CRÍTICA - MAIS ESTRANHO QUE A FICÇÃO

Crítica Especial do Filme "MAIS ESTRANHO QUE A FICÇÃO" 
por Vinicius Vieira - vvinicius@hotmail.com 
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MAIS ESTRANHO QUE A FICÇÃO - © COLUMBIA PICTURES (Foto Divulgação)

MAIS ESTRANHO QUE A FICÇÃO

Crítica - MAIS ESTRANHO QUE A FICÇÃO - Antes de qualquer coisa, “Mais estranho que a Ficção” é realmente mais estranho que a ficção, de um modo bom, que com certeza vai chamar a atenção, principalmente por colocar na tela do cinema uma história das mais esquisitas e mesmo assim não se perder (muito).
No filme, somos apresentados ao cobrador do imposto de renda Harold Click (Will Ferrel), com sua vida totalmente regrada e comandada pelo relógio, com a ajuda de uma narradora ficamos mais a par de seu cotidiano, até que o próprio Click começa a escutar a mesma narração e então a duvidar de sua própria sanidade.
Ao mesmo tempo a famosa escritora Kay Eiffel (Emma Thompson) desesperada em meio a um bloqueio artístico, só pensa em uma coisa, como matar o personagem principal de seu próximo livro, um tal de Harold Click.
Desesperado diante da descoberta de que na verdade é um personagem em um livro prestes a morrer, só sobra a Click dar um jeito de encontrar a escritora (???).
E está ai o grande chamariz do filme, uma idéia tão absurda que assusta, mas que assusta mais quando ao final você percebe que ela deu muito certo.
A dupla formada pelo diretor Marc Foster, que vem fazendo ótimos trabalhos como “A Última Ceia” e “Em Busca da Terra do Nunca”, e pelo roteirista Zach Helm, faz um filme que não se preocupa em ancorar nada na realidade, mas muito mais em uma pseudo metalinguagem, onde em nenhum momento você duvida que aquilo esteja acontecendo, por mais incrível que seja. Os dois passam o filme inteiro brincando com o assunto, o que é real? O que é o livro? Quem é o personagem? Por que o professor vivido por Dustin Hoffman resolve ajudar uma pessoa que acha que esta tendo sua vida narrada, e o pior chegando a procurar possíveis responsáveis dentro da literatura? O que você faria na mesma situação?
Enfim, o filme tem um roteiro afiadíssimo, carregado de um humor sutil, meio sarcástico, levando a sério toda a história, e fazendo seus personagens acreditarem naquilo.
Mas provavelmente ninguém conseguiria entrar tanto no filme se não fossem suas atuações, principalmente do personagem principal vivido pelo comediante Will Ferrel. Vindo do “Saturday Night Live”, o ator, mesmo tendo participado de uma série de sucessos no últimos tempos ainda era muito criticado, além de não ter caído no gosto brasileiro, mas depois de “Mais Estranho...” vai ser difícil alguém duvidar de suas qualidades.
No filme, Ferrel encarna o personagem de tal maneira que tudo parece tão natural, que em certo momento você para de enxergar o ator é só vê o personagem, sem exageros visuais, ele prova que sabe fazer qualquer tipo de comédia.
O filme ainda faz brilhar duas estrelas da maior qualidade, Emma Thompson e Dustin Hoffman, mais duas ótimas razões para ver o filme.
“Mais Estranho que a Ficção” provavelmente não irá agradar a todos os gostos, mas com certeza, acertará em cheio quem as vezes busca alguma coisa diferente quando as luzes do cinema se apagam.

Título Original: Stranger than Fiction
Gênero: Comédia
Duração: 113 min.
Ano: EUA - 2006
Distribuidora: Columbia Pictures/Sony Pictures Entertainment
Direção: Marc Forster
Roteiro: Zach Helm
Música: Britt Daniel e Brian Reitzell
Fotografia: Roberto Schaefer
Site Oficial: Clique Aqui   


Cena do filme MAIS ESTRANHO QUE A FICÇÃO - (Foto Divulgação).

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Crítico: Vinicius Vieira - Jornalista - vvinicius@hotmail.com

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