RESENHA
CRÍTICA DO FILME "UMA MULHER CONTRA HITLER"
por
Juliano Moreira Oliveira -
julrocknrool@hotmail.com
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UMA MULHER CONTRA HITLER
Direção: Marc Rothemund
LIVROS SOBRE CINEMA
- CAMISETAS DE FILMES -
MINIATURAS COLECIONÁVEIS
CRÍTICA:
Uma Mulher Contra Hitler - Do diretor Marc
Rothemund (que trabalhou bem mais com tv sendo
assistente do que propriamente com cinema), “Uma
Mulher Contra Hitler” estreou nos cinemas
brasileiros em Fevereiro, (o filme estreou no ano
passado na Alemanha, país onde foi produzido) um
longa empolgante que conta a história de Sophie
Scholl (Julia Jentsch), a única mulher atuante no
grupo de jovens alemães resistentes ao nazismo de
Adolf Hitler, chamado Rosa Branca, em seus últimos
dias de luta Sophie é presa e decapitada junto com
seu irmão Hans Scholl (Fabian Hinrichs) pela Gestapo
por distribuir panfletos contra o regime nazista na
universidade de Munique.
Do ponto de vista histórico o filme é fiel, visto em
dados preservados pela policia da Alemanha, é uma
verdadeira aula de historia mostrando a face e a
adoração do povo alemão pelo nazismo e a própria
aversão que muitos deles sentiam, o suspense e a
forma que o filme é conduzido impressionam, o
expectador passa o filme inteiro com os olhos fixos
no telão se perguntando se Sophie vai conseguir
escapar das mãos da policia, mesmo sabendo-se o
final, a angustia e a curiosidade tomam conta, esse
sentimento fica evidente na cena em que Sophie e seu
irmão Hans estão espalhando os panfletos, a trilha
sonora magnífica(Reinhold Heil e Johnny Klimek), que
mistura suspense com ação é outro ingrediente forte
no filme. A direção é bem simples e não abusa muito
de enquadramentos extravagantes, assim como a
fotografia (Martin Langer) que consegue reviver uma
Alemanha em plena guerra e obscura pelo regime
Nazista. O roteiro escrito de forma madura e
estudada dá o pontapé dinâmico no longa, fazendo com
que o expectador sinta os diálogos que cada
personagem expõe, o duelo verbal domina o filme.
O ponto mais forte sem duvida é a interpretação,
todos os atores desempenham um papel que fazem o
publico achar que tudo aquilo se passa realmente
naquele momento, o mais interessante é a convicção
que os atores do grupo Rosa Branca em especial
Sophie mostram defendendo até o fim suas idéias, e
os atores que apóiam o Terceiro Reich da mesma forma
atuando de maneira brilhante, em especial na cena do
julgamento dos irmãos Scholl, em que á um confronto
entre o Juiz e os acusados, e por fim pondo uma
pitada no dilema alemão sobre o nazismo, com uma
talvez “amargura” do detetive da Gestapo que acaba
iniciando a acusação de Sophie.
Um dos melhores trabalhos senão o melhor do diretor
Marc Rothemund, “Uma Mulher Contra Hitler” foi
indicada a melhor filme estrangeiro no Oscar 2006,
ganhou 3 prêmios no European Film Awards, nas
categorias de Melhor Atriz (Julia Jentsch), Melhor
Atriz - Voto Popular (Julia Jentsch) e Melhor
Diretor - Voto Popular. Foi ainda indicado nas
categorias de Melhor Diretor e Melhor Desenho de
Produção e mostrando mais audácia ganhou 2 Ursos de
Prata no Festival de Berlim, nas categorias de
Melhor Diretor e Melhor Atriz (Julia Jentsch).
Ganhou também o Prêmio Ecumênico do Júri, no mesmo
festival. Isso prova a grande força que o cinema
alemão está tomando desde Adeus, Lênin!, Edukators,
A Queda e agora “Uma Mulher Contra Hitler”.
Direção: Marc Rothemund
Gênero: Drama
Duração: 114 minutos
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MINIATURAS COLECIONÁVEIS
Cena do Filme
Uma Mulher Contra Hitler
Crítico: Juliano
Moreira Oliveira - Estudante da Faculdade de
Cinema FMU -
e-mail:
julrocknrool@hotmail.com
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