RESENHA CRÍTICA DO FILME
"DEITE COMIGO - O DIÁRIO INTIMO DE LEILA"
por Rodolfo Lima -
Jornalista, ator e crítico de cinema -
e-mail:
dicaspravaler@yahoo.com.br
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DEITE COMIGO - O DIÁRIO INTIMO DE LEILA
- (Foto Divulgação)
CRÍTICA - DEITE COMIGO - O DIÁRIO INTIMO DE LEILA -
A promiscuidade é um terreno ardiloso, espinhento e
sem volta. O universo das pessoas que fazem sexo
anônimo, avulso e por impulso tem uma leitura muito
pessoal do que é o amor e seus complementos.
Intimidade (00), Uma Relação Pornográfica (99),
Mentiras (99) e A Professora de Piano (01) são
filmes onde seus protagonistas transitam entre o
terreno da “carne” e do sentimentalismo, dos desejos
embutidos, das carências afetivas, presente em
todos, sem exceção.
Deite Comigo (2005) não é diferente. A bela e jovem
Leila faz sexo com homens com a mesma praticidade
que lida com os outros aspectos de sua vida, ou
seja, não se envolve.
De um lado vê nos pais que estão se separando a
impossibilidade da concretização do amor. O amor
ideal, romântico do outro vê a amiga dividida entre
o noivo e o ex-namorado, gostaria de juntar o
coração de um com o sexo do outro. Mas não é
possível. Não no universo de Tamara Berger - autora
do livro que deu origem ao filme e conseqüentemente
a roteirista. Afinal: As pessoas trepam uma noite,
um ano, 20 anos, não importa, sempre dói.
Quando se depara com David (Eric Balfour) os
ingredientes que fomenta a paixão surgem. Sexo,
necessidade, carinho, afeto e certa fixação no outro
se faz presente, para ressaltar que Leila e David
não serão mais os mesmos após tal encontro. Afinal:
Você não pode ficar com uma pessoa e ir embora.
Em certo momento Leila diz: (...) eu só queria
trepar. Trepar não é o bastante. Eis ai a espinha
dorsal do filme, o calcanhar de Aquiles que nos pega
por baixo, inquietando nossas possíveis compreensões
a cerca do que venha a ser amor e sexo. Afinal: amar
também não é o bastante.
O filme dirigido por Clement Virgo é poético, denso,
sensual e necessário. As poucas palavras ditas por
Leila são profundas e inquietantes. A identificação
ocorre quando vemos a personagem perdida em seus
próprios sentimentos, negando e lutando contra algo
que todos precisam: afeto, compreensão
companheirismo. Afinal: como uma mulher ama um
homem?
Numa época onde as relações estão fragmentadas. Onde
confiar no outro é sempre um risco. Leila e David se
tornam metáforas da nossa realidade.
“ - Eu te amo e não sei o que fazer com isso”
“ – Eu não quero você”
“ – Mas eu preciso continuar te vendo.”
Arrisque-se
Ficha Técnica:
Título Original: Lie with Me
Gênero: Drama
Duração: 93 min.
Ano: Canadá - 2005
Distribuidoras: THINKFilm/Europa Filmes
Direção: Clément Virgo
Roteiro: Tamara Berger e Clément Virgo, baseado em
livro de Tamara Berger
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Crítico: Rodolfo Lima
- Jornalista, ator e crítico de cinema - e-mail:
dicaspravaler@yahoo.com.br
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