ENTREVISTA COM O ESCRITOR RICELLI DIAS

O Editor do Portal Cranik "Ademir Pascale"  entrevista o escritor Ricelli Dias.
 (30/08/11)

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Ricelli Dias - Foto Divulgação

ENTREVISTA:

Ademir Pascale: Como foi o início de Ricelli Dias para o meio literário?

Ricelli Dias: Foi aos poucos. Eu sempre gostei de escrever, mas não de ler, não tinha o hábito de ler. Como eu adorava criar histórias eu comecei escrevendo roteiros cinematográficos, até pensava em seguir uma carreira como roteirista. Eu achava que escrever livros, com o perdão da palavra, era um saco! Achava que era maçante, exigia muito esforço, mas, ao escrever meu primeiro livro adorei, achei muito legal e prazeroso. É um prazer sentar-se em frente ao meu notebook e desenvolver uma história.

Ademir Pascale: Conte pra gente como foi escrever o romance “Crime e Punição” (Editora Multifoco).

Ricelli Dias: Pois então, quando eu estudei teatro em Belo Horizonte, eu tive que criar um personagem, criei o Alê Coimbra, apresentei-o em sala de aula; mais tarde escrevi o roteiro Crime e Punição. Mas achei a história tão interessante, que pensei: Daria um ótimo livro! Escrevi o rascunho à mão, passei para o computador. A história de Alê Coimbra, em livro, ficou mais interessante porque pude aprofundar a história do personagem e ficou perfeito.
Eu quis chegar, ao máximo possível, a realidade dos jovens de hoje em dia. Acho que até exagerei, pois há muitas cenas de consumo de álcool, droga, estupro, tráfico. Mas há momentos tão tristes, como na terceira fase do livro que se passa em BH, por exemplo, uma menina de 12 anos é abandonada grávida pelo personagem principal, é expulsa de casa por seus pais, vai à Belo Horizonte atrás dele, mas acaba se prostituindo nas ruas do centro da capital mineira passando por diversas situações tão tristes; é espancada, estuprada, humilhada, passa fome, faz um aborto clandestino e quase morre.
Mas o livro ficou do jeito que eu queria: forte, intenso e dramático. Como eu tive que vender a primeira tiragem inicial deu para ver o retorno, as opiniões dos leitores sobre o livro. Mesmo as pessoas que não gostam de ler quando leram, adoraram, disseram que é muito bom e comentam principalmente sobre o personagem Alê.

Ademir Pascale: Alê (Alessandro Coimbra) é o protagonista da sua história. No decorrer da trama, as drogas o fazem entrar em caminhos tortuosos. Fale mais pra gente sobre este personagem.

Ricelli Dias: Eu adorei escrever sobre o Alê Coimbra, pois é um personagem forte, descrevê-lo foi inenarrável. Apesar dele ter cometido vários crimes, erros e barbaridades como matar, estuprar e torturar, eu não o considero-o mau, mas sim, um jovem perdido e sem rumo que tinha uma vida perfeita, mas que pra se divertir foi para um caminho sem volta. Apesar dele ser, digamos, mau as pessoas que leram o adoram, comentaram muito sobre ele e até me julgaram, em tom de brincadeira, dizendo, que eu tenho uma mente perversa. Mas ele não era mau, apenas cometeu alguns erros em sua vida, portanto, numa das frases ele mesmo diz: Eu tentei, eu tentei de todo jeito e forma ser uma boa pessoa de quem todos pudessem se orgulhar, mas não deu! Mesmo quando eu era bom eu era mau. E também quando ele diz: Agora eu sei que as pessoas não mudam apenas se transformam dentro daquilo que realmente são, e não há nada que nos faça ser como os outros acham como deveríamos ser.

Ademir Pascale: A história é baseada em fatos verídicos ou não?

Ricelli Dias: Não. Como eu disse, anteriormente, eu quis chegar o mais próximo possível da realidade dos jovens de hoje em dia. Não me baseei em ninguém para escrever à minha história, só me baseei nos acontecimentos que acontecem ao nosso redor.

Ademir Pascale: Por que você escolheu a Zona Sul do Rio de Janeiro para contar a sua história?

Ricelli Dias: Ao escrever a história pensei em jovens que escolhem caminhos errados, mas eu não quis ficar no mesmo clichê, que os pobres e os favelados são sempre os bandidos, não! Eu quis falar sobre um assunto atual, jovens de classe média alta que usam e abusam do poder do dinheiro que os pais têm para cometerem delitos e ficarem impunes, pois acham que com dinheiro se resolve tudo. E como eu adoro o Rio de janeiro e quis focar em uma família carioca bem sucedida, nada melhor que usar um dos pontos glamorosos do Rio para mostrar isso. A história não se passa só no Rio, mas também em Governador Valadares e Belo Horizonte.

Ademir Pascale: Para quem você indicaria a leitura do seu livro?

Ricelli Dias: Aos adolescentes, os jovens, aos pais. Apesar do livro ser bem pesado serve para todos, inclusive, uma editora de São Paulo chegou entrar em contato comigo querendo publicar o livro para disponibilizar nas escolas com o intuito de auxiliar na educação dos alunos.

Ademir Pascale: Como os interessados deverão proceder para comprar um exemplar do seu livro?

Ricelli Dias: Infelizmente a editora é pequena ainda e o livro não será encontrado em todas as livrarias do Brasil, o que impossibilita a divulgação, o livro será vendido sob demanda pelo site de vendas da editora: Clique aqui.

Ademir Pascale: Você já pensa em escrever um novo romance?

Ricelli Dias: O meu próximo romance será sobre um assunto que eu adoro sobre vida após a morte chamado, Do outro lado da vida. Mas em seguida pretendo lançar a continuação de crime e punição, que é Crime e Punição II - O anjo maligno.

Ademir Pascale: No seu ponto de vista, o que seria preciso para tornar o Brasil um país de leitores?

Ricelli Dias: Ter histórias que cativem o leitor, histórias interessantes. Mas também é certo que quaisquer Best-sellers que vêm de fora já fazem a cabeça dos poucos leitores que há no país, pois as pessoas se interessam, tem mais curiosidades pelo o que já é sucesso.

Ademir Pascale: Poderia deixar o seu e-mail para os leitores?

Ricelli Dias: ric.tim@hotmail.com.

Perguntas Rápidas:

Um livro: Crime e Castigo e Querido John.
Um(a) autor(a): Nelson Magrini.
Um ator ou atriz: uma brasileira, Glória Pires, uma americana, Michelle Williams.
Um filme: Heróis Imaginários.
Um dia especial: Quando lancei este livro.

Ademir Pascale: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Ricelli Dias: “Não importa o quão difícil seja percorrer o caminho de uma vitória, mas saibam que, mais cedo ou mais tarde os sonhos sempre se realizam.”   

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Crime e Punição - Ricelli Dias

 

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*Você poderá adicionar essa entrevista em seu site, desde que insira os devidos créditos: Editor e Administrador do http://www.cranik.com : Ademir Pascale - ademir@cranik.com - www.twitter.com/ademirpascale
Entrevistado: Ricelli Dias.
E nos informar pelo e-mail: ademir@cranik.com  

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