CRÍTICA - MINHA MÃE QUER QUE EU CASE:
Não que ninguém deva
ser impedido de ver esse ou aquele filme, mas ao
entrar no cinema para ver “Minha Mãe Quer Que Eu
Case”, vá por sua conta e risco.
Dirigido por Michael Lehman, que é conhecido por
“pérolas” como o lendário “Hudson Hawk- O Falcão
está à Solta” e o já clássico “Meu Gigante
Favorito”, agora nos trás mais filme de seu gênero
favorito, o ruim.
“Minha Mãe Quer que Eu Case” não é simplesmente
ruim, é horrível, desde de um roteiro totalmente sem
emoção, preguiçoso e desinteressante (além de
absurdamente óbvio), até um direção equivocada, que
não aponta para nenhum lado e com isso não chega em
lugar nenhum, sem esquecer de um elenco totalmente
pífio.
No filme, Daphne (Diane Keaton) é uma mulher prestes
a comemorar seus 60 anos, diante dessa aparente
crise, vê duas de suas três filhas subirem ao altar,
enquanto a mais nova, Milly (Mandy Moore) ainda pula
de relacionamento em relacionamento. Por uma
aparente falta do que fazer, ela então resolve ir à
procura de um futuro genro.
O roteiro é “escrito” por Karen Leigh Hopkins e
Jessie Nelson, e consegue não apresentar
absolutamente nada de novo, tudo é muito chato e com
cara de já-vi-isso, além de não se decidir o que
quer provocar no público, se o filme era para ser
uma comédia, não tem uma parte engraçada, se era
para ser um drama, não tem uma parte dele que
emocione, nem o pseudo-romance que haveria de ter,
consegue se sobressair.
È até assustador como em nenhum momento do filme
você se sente apeado por alguém ou alguma situação
da tela, tudo é extremamente raso e sem-vergonha. O
próprio romance principal é vergonhoso, já que o
centro do triangulo amoroso, Milly, engana, ao
melhor estilo pilantra, seus dois namorados, é
impossível torcer por ela, já que a personagem faz
isso sem nenhum tipo de motivação dramática.
E o que dizer do relacionamento que a matriarca da
família começa lá para o fim do filme, já que ele
não tem nada a ver com o resto da história e não
influência em nada o resto do roteiro, mas que se
fosse melhor explorado provavelmente traria um ou
outro momento mais interessante para o filme, mas
cada vez que parece ser posto em pauta é logo jogado
de lado.
Mas minha maior surpresa no filme com certeza fica
com a irreconhecível Diane Keaton, que depois desse
filme merecia ter sua estatueta do Oscar e seus dois
Globos de Ouros recolhidos por mau uso. A atriz é
vergonhosa cada vez que aparece na tela.
Para mim o melhor momento do filme se deu quando
tive um verdadeiro devaneio no meio da sessão, nele
o diretor gritava algo do tipo, “pelo amor de Deus
Diane, eu não sou o Wood Allen e muito menos o
Coppolla, isso nem é um filme de verdade, para que
você quer fazer bonito? Faz de qualquer jeito, olha
para o teu lado, tu ta contracenando com essa tal de
Mandy sei-lá-o-que, que nem atriz é, até tive que
inventar um numero musical pra menina não esquecer
que o lugar dela é cantando, pô eu fiz `Meu Gigante
Favorito`, vai tu querer me levar a sério agora?”,
acabei dando risada sozinho no cinema.
Título Original: Because I Said So Gênero: Comédia Romântica
Duração: 102 min. Ano: EUA - 2007 Distribuidoras: Universal Pictures/Downtown
Filmes Direção: Michael Lehmann Roteiro: Karen Leigh Hopkins e Jessie Nelson