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RESENHA CRÍTICA DO FILME "O DIABO VESTE PRADA"   
por Vinicius Vieira - vvinicius@hotmail.com 
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(FILME O DIABO VESTE PRADA)
O DIABO VESTE PRADA (Foto Divulgação)

O DIABO VESTE PRADA

CRÍTICA - O DIABO VESTE PRADA: O que aconteceria se os Estados Unidos não tivessem entrado na Segunda Guerra? O que teria acontecido se os Beatles não tivessem acabado? O que aconteceria se o Roberto Carlos não tivesse abaixado para arrumar a meia no jogo contra a França? O que aconteceria se Meryl Streep não estrelá-se “O Diabo Veste Prada”?
As outras perguntas eu não faço a mínima idéia da resposta, mas a última eu posso até tentar imaginar: Se Meryl Streep não tivesse estrelado “O Diabo Veste Prada”, com certeza o filme não alcançaria seus mais de 120 milhões de bilheteria, e não que o filme seja só ela, mas, voltando ao futebol, é mais fácil jogar ao lado e comandar um time com o Ranaldinho Gaúcho do que comigo.
Sem Meryl Streep no papel na editora chefe fascista da revista de moda Runaway, que contrata uma nova segunda assistente e a faz comer o pão que o diabo amassou para provar o quanto é boa, o filme provavelmente passaria despercebido pelo grande público, como outros milhões de filmes que mostram a garota do interior que vai para Nova York ganhar a vida e acaba tendo que provar para todo mundo seu valor, mesmo que para isso tenha que se afastar da sua vida pessoal e família, tudo para no final se redimir e conseguir o que quer (não, eu não contei o final do filme, qualquer um o mata na primeira meia hora).
Escrito a partir do Best Seller de lauren Weisberg, que mostra a história dessa garota que vai para NY atrás de seu sonho de ser jornalista, mas que acaba como assistente da editora da tal revista de moda, que estava a procura de uma “gordinha inteligente”, totalmente sem noção de moda, a protagonista tem que penar para conseguir ser aceita no emprego, já que a lenda é que esse trabalho abre qualquer porta depois.
O livro em sí eu não li, a única coisa que sei é que supostamente é auto-biográfico, já que a escritora por uma ano foi assistente da editora da revista Vogue, por isso vou me ater ao filme, e isso é o que decepciona um pouco, eu entrei no cinema esperando uma história mais contundente, mais ácida, que cutucasse mais o mundo da moda, mas o que temos é um filme ao melhor jeito Hollywood, previsível e meio sem sentimento.
Mas é aí que entra Meryl Streep que claramente dá um belo impulso ao filme, principalmente na direção de David Frankel (que vem da TV de séries ótimas como “Sex and the City” e “Entourage”) e da protagonista Anne Hathaway (que deixa para trás “O Diário de uma Princesa” e depois de ter atuado em “Brokeback Mountain”, parece começar a achar seu lugar no cinema).
Por mais que tenha um certo estilo na direção, Frankel, não faz nada demais, parece ficar na mesmice, sem ousadia, mas com certeza tem a presença de espírito de dar o filme para Streep, afinal ela é o tal “Diabo” do título, e com isso sai ganhando já que qualquer frame com a presença dela, parece não deixar espaço para mais nada, Streep funcionaria mais como uma Musa, tanto para ele quanto para Hathaway, que não deixa a peteca cair quando divide as cenas com ela, e acaba no final das contas mostrando ser uma atriz acima da média, pelo menos não se deixando intimidar.
Agora quando o assunto é Meryl Streep o buraco é mais em cima, mas muito mais em cima. Com suas 13 indicações ao oscar (recordista absoluta tendo ganho dois um como atriz principal e outro com coadjuvante), além de suas “míseras” 18 indicações ao Globo de Ouro, ela, com seus 55 anos é provavelmente a maior atriz viva de Hollywood, e mostra por que desse currículo mais uma vez. Desde a sua primeira aparição no filme até a última Streep esbanja beleza, charme e petulância, criando uma personagem extremamente forte, e o mais importante má, muito má, mesmo com o roteiro forçando uma redenção geral no final do filme, ainda assim ela dá show quando tem que mostrar fraqueza, para logo depois destilar seu veneno mais uma vez, simplesmente sensacional, e predestinada a aumentar o numero de indicações ao seu currículo.
“O Diabo Veste Prada” não é um filme para mulheres, nem indicado apenas para o público que entende de moda, é um filme que vai divertir o público em geral, seus defeitos não chegarão a atrapalhar, o “final redenção” vai atrapalhar um pouco para quem procura algo diferenciado, mais vai cair como uma luva para o grande público, mas se nem isso te chamar a atenção, a presença de Meryl Estreep praticamente é maior que qualquer erro, e talvez até maior que o filme em si.

Título Original: The Devil Wears Prada
Ano: 2006
Distribuição: Fox 2000 Pictures
Direção: David Frankel
Roteiro: Aline Brosh McKenna

(FILME O DIABO VESTE PRADA)
Cena do filme O DIABO VESTE PRADA (Foto Divulgação)

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Crítico: Vinicius Vieira - Jornalista - vvinicius@hotmail.com

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