RESENHA
CRÍTICA DO FILME "CRY
WOLF - O JOGO DA MENTIRA"
por Vinicius Vieira -
vvinicius@hotmail.com
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CRY WOLF - O JOGO DA MENTIRA
- (Imagem Filmes)
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Direção: Jeff Wadlow
Uma boa idéia jogada fora
CRÍTICA - CRY WOLF - O JOGO DA MENTIRA:
Um psicopata com uma faca andando pelo meio da
floresta enquanto sua futura vítima corre
desgovernada tentando se salvar, ela cai, o
assassino continua a andar com toda calma do mundo,
chega na garotinha indefesa, a essa hora escondida,
e com um susto que faz a platéia pular das cadeiras
acaba com a vida da mocinha. Logo depois começa a
matar todo e qualquer adolescente que passa na sua
frente.
Está aí o enredo de grande parte dos filmes slashers,
sub-gênero do terror que ganhou fama nos anos 80 com
séries como “Sexta-feira 13” e “Halloween”. O que
fazia um filme desse tipo dar certo era um pano de
fundo interessante, um vilão carismático e o mais
importante, mortes criativas em close.
De uns dez anos para cá, graças ao filme “Pânico”,
esse tipo de filme ganhou um novo fôlego, e depois
de dezenas de psicopatas assassinos ganharem os
cinemas agora é a vez de “Cry_Wolf- O Jogo da
Mentira”.
Entediados com a vida estudantil, um grupo de
riquinhos sem razão de ser estudam no Colégio
Preparatório Westlake mas diante de todo marasmo,
resolvem fazer uma brincadeira com toda a escola.
Tomando como ponto de partida um assassinato de uma
garota nas florestas da cidade, eles inventam um
serial killer que vem fazendo vítimas em colégios
internos, criam o personagem “o Lobo” escrevem um
e-mail descrevendo sua última série de assassinatos
e mandam para a escola inteira. Os problemas
acontecem quando o tal “Lobo” começa a ameaçar o
grupo que inventou a brincadeira, até o ponto que
eles começam a não saber mais o que é real o que é
invenção.
Tudo bem, ponto pros roteiristas que criaram uma
história bem legal, pelo menos em seu resumo, porque
quando isso se transforma nos 90 minutos de filme,
dá vergonha. A maior prova é que, em nenhum momento
o filme empolga, tudo se arrasta, sem um único
sustinho, um ceninha mais tensa nem nada. Do mesmo
modo que a enxurrada de clichês é tão mal usada que
você as vezes se pergunta se aquilo é um clichê
mesmo, ou só um momento medíocre.
Uma salvação seriam os personagens, meras repetições
de nove entre dez filmes do gênero, mas que nesse
caso, não tem um desenvolvimento, pelo contrário
ficam em alguns infames clichês visuais, como o “bad
boy” cheio de piercings mostrando o dedo do meio
para todo mundo, o grandalhão que em certo ponto do
filme entra no quarto e pergunta para o amigo: “ei,
você viu minhas ombreiras”, só para mostrar ao
público que ele é o esportista do grupo (coisa que
não muda absolutamente nada no filme), além dos
namorados com problemas de hormônios, e por aí vai,
até chegarmos no casal principal, o aluno novo e
garota popular que comanda o grupo, que obviamente
se apaixonam.
Ah, e eu quase ia me esquecendo do professor bonitão
carismático, “majestosamente” interpretado pelo
roqueiro Jon Bon Jovi, que como ator é um ótimo
cantor, confesso que o ótimo foi um pouco de
forçassão de barra.
A verdade é que “Cry_Wolf” teria tudo para ser um
bom filme, mas derrapa feio quando quer fazer
diferente e inovar, você percebe isso em algumas
cenas, como por exemplo na hora em que uma das
garotas do grupo vai tomar banho falando com o
namorado no celular e acaba encontrando com o
assassino, uma cena diferente, criativa, mas que não
é bem desenvolvida e acaba sendo muito mal
aproveitada.
Mas mesmo desgovernado, o filme só sai do trilho
quando tenta fechar o filme de forma surpreendente e
começa a jogar informações na sua cara a torto e a
direito, culminando em um final a lá “Os Suspeitos”
e tudo, mas que não convence em nada, um total
desperdício de tempo e dinheiro.
Direção: Jeff Wadlow
Gênero: Terror
Distribuidora: Imagem Filmes
Estréia: 10 de Março de 2006
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Cena do Filme
Cry Wolf (Foto Divulgação)
Filme:
Ótimo:
Bom:
Regular:
Crítico: Vinicius
Vieira - Jornalista -
vvinicius@hotmail.com
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