ENTREVISTA COM A ESCRITORA ANA LÚCIA MEREGE

O Editor do Portal Cranik "Ademir Pascale"  entrevista a escritora Ana Lúcia Merege.
 (07/02/11)

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Ana Lúcia Merege - Foto Divulgação

ENTREVISTA:

Ademir Pascale: Primeiramente, agradeço por aceitar a entrevista. Para iniciarmos, gostaria que dissesse quais foram as suas principais influências e o seu início para o meio literário.

Ana Lúcia Merege: Eu é que agradeço a oportunidade.
Bom, eu sou daquelas pessoas que leem muito desde a infância, e sempre fui eclética. Não posso dizer que minhas leituras foram orientadas – claro que meus pais, avós e irmãos mais velhos sugeriam livros, mas eu lia direto o que tinha nas estantes de casa, que eram várias.
Lembro-me de gostar muito de Malba Tahan, de clássicos infantis, tipo “Peter Pan” e “Alice”, e de livros de aventura, como “O Chamado Selvagem”, de Jack London (um dos meus favoritos até hoje). E ao mesmo tempo de ler Graciliano Ramos, Gorki e Hermann Hesse, quando eu tinha uns 10 ou 12 anos.
Nessa época eu já escrevia muito, embora não concluísse nada. Eram histórias muito longas passadas em vários lugares, reais ou não, e em épocas distantes. Algo próximo da fantasia histórica. Escrevia poemas também.
Se posso dizer que algum livro influenciou meu pendor por fantasia, este foi lido aos 16 ou 17 anos: a tetralogia arturiana da Marion Zimmer Bradley, “As Brumas de Avalon”. Foi um mundo inteiramente novo o que se abriu ali para mim. Outra “janelinha” foi aberta por “A História Sem Fim”, de Michael Ende, e outra ainda por “O Senhor dos Anéis”, mas em termos de estilo, se já tentei me igualar ou imitar algum deles, sem dúvida foi o da Marion. Hoje não acho que escreva parecido, mas os leitores dirão.
Comecei a publicar tardiamente, a partir de 2004. Um conto e um poema em antologias, alguns artigos e, depois, “O Caçador”, em sua edição independente (ele saiu depois pela Franco, de Juiz de Fora, em 2009). Aí fui tentando, tentando, as oportunidades se ampliando com a Internet e novas editoras e, bom, cheguei até aqui.

Ademir Pascale: Foi anunciado recentemente o lançamento do livro O Castelo das Águias, pela editora Draco. Como foi a ideia inicial para a construção da obra?

Ana Lúcia Merege: O universo de Athelgard, onde se passam essas histórias, existe desde o final dos anos 1990. Originalmente ele seria baseado no mito de Atlântida, depois deu uma guinada e passou a ter lendas baseadas nos mitos nórdicos. Os personagens foram surgindo aos poucos.
A primeira ideia da Escola de Artes Mágicas e do Castelo das Águias surgiu quando escrevia histórias de um saltimbanco chamado Cyprien de Pwilrie, protagonista de um outro livro independente (e esgotado), “O Jogo do Equilíbrio”. Os personagens ligados ao Castelo ficaram porém adormecidos até 2002, 2003, por aí, quando eu comecei a rabiscar uns textos sobre uma contadora de histórias chamada Anna. Ela vivia numa floresta, mas ia viajar, conhecia uma porção de gente, inclusive um mago por quem se apaixonava... e de repente me deu um estalo, que tal ela ir viver naquela Escola de Magia que eu deixei lá atrás? Foi a partir daí que toda a história se desenrolou.

Ademir Pascale: E como estão os preparativos para o lançamento?

Ana Lúcia Merege: Estou divulgando o livro o máximo que posso e, felizmente, tenho muita ajuda por parte da editora e de vários amigos. Criei um blog para o Castelo, onde já estou contando sobre o universo e os personagens. Logo postarei alguns contos e abrirei espaço para que os leitores também participem, mas claro que tudo isso vem aos poucos.
Quanto ao lançamento no sentido de evento, ainda não tem nada planejado, mas eu gostaria de agendar um aqui no Rio em abril ou no início de maio. E, se possível, um em São Paulo, onde tenho muitos amigos. Daí em diante, aguardo convites. ;)

Ademir Pascale: Se você fosse indicar uma trilha sonora para o livro O Castelo das Águias, qual seria?

Ana Lúcia Merege: No geral, se fosse escolher um estilo, seria baseado em música celta, tipo Loreena McKennitt, mas alguns personagens teriam músicas próprias que seriam bem diferentes. Por exemplo, o tema do Kieran não poderia ser outro senão “I would do anything for love”, do Meat Loaf. Por quê? Leiam o livro, ora. ;)

Ademir Pascale: Você poderia destacar uma frase do livro para os nossos leitores?

Ana Lúcia Merege: Será o lema da Escola de Artes Mágicas: “Pela Magia e pela Arte”!

Ademir Pascale: Como os interessados deverão proceder para saber mais notícias sobre você e o livro?

Ana Lúcia Merege: Através do blog www.castelodasaguias.blogspot.com, do meu blog pessoal www.estantemagica.blogspot.com, do site editoradraco.com e do twitter. O meu é @anamerege e o da editora é @editoradraco. Ah, sim, tanto a editora como o blog A Estante Mágica têm comunidades no Orkut e páginas no Facebook.

Ademir Pascale: Existem outros projetos em pauta?

Ana Lúcia Merege: Sim, no momento tenho um livro começado, o romance juvenil “O Povo Pequeno”, e estou tomando notas a fim de escrever para três antologias: “Eu Acredito”, da Literata, que também irei prefaciar, “Sagas 3 – O Martelo das Bruxas”, da Argonautas, e “Meu Amor é um Mito”, da própria Draco. Também pretendo escrever um conto para a revista virtual “1000 Universos”, do Júnior Cazeri, e um para a antologia de audiocontos da Anny Lucard, do blog “Contos Sobrenaturais”. Está ainda nos planos mais um livro teórico no estilo de “Os Contos de Fadas”, publicado ano passado pela Claridade, e também um livro infantil. Mas essa, como diriam os mestres de sagas, já é outra história.

Perguntas Rápidas:

Um livro: A História Sem Fim, de Michael Ende.
Um(a) autor(a): Hermann Hesse, pelo conjunto da obra e seu significado.
Um ator ou atriz: Christian Bale. Sim, eu adoraria que ele interpretasse o Kieran.
Um filme: A Companhia dos Lobos, de Neil Jordan.
Um dia especial: Quando minha filha Luciana nasceu: 01/02/2001.
Um desejo: Se puder ser alguma coisa realmente grande, queria um mundo pacífico, livre da guerra e da fome. Se for algo pra mim, desejo paz interior – serenidade pra enfrentar o que vier, seja no campo pessoal ou no profissional. E tirar disso as melhores lições.

Ademir Pascale: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Ana Lúcia Merege: Agradeço a atenção e o espaço concedidos. Espero que todos venham a conhecer e curtir meu trabalho e que a Litfan nacional continue a crescer e a conquistar leitores de todas as idades. Muito obrigada!

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O Castelo das Águias - Ana Lúcia Merege

 

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*Você poderá adicionar essa entrevista em seu site, desde que insira os devidos créditos: Editor e Administrador do http://www.cranik.com : Ademir Pascale - ademir@cranik.com - www.twitter.com/ademirpascale
Entrevistada: Ana Lúcia Merege
E nos informar pelo e-mail: ademir@cranik.com  

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