CRÍTICA - X-MEN 3 - O CONFRONTO FINAL

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Crítica Especial do Filme "X-MEN 3 - O CONFRONTO FINAL"   
por Vinicius Vieira - vvinicius@hotmail.com 
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X-MEN 3
X-MEN 3 - O CONFRONTO FINAL (FOX FILM)

Diretor: Brett Ratner

CRÍTICA: X-MEN 3 - O CONFRONTO FINAL - Antes de qualquer coisa, já vou avisando que deixei minha imparcialidade fora do cinema quando fui ver “X-Men: O Confronto Final”, portanto ao lerem essas linhas que se seguem esperem uma opinião de um cara que convive com os mutantes do professor Xavier desde os anos 80.

Quando o segundo filme da franquia acabou, e ao fundo do lago aparecia o reflexo alaranjado da Fênix, ave mitológica que renascia das cinzas, minha primeira sensação foi de que tudo tinha sido muito bem trabalhado e costurado para que os três filmes formassem uma coisa única, o que realmente acontece.
Mesmo com a debandada de Brian Singer (diretor que deu vida aos dois primeiros filmes), que preferiu levar o retorno do último filho de Krypton para as telas, “X3” continua fazendo àquilo a que se propunha: diverte, só que agora nas mãos de Brett Retner.
O novo diretor faz um ótimo trabalho, mas falha em um único ponto: ele não é Brian Singer. Retner faz um filme mastigadinho, e mesmo com excelentes seqüências de ação, amor, drama e ótimas pitadas de humor, ele parece ser raso demais, como se toda história tivesse sido pensada para que certa cena de ação acontecesse de tal jeito, ou que certo personagem tivesse que morrer para aumentar o drama, mesmo que ele não tivesse o porque de morrer dentro da história.
É triste, pois com 37 anos de histórias em quadrinhos, todos as melhores tramas, os dramas mais profundos, as mortes mais tristes, e as melhores cenas de ação já estão no papel, só resta aos roteiristas lerem um número da revista pelo menos, coisa que, às vezes, acho que não acontece e isso vale também para o diretor.
A verdade é que em linhas gerais, tudo está mal adaptado se levarmos em consideração que o filme é uma “adaptação dos quadrinhos”. Começando pelos erros recorrentes, que levam Ciclope, o primeiro aluno do Professor Xavier, líder dos X-Men e galã nas horas vagas, a mais uma ponta no filme, enquanto nesse, como nos outros dois, deveria de ser o personagem principal junto com Wolverine, criando um clima de disputa, que diverte os leitores, mais uma vez ele é totalmente jogado de lado.
Em uma clara tentativa de agradar aos fãs, nesse filme o que não falta é mutante e mesmo com a grande maioria tendo saído das páginas dos quadrinhos, esse é claramente um tiro que saiu pela culatra.
Do lado dos bonzinhos, é onde se percebe mais como os realizadores do filme não tiveram a mão para desenvolver os personagens, o tão esperado Anjo, mesmo visualmente perfeito, é totalmente descaracterizado, sendo jogado na lata do lixo, junto com o ótimo Colossus e suas duas linhas de diálogo, salvando-se apenas o Fera, com uma ótima maquiagem, e muito bem interpretado por Kelsey Grammer (do seriado “Frasier”).
De resto fica a impressão que temos mais uma vez um filme do Wolverine, agora com a participação de Tempestade, que ganha mais presença no filme, mas ainda assim dá vergonha cada vez que ela vai usar seu poder, pois parece que ela ainda tem muita dificuldade, tem que parar o que está fazendo, olhar para o céu, mudar a cor do olho e fazer qualquer tipo de gesto ridículo, clara mancada da direção.
Nesse “samba-do-mutante-doido” mais uma vez quem chama toda a atenção é o canadense Wolverine, e o vilão Magneto, que são os únicos que claramente ganham uma preocupação maior do lado dos roteiristas, com certeza como uma preparação para os seus filmes solos.
Mas mesmo com todos os problemas de adaptação, o filme, que mostra Jean Grey renascendo como Fênix, ao mesmo tempo em que o mestre do magnetismo e a Irmandade de Mutantes jogam sua ira contra uma suposta “cura” para as mutações, ainda consegue agradar, principalmente no quesito ação, no qual Retner parece entender muito bem o apelo visual da história e enche o filme de seqüências de cair o queixo, como o conflito em Alcatraz que desde agora já é a seqüência mais empolgante dos três filmes, e provavelmente a única na trilogia que consegue explorar todos os personagens em ação.
Como já disse o filme é empolgante, com um roteiro que consegue dramatizar muito bem a história, e leva até o último limite a expressão de que em uma guerra os dois lados tem baixas, e, mesmo nesse caso algumas não sendo muito apropriadas, ainda assim tem uma carga dramática emocionante.
Para os fãs, como eu, aposto que só a seqüência inicial mostrando a tão esperada Sala de Perigo, simulando uma clássica história dos X-Men e um certo robô gigante (mesmo coberto pela névoa ainda se tem o gostinho de até que em fim ver um Sentinela) já valem o ingresso.
Se como os produtores falaram, “X-Men: O Confronto Final” fecha a trilogia, eu tenho que dar o braço a torcer que foi um ótimo fechamento, mas como eu acho que, além das altas bilheterias, o roteiro por si deixa abertura para mais uma seqüência (se Deus quiser), o que nos resta é esperar sentados no cinema até o fim dos créditos (já que no final o filme ainda nos guarda uma surpresa importante) e aguardar ansiosos pela volta desses mutantes para a telona.

Diretor: Brett Ratner
Distribuidora: FOX FILM

   
Cena do filme X-MEN 3 - O CONFRONTO FINAL (Foto Divulgação)

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Crítico: Vinicius Vieira - Jornalista - vvinicius@hotmail.com

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