nas mãos das mulheres todo o conhecimento possível para ter uma vida de princesa ao lado do homem amado e para torná-las infinitamente mais felizes, mais independentes e autoconfiantes na relação a dois.
As descobertas que apresento neste trabalho custaram-me mais de quinze anos de pesquisas, milhares de entrevistas a homens e mulheres das mais variadas faixas etárias, classes sociais e religiões, leitura de centenas de livros e artigos, participação em seminários e congressos científicos em vários países do mundo, além de milhares de horas de trabalho redigindo a essência do trabalho.
O livro original teria pelo menos 1.300 páginas, mas, certo de que ninguém o leria, reduzi o meu trabalho ao que julgo ser essencial. A leitora não irá encontrar teorias científicas comprovadas em universidades famosas. Nem achará uma fórmula mágica que servirá sob medida para todas as pessoas. Não existe tal milagre. Cada caso é um caso. Cada indivíduo é impar. Não existem dois seres humanos absolutamente iguais neste universo. Por essa razão, cada indivíduo deve ser tratado diferentemente. Eu falo dos principais temas que podem ajudar a homens e mulheres a terem uma vida sexual e sentimental mais feliz.

Ademir Pascale: Já que o título do seu livro é "Somente para mulheres especiais", homens também podem ler?

Mathias Gonzalez: Claro que sim. Mesmo porque, como eu sempre digo em minhas palestras, todos os homens deveriam despertar um pouco a mulher especial que está dentro dele. O livro é dedicado ao público feminino, mas os homens que leram adoraram o conteúdo.

Ademir Pascale: Notei um visual diferenciado e criativo no seu livro. Poderia comentar mais?

Mathias Gonzalez: O livro tem um design bem feminino e vem com uma fechadura e uma pequenina chave. O objetivo é chamar a atenção das mulheres que são mães, dos professores, das pessoas que lidam com crianças e que têm o dever de protegê-las para que elas não tenham acesso a conteúdos destinados a adultos. Existem leis que protegem as crianças e adolescentes. Eu dediquei um capítulo exclusivo a esse assunto: os pais precisam saber controlar o que os filhos podem ter acesso na internet e por meio das demais fontes de informação existentes. Algumas delas são de “desinformação” e, nesses casos, precisam ser controladas.

Ademir Pascale: Poderia destacar uma frase do seu livro especialmente aos nossos
leitores?

Mathias Gonzalez: Sem querer criar chavões especiais ou frases de efeitos, creio que uma das coisas mais importantes que ressalto em todo o livro é a necessidade de toda mulher amar muito a si mesma. Só se pode dar amor quando se aprende a amar a si mesmo. Desse modo, aprender a se amar, a se cuidar, a melhorar a si mesma é a chave mais poderosa para alcançar a felicidade a dois. A mulher que se ama é mais sexy, é mais sensual, é mais confiante e mais desejada e muito mais feliz.

Ademir Pascale: Nos depoimentos que você recebe diariamente de várias leitoras,
teve alguma que teve a sua vida modificada ao ler "Somente para mulheres
especiais"?

Mathias Gonzalez: Sim. Esse é um grande bônus no meu trabalho como psicólogo e escritor. Até porque é para isso que eu escrevo. Meu desejo é ajudar a cada mulher ou homem a se tornar mais feliz. Minha meta é dar, a cada leitora, instrumentos e sugestões para que ela faça a vida valer a pena ser vivida. Penso que ao agirmos assim, estaremos
contribuindo para tornar o mundo melhor. Pessoas felizes não matam, não roubam, não se drogam, não vivem extremamente estressadas ou em conflitos. Fico feliz quando uma leitora escreve dizendo que o livro mudou para melhor a vida dela e da família.

Ademir Pascale: Como os interessados deverão proceder para adquirir um exemplar do
seu livro?

Mathias Gonzalez: Basta acessar o meu site: www.somenteparamulheres.com.br, ou mandar um email para: mathiasgonzalez2005@yahoo.com.br.

Ademir Pascale: Existem novos projetos em pauta?

Mathias Gonzalez: Sim. Algumas obras de ficção que abordem temas parecidos com o livro que estou lançando agora. Relançamento algumas obras de cunho místico e ecológico como A QUARTA SERPENTE e AMAZÔNIA, SEXO, BALAS E COLIBRIS.

Perguntas Rápidas:

Um livro: Zorba, O Grego
Um(a) autor(a): Josué Montelo
Um ator e atriz: Lima Duarte e Fernanda Montenegro
Um filme: Pappillon
Um dia especial: O de hoje.

Ademir Pascale: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Mathias Gonzalez: Sim, gostaria de deixar a minha mensagem de otimismo e paz para todos os homens e mulheres que estão vivendo nessa mesma época que eu e tendo o privilégio de ter acesso a tantas informações, orientações, dicas e caminhos. Procurem conhecer mais sobre as coisas que de fato podem modificar sua vida e mude-a. Não importa em que situação econômica, social, afetiva ou profissional você se encontra agora. Saiba que você pode modificá-la para melhor se assim desejar e se fizer o esforço necessário. Os livros são mapas, são guias e caminhos, mas é cada pessoa que deverá percorrê-los. Aquilo que um ser humano alcançou, outro também poderá se fizer o mesmo esforço. E acredite muito em si mesmo: você é também um ser especial.

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Somente para mulheres especiais - Mathias Gonzalez